6 santos que você não fazia ideia que existiam
A história católica é tão rica que é quase impossível conhecê-la por completo. Com os santos temos ainda mais essa sensação, pois são tantos que muitos sequer ouvimos falar. Veja neste artigo 6 santos que você não fazia ideia que existiam!
“O melhor modo de venerar os santos é imitá-los”
Hoje vamos apresentar alguns desses santos inusitados e desconhecidos, mas que possuem histórias muito interessantes. Vamos lá? Conheça os 6 santos mais curiosos do catolicismo!
Quem são esses santos que você não fazia ideia que existiam?
São Bento de Núrsia
Esse santo é conhecido por ser o protetor contra venenos e também pelas “medalhas de São Bento”. São Bento de Núrsia foi um monge, fundador da Ordem de São Bento ou Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. E foi na vida monástica que São Bento de Núrsia encontrou seu destino de santo.
Quando ele foi consagrado abade, São Bento instituiu regras monásticas muito rigorosas e desagradou muitos monges. Tomados pela revolta e usados pelo demônio, os monges decidem se livrar São Bento e lhe oferecem uma bebida envenenada. Quando São Bento vai tomar a bebida, de dentro da taça sai uma serpente que impede que ele tome o líquido. Ele decide ser eremita e depois é santificado por ter vencido as tentações e ataques do diabo.
Santo Arnaldo, o cervejeiro
Um dos santos que você não fazia ideia que existiam é o Santo Arnaldo! Ele deveria ser muito mais conhecido do que é, pois, ele é o santo cervejeiro. Isso mesmo, um santo protetor da cerveja. De origem belga, Santo Arnaldo foi soldado antes de se estabelecer na abadia de São Medardo, em Soissons, na França. Em seus três primeiros anos de vida consagrada, o religioso viveu como eremita e depois foi chamado a retornar à comunidade, para assumir o posto de abade no monastério. Anos depois, um padre tentou assumir seu lugar como bispo, mas ao invés de resistir, o santo interpretou a situação como um sinal e renunciou o episcopado e começou a fabricar cerveja. Na época, a água na Europa não era muito potável e a cerveja era considerada uma bebida essencial.
Em um de seus milagres mais conhecidos, o teto da cervejaria da abadia desabou, comprometendo boa parte do abastecimento. Santo Arnoldo, então, pediu a Deus para multiplicar o que sobrou da bebida e suas preces foram prontamente atendidas, fazendo a alegria dos monges e da comunidade. Santo Arnaldo morreu com 47 anos e foi canonizado no ano de 1121, depois de uma série de milagres atribuídos a ele serem reconhecidos pela Santa Sé.
“Para que os santos possam desfrutar de sua beatitude e da graça de Deus mais abundantemente, lhes é permitido ver o sofrimento dos condenados no inferno”
Santa Dinfna, protetora das vítimas de incesto
Santa Dinfna é a protetora das vítimas de incesto e também dos mentalmente abalados. Sua própria história de vida a conduziu a este destino e ela mesma sofreu na pele o que acontece com as vítimas que ela protege.
Dinfna era filha de um rei pagão da Irlanda, mas tornou-se cristã e foi batizada secretamente. Após a morte de sua mãe, que era de extraordinária beleza, seu pai desejava se casar com alguém de igual beleza. Um dia, percebeu que a única mulher a altura da falecida esposa era a própria filha, que havia herdado os encantos da mãe. Ele começa então a perseguir a filha e tentar obrigá-la a se casar com ele, o que ela recusa todas as vezes. Cansada da perseguição de seu pai, Dinfna decide fugir com um sacerdote, indo para a Antuérpia (atual Bélgica). Os mensageiros de seu pai, no entanto, descobrem o seu paradeiro e não demora até que ele vá até onde Dinfna estava vivendo para renovar a oferta. Dinfna, novamente recusa o pedido do pai, que enfurecido ordena aos servos que matem o padre enquanto ele mesmo cuida de terminar com a vida da filha cortando-lhe a cabeça. E assim a moça foi santificada como a protetora dos mentalmente instáveis e das vítimas de incesto.
Santa Apolônia, a protetora dos dentistas
Os dentistas têm uma santa! É Santa Apolônia, a padroeira dos dentistas e para quem você deve rezar quando ter dor de dente. Santa Apolônia fazia grupo que seria martirizado em Alexandria, no Egito, durante as perseguições iniciadas contra os primeiros cristãos. Capturada, Santa Apolônia deveria renunciar sua fé ou morrer.
Como ela se recusava a abandonar suas crenças, ela foi duramente torturada e teve todos os seus dentes partidos ou arrancados de sua boca. Quando ela perdeu o último dente, novamente perguntaram se ela renunciaria, caso contrário seria queimada na fogueira. Santa Apolônia aceitou seu destino e ela mesma se jogou na fogueira onde foi queimada. Assim, foi santificada e ficou conhecida com a santa padroeira dos dentistas.
“O silêncio é o maior dos martírios. Nunca os santos se calaram”
São Drogo de Sebourg, o santo dos feios
São Drogo de Sebourg é um santo francês, também conhecido como o padroeiro dos feios. Apesar de não ter nascido com nenhuma deformidade, a história de vida de São Drogo é muito triste. Sua mãe morreu quando ele nasceu, uma culpa que São Drogo sempre carregou. Ainda adolescente, ele fica órfão por completo e então abandona todos seus bens e decide peregrinar pelo mundo. Ele se tornou um pastor por cerca de seis anos em Sebourg, perto de Valenciennes, onde trabalhou por uma mulher chamada Elizabeth de l’Haire.
Durante uma peregrinação ele foi atingido por uma doença corporal, que o deixou tão terrivelmente deformado que ele assustava as pessoas. Então, devido a sua aparência São Drogo foi encarcerado em uma cela construída anexa à sua igreja, onde ficou sem qualquer contato humano, exceto por uma pequena janela pela qual recebia cevada, água e a eucaristia.
Porém, ele sobreviveu por mais de 40 anos, provando ser mesmo santo.
Santa Margarete de Cortona, protetora das mães solteiras
Outros dos santos que você não fazia ideia que existiam é a Santa Margarete de Cortona. É uma santa nascida na Itália, com uma história muito comum até os dias de hoje: uma mãe solteira. Filha de camponeses muito pobres, ela ficou órfã de mãe aos 7 anos, e, ainda adolescente, viveu como amante de um nobre de Montepulciano, também adolescente. Dessa relação nasceu uma criança, antes que qualquer união oficial pudesse ser feita entre o casal. Logo depois do nascimento, o pai da criança é morto durante uma caçada e Santa Margarete de Cortona fica abandonada com o filho, pois nenhuma das famílias quis apoiá-la. Então, ela foi ao Convento Franciscano de Cortona em busca de abrigo e encontrou apoio espiritual. Passados três anos de penitência, Santa Margarete de Cortona decidiu viver em pobreza como Irmã da Ordem Terceira Franciscana, e deixou seu filho entregue aos cuidados de outros franciscanos. Dessa forma ela se tornou a Santa das mães solteiras.
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