A história de Ogum: o orixá guerreiro do ferro e do fogo
Logum, Ologum, Ògún, Ogoun, Gu, Ogun e Oggún ou Ogum são alguns dos nomes atribuídos a este que é um dos mais poderosos Orixás de crenças como a Umbanda e o Candomblé. A história de Ogum tem origens nas lendas de iorubá, uma região localizada em meio a Nigéria, onde conquistou alguns de seus títulos como o portador do ferro e do fogo.
Conhecido por forjar suas próprias ferramentas, as quais eram usadas para a caça, para a agricultura e guerra, nos dias atuais são poucos os residentes da região onde Ogum se originou que possuem domínio sobre a arte da fundição e da moldagem do ferro; graças a isso, os que possuem tal dom são considerados protegidos do Orixá.
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A história de Ogum
A primeira aparição de Ogum na mitologia africana foi como um caçador denominado Tobe Ode, sendo o principal Orixá a vir do céu para a terra a fim de viver entre os homens e o último dos Igbá imolé.
Os Igbá imolé, por sua vez, eram um grupo de cerca de 200 Orixás de direita, os quais acabaram por agir em desacordo com o julgamento de Olodumaré e foram destruídos por ele, ficando assim a cargo de Ogum a liderança de outros cerca de 400 Orixás de esquerda, os Irun Imole. A mitologia ensina ainda que foi ele o responsável por trazer os ensinamentos da forja de ferro e aço aos homens, tendo como seus instrumentos-chave para ajudar o auxílio dos mortais a alavanca, o machado, a pá, a enxada, a picareta, a espada e a faca.
Esse grande guerreiro é tido como o filho mais velho de Oduduwa, o herói fundador da cidade de Ifé. A história conta que em determinada ocasião, seu pai Oduduwa foi acometido por uma cegueira ficando ele responsável pela liderança da cidade. Ogum ficou então conhecido por sua natureza guerreira, sempre envolto de inúmeras disputas contra reinos vizinhos, as quais terminavam a seu, lhe proporcionando ricos espólios; como no caso da cidade de Ará, completamente destruída por ele, e da cidade de Irê, a qual deixou sob o comando de seu filho.
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Os conceitos de Ogum entre regiões
O conceito implícito em Ogum é um pouco diferente entre as organizações teológicas do continente africano e da brasileira. No Brasil, o desenvolvimento religioso associou Ogum a uma figura de divindade, enquanto que na religiosidade africana a figura de Iorubá é vista mais como um ancestral comum ou uma etnia das tribos e cidades.
No Brasil, devido a fatores como a escravidão, o mito de Ogum foi desenvolvido de modo a entrar em acordo com os anseios, como livrar-se dos castigos dos senhores de escravos, privilegiando sua característica guerreira, violenta e voraz. Já na África ele é lembrado como um grande provedor e caçador, que sempre cuidou de sua tribo e aquele com quem todos podiam contar para defende-los em nome das causas justas.