A Mitologia e os Signos – símbolos e mitos
Os adeptos da astrologia conhecem sobre os segredos do zodíaco, a interpretação dos astros e a influência do mapa astral em nossas vidas. Entretanto, existe uma faceta interessante da astrologia que não é tão conhecida: a relação entre a Mitologia e os Signos. A astrologia possui diversas heranças culturais, que ajudam a interpretar as características de cada signo. A Mitologia Grega é uma das fortes heranças. A própria palavra zodíaco em grego significa “o ciclo dos animais” e todos os mitos de signo, exceto Aquário e Libra, se relacionam à seres vivos. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre cada signo, mostrando sua ligação com os mitos e lendas.
Mitologia e os Signos – Áries
Áries possui o espírito pioneiro do primeiro signo do elemento fogo, que vem de Amon, um deus egípcio que possui a cabeça de Áries e é criador de todos os deuses. Na Mitologia Grega, a lenda começa na busca do velocino (carneiro) de ouro por Jasão. Ele foi banido da casa dos pais para ser treinado pelo centauro Quiron. O pai de Jasão, Esão, teve seu reino usurpado e coube a Jasão conquistar e retomar o que era seu por direito. Então, ele forma um exército para buscar o velocino de ouro. Em seu caminho, conhece Medeia, uma sacerdotisa e feiticeira. Acontece um envolvimento amoroso entre eles e Medeia o revela a localização do carneiro de ouro, que está nos sagrados bosques de Ares. Eles conseguem juntos resgatar o carneiro e retomam o reino. O tio de Jasão, Pélias, resiste para entregar o trono, o que faz com que Medeia planeje seu assassinato. Jasão deixa o trono com Acasto, enquanto decide se isolar em Corinto. Nesta cidade, ele tem a chance de se tornar rei, casando-se com a filha do rei Creonte. Jasão aceita a proposta e abandona Medeia, que fica revoltada. Como vingança, Medeia amaldiçoa seu antigo amor com uma violenta morte. Por fim, Jasão morre quando um pedaço de madeira, Ares, cai sobre sua cabeça. Esta lenda representa a natureza heroica e combativa de Áries. Jasão foi uma figura valente, por vezes temida, assim como os nativos deste signo.
Mitologia e os Signos – Touro
Na Mitologia grega, o Touro simboliza os instintos humanos e as paixões sensoriais. É um símbolo das compulsões instintivas, que podem atrapalhar a capacidade de dirigir a vida. Também se relaciona à Dionísio, o deus da fecundidade viril. Os mitos gregos contam que Zeus se transformou em um touro para conquistar e raptar Europa. Entretanto, é o mito do Minotauro que melhor representa a essência do signo de Touro. Desejando conquistar poder em Creta, Minos faz um acordo com Poseidon, oferecendo a supremacia dos mares em troca do sacrifício de um touro branco muito belo que o pertencia. Poseidon cumpre sua parte do acordo e colabora para que Minos se torne o rei de Creta. Porém, Minos, não cumpre a sua parte do trato. Ao invés do sacrifício do touro branco, ele oferece outro touro, enfurecendo o deus. Poseidon então, se une à Afrodite para uma vingança. Eles provocam juntos uma paixão cega da mulher de Minos por um touro branco. Desta paixão, nasce o Minotauro, criatura com corpo humano e cabeça de Touro. Minos não executa o Minotauro, aceitando a punição dos deuses. Porém, constrói um labirinto gigante para escondê-lo. Minos tem que alimentá-lo com jovens virgens duas vezes por ano. Teseu é um dos jovens selecionados para este sacrifício. Em sua intercessão, Afrodite faz com que Ariadne, a filha de Minos, se apaixone pelo jovem. Então, Ariadne entrega um novelo de lã à Teseu, para que consiga encontrar a saída do labirinto e escapar de Minotauro. Teseu escapa da morte, liberta os demais jovens que seriam sacrificados, derrota Minotauro e se torna então o rei de Creta.
Segundo a lenda, Buda nasceu sob o signo de Touro. A imagem deste animal sendo domesticado ilustra muitos contos budistas. Touro representa tanto o poder criativo da terra quanto o desafio do controle dos instintos para o equilíbrio entre o espírito e a vontade humana.
Mitologia e os Signos – Gêmeos
Os irmãos gêmeos que representam as características deste signo são Castor e Pólux. Segundo a Mitologia grega, os irmãos pareciam idênticos, mas Pólux era filho de Zeus, enquanto Castor era o filho mortal de Tíndaro, o rei da Espanha. Eles possuíam personalidades muito distintas. Pólux era delicado e sensível e Castor era guerreiro e forte. Os irmãos viviam brigando, até que Castor morre em uma briga com outros irmãos gêmeos. Pólux fica inconsolável e implora para que seu pai, Zeus, traga Castor de volta à vida. No entanto, Zeus explica que não pode conceder este pedido, já que uma vez que a alma desce ao mundo subterrâneo, nunca mais pode voltar. Sensibilizado pelo desespero do filho, Zeus faz um trato com o deus do mundo subterrâneo, Hades: Castor voltaria à vida, com a condição que os gêmeos revezassem o mesmo corpo. Então, quando Castor estivesse vivo, Pólux desceria ao mundo subterrâneo e vice-versa. Os irmãos nunca se encontrariam novamente. Pólux concorda com o acordo e desde então, o signo de Gêmeos vive na dualidade e na luta pelo encontro das duas metades.
