A ciência afirma: quem é mal-humorado vive menos
O bom humor pode ser um verdadeiro remédio para a longevidade. Estudos científicos garantem que quem vive mal-humorado pode estar contribuindo para viver menos e com menor qualidade de vida. Entenda melhor abaixo.
Você é mal-humorado? Se quiser viver muito, é melhor mudar esse hábito
O censo comum diz que à medida que vamos envelhecendo, vamos nos tornando mais rabugentos e mal-humorados. Será que isso é verdade? Bem, de certa forma sim, mas segundo Derek Isaacowitzo, professor de Psicologia da Northeastern University, nos Estados Unidos, esse mau humor não é gratuito, os idosos tendem a apresenta-lo pois não seguem as mesmas convenções sociais que os mais jovens, ou seja, já ultrapassaram essas inseguranças e não necessitam de aprovação social. Isso não quer dizer que eles são amargos ou infelizes. Pelo contrário, existem estudos que mostram que após os 80 anos, a felicidade é maior.
Depois dos 80 anos, os idosos se tornam mais felizes
Uma pesquisa publicada pela Revista Americana Times mostra que, depois dos 80 anos as pessoas tendem a ficar mais felizes pois ignoram as informações negativas do mundo, concentrando-se apenas naquilo que gostam. Política, guerras, problemas financeiros internacionais, complicações amorosas e diplomáticas já não os interessam mais. Uma vez que as pessoas já possuem muita experiência de vida, habituam-se que a vida é assim e seguem em frente, garante Nir Barzilai, o líder desta pesquisa que dirige um centro sobre o envelhecimento da Faculdade de Medicina Albert Einstein, nos EUA.
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Como a felicidade e o bom humor contribuem para a longevidade
Essa é uma pergunta que ainda não foi respondida pela ciência de forma clara. De acordo com o estudo mais recente e aprofundado feito sobre isso, essa ligação existe e é mais forte do que se pensava. Este estudo reuniu mais de 10 mil voluntários e acompanhou pessoas de meia-idade durante um longo período. Aqueles que afirmaram ter mais satisfação pessoal apresentaram 24% menos probabilidade de morrer decorrente de doenças do que aqueles que se assumiram insatisfeitos e mal-humorados. O principal autor deste estudo, Andrew Steptoe da University College, em Londres, diz que: “Quanto mais tempo as pessoas estiverem num espaço positivo, melhor é, provavelmente, em termos de saúde,” isso quer dizer que a atitude positiva e o bom humor têm contribuição relevante para a qualidade da saúde.
Há quem discorde
Apesar dessa relação entre o bom humor e a satisfação com a longevidade ser amplamente defendida por cientista, há alguns que gostam de apontar uma outra lógica: “Se estiverem com boa saúde, fica de bom humor, se tiverem dores e má qualidade de vida, o humor piora”, disse Nir Barzilai, enfatizando que a má qualidade da saúde é que pode tornar o idoso mal-humorado, e não o contrário.
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Independentemente da versão científica que você concorde, em um ponto existe um consenso entre os pesquisadores: forcar-se nas coisas que o faz feliz e ter pensamento positivo é um verdadeiro remédio para viver mais. Ver o lado bom da vida, preservar amizades, o contato social e com atividades que dão prazer é como um investimento para viver bons anos no futuro.
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