A lenda das 7 vidas – nascer, morrer e renascer 7 vezes
Em pleno século XXI, a humanidade e sua origem, sua história, permanecem com inúmeras lacunas vazias. Como de fato chegamos aqui? Para onde vamos? É possível viver mais de uma vida?
Para os que acreditam em reencarnação, viver, morrer e renascer são processos naturais e que fazem parte de um processo evolutivo do espírito. As vidas serviriam para trazer maturidade e aprendizado para os habitantes do cosmos e cada uma delas representaria uma fase dessa caminhada rumo à evolução do ser.
Sensação de pertencimento
Quantas vezes ao longo de sua vida já não se sentiu surpreendido com sensações inusitadas? Visitar um lugar pela primeira vez e se emocionar, como se já tivesse caminhado por aquele ambiente, se sentir tomado por um inexplicável sentimento de acolhimento, como se fizesse parte daquele lugar! Ou ainda esbarrar com um estranho e ter a nítida impressão de que o conhece, mas não conseguir se recordar de onde!
Experiências inexplicáveis do ponto de vista lógico, certamente. Mas e se realmente outras vidas existem? Se de fato podemos retornar ao mundo com o objetivo de nos tornarmos pessoas melhores, verdadeiros seres de luz? Existe uma lenda que diz que cada pessoa nasce 7 vezes antes de alcançar a salvação ou o calvário e que cada uma dessas vidas possui um propósito bastante específico para preparar o espírito para uma nova etapa de nascimento.
Ficou curioso e quer saber mais sobre a lenda dos 7 nascimentos? Pois neste artigo você vai desvendar um pouco deste mistério. Listamos abaixo as 7 fases de aprendizado em ordem cronológica. Cada uma possui um desafio a ser vencido. Analise cada nascimento e tente descobrir em qual deles você se encontra atualmente e quais são as vidas que ainda virão.
“Não estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar o que se encontra inacabado”
7 fases de aprendizado
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A infância
O primeiro nascimento do espírito é marcado pelo sentimento de novidade. É a primeira vez que o espírito entra em contato com o mundo, o enxerga. Tudo é absolutamente novo. Portanto, é comum que pessoas neste estágio de nascimento se sintam um tanto deslocadas, perdidas. As responsabilidades parecem grandes fardos já que ainda não compreendem com clareza o ambiente em que foram inseridos.
Sentimentos de frustração constante por não conseguir alcançar os objetivos, apesar de muito esforço, são comuns. O mundo parece um meio opressor, já que tudo o que a pessoa tenta realizar parece funcionar de maneira oposta ao que se desejava. Mesmo as melhores intenções podem ser interpretadas de modo errado por familiares, amigos. Das sete vidas, a primeira representa um grande desafio e que vai exigir do espírito grandes doses de coragem e perseverança.
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O aprendiz
Após passar pela primeira vida, o espírito experimenta pela primeira vez a reencarnação. Esta fase é marcada por um profundo interesse em adquirir conhecimento. Como todo aprendiz, a curiosidade é aguçada pelo desejo do saber. Durante a segunda vida, a pessoa sente a necessidade de entender melhor o mundo e as pessoas que o rodeiam. Como tudo funciona, como agir da maneira certa para alcançar o objetivo pretendido.
Nesta vida, o ser também realiza o questionamento sobre si próprio: Quem sou eu? O que faço aqui? Qual o meu papel neste mundo? Quem está passando por essa vida não se interessa por reconhecimento. Quer apenas absorver, como uma esponja, novas formas de agir e pensar. Conhecimento que enriquece a alma e a prepara para a terceira vida.
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O explorador
Esse segundo renascimento representa a união dos aprendizados das duas primeiras vidas e a necessidade incontrolável de aprofundar essas experiências. A curiosidade se torna ainda maior e por isso, as pessoas que estão nessa fase, sentem vontade de expandir o conhecimento em relação à vida. O que foi aprendido nos nascimentos anteriores é utilizado com criatividade e maior maturidade para alcançar os objetivos de maneira mais prática e rápida.
Quem está passando por essa fase sente que precisa fazer mil coisas ao mesmo tempo e que ainda assim não há tempo suficiente para realizar tudo. Quer explorar novos lugares, provar sensações e experiências novas. Este comportamento mostra que a alma busca aprender através destas novas vivências e aprimorar o que já absorveu nas vidas passadas. É como se o espírito fosse de uma criança, mas com maturidade suficiente para entender o que se passa.
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O amante
Como em uma grande viagem, o espírito que experimenta a sua terceira reencarnação traz na bagagem suas experiências e aprendizados das últimas existências. Ao evoluir na compreensão do mundo e da existência do próprio espírito, este viajante está pronto para abrir o coração para um sentimento único: o amor.
Nesta vida o desafio está em compreender o amor e toda a sua complexidade. Suas dores e alegrias, tão necessárias para o crescimento do ser. Quem está passando por esse período costuma se sentir satisfeito com os outros aspectos da vida e busca a realização através do amor. Convém não fugir deste “chamado” por medo de sofrer e se decepcionar. Toda lição aprendida é valiosa para as outras vidas que virão.
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O conquistador
Todo o conhecimento conquistado ao longo das 4 vidas anteriores é utilizado pelo espírito para alcançar o tão desejado reconhecimento. Esta fase tem como característica marcante o sentimento de ansiedade em colher os frutos de tanto tempo de dedicação e esforço.
A alma está pronta para alcançar os objetivos que por muito foram tempo desejados e perseguidos, sente que o sucesso está batendo à porta. Por isso é natural, como qualquer conquistador que está tão próximo de seu objetivo, que se sinta ansioso para alcançá-lo.
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O doador
Depois do reconhecimento, o que importa nessa próxima vida é fortalecer os laços com o Divino. A fé se torna mais forte e a necessidade de fazer o bem, aumenta. É como doador que a alma experimenta um sentimento nobre, misto de prazer e alegria em ajudar o próximo. Esta doação não é necessariamente relacionada aos bens materiais, mas ao tempo e dedicação deste espírito em causas sociais.
É como se o espírito sentisse a necessidade de retribuir tudo o que o universo lhe deu ao longo das outras vidas. O desapego é um dos grandes ensinamentos desta fase e haverá grande necessidade de dedicar tempo à caridade e de partilhar conhecimentos, ajudar e colher a satisfação genuína através da capacidade de se colocar no lugar do outro e colocar o outro em primeiro lugar. Quem passa por essa vida sente a necessidade de se ligar à espiritualidade.
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A transcendência
Como o próprio nome diz, nesta sétima e última vida, o ser ultrapassa as barreiras de tudo o que é humano e transcende para o nível espiritual. As questões mundanas não fazem mais parte dos interesses de quem está nessa vida e o objetivo passa a ser o da busca por algo maior do que ele próprio
É comum que a pessoa se sinta deslocada do mundo em que vive e que perceba maior necessidade de se isolar para encontrar a paz. A matéria se remove da alma e seu espírito finalmente se torna livre do ciclo de reencarnações. O desejo de fazer o bem, adquirido na sexta vida, permanece. Mas o sentimento de satisfação que havia antes, deixa de existir e se torna simplesmente o verdadeiro entendimento do seu papel no cosmos.
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