Outra lenda de gêmeos míticos é a de Rômulo e Remo, também divididos pela distância entre o mal e o bem. Segundo a Mitologia romana, os filhos de Marte foram amamentados e alimentados por uma loba. Ao crescerem, Remo planejou a morte de seu irmão, mas Rômulo matou-o antes em legítima defesa. Depois, foi aclamado como o fundador de Roma.
Mitologia e os Signos – Câncer
De acordo com a Mitologia Grega, o caranguejo era uma criatura que pertencia à deusa Hera, guardiã da família e do lar, que se associa ao signo de Câncer. As características da deusa se assemelham aos cancerianos. Hera protegia quem respeitava o matrimônio, mas era muito ciumenta. Querendo dar a imortalidade a Hércules, seu preferido filho mortal, Zeus fez com que Hera adormecesse para que o menino sugasse seu seio. Neste momento, a deusa acordou e nunca mais perdoou Zeus por esta atitude. Uma das missões de Hércules, era derrotar Hidra, um monstro de várias cabeças que habitava o pântano. Como proteção e vingança, Hera enviou um caranguejo enorme ao pântano. A deusa planejou que o caranguejo pinçasse Hércules pelas costas, enquanto ele estava em batalha com Hidra. No entanto, Hércules conseguiu derrotar ambos: o caranguejo e o Hidra. Mesmo com este resultado, Hera colocou o crustáceo no céu, agradecida pela sua lealdade. O caranguejo e Hera representam a estabilidade doméstica e a importância dos laços familiares.
Na cultura egípcia, o escaravelho é ligado a este segmento do zodíaco. O besouro põe seus ovos em uma bola de esterco e a empurra até que as larvas eclodam, isso fazia com que os egípcios o visse como um símbolo de uma vida nova. Assim, o signo era associado ao mistério da fonte espiritual da vida, a lealdade emocional e os valores tradicionais.
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Mitologia e os Signos – Leão
O signo de Leão é representado na Mitologia Grega pelo mito do Leão de Nemeia. Como seu primeiro trabalho, Hércules teve que enfrentar este leão em sua caverna e atirou flechas para mata-lo. No entanto, Hera tinha dado imunidade ao animal contra este tipo de ataque, não sendo atingido também por lanças ou tacapes. Então, para liquidar o leão, Hércules precisou entrar na caverna com uma tocha para iluminar o caminho. Por fim, conseguiu matar o animal em uma luta corporal, na qual sufocou o animal com as mãos. O filho de Zeus arrancou a pele do leão e começou a usá-la como proteção. Esta batalha simboliza a luta contra nosso próprio ego, um dos principais desafios dos leoninos.
O Leão é um animal que possui diversas faces na mitologia, da mais régia e nobre até a maior violenta, vingativa e selvagem. Na cultura egípcia, a deusa com cabeça de leão, Sekhmer, também chamada de Olho de Rá, representa o conhecimento do futuro. Também simboliza a ira do terrível deus solar, quando não respeitavam sua vontade. A fúria do leão contrariado reflete na deusa antiga. Leão é um signo que pode ter forte poder de visão, mas também muito orgulho e teimosia.
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Mitologia e os Signos – Virgem
O mito do sequestro de Perséfone representa o signo de Virgem na cultura grega. Perséfone era filha de Zeus e de Deméter, a deusa da fecundidade e da colheita. A moça era virgem, o que não tem a ver com o sentido sexual. A palavra “virgo”, do Latim, significa solteira ou dona do próprio nariz. A autossuficiência permitia que as deusas não desempenhassem o papel de esposas. Perséfone permaneceria para sempre virgem e jovem. No entanto, durante uma brincadeira com as ninfas no bosque, foi atraída por um lindo narciso. Neste instante, o deus dos mortos e do mundo inferior, Hades, raptou a deusa com sua carruagem de cavalos negros para ser sua esposa. Deméter ficou muito abalada com o ocorrido e negou ocupar seu lugar no Olimpo caso não tivesse sua filha de volta. Então, não houve a fecundação das terras e o planeta começou a ficar com pouca vegetação e sem colheitas. Evitando uma tragédia, Hades e Deméter fizeram um acordo para que Perséfone dividisse seu tempo metade com a mãe e metade com o marido. Por fim, a Terra voltou a florescer suas plantas.
Mitologia e os Signos – Libra
Na cultura grega, Libra é associado ao símbolo mitológico da deusa da sabedoria, Palas Atena, que nasceu do cérebro de Zeus. A deusa era responsável por proporcionar equilíbrio aos opostos, baseando-se na racionalidade e valorização de diferentes necessidades. A lenda de Páris, filho de Príamo, também está ligada a Libra. Páris foi designado por Zeus para escolher a mulher mais bela do Olimpo. Como possuía o dom da diplomacia, era o mais indicado para tomar a decisão entre as três finalistas: Afrodite, Palas Atena e Hera. Cada deusa mostrou seus dotes para vencer a competição. Hera ofertou a Páris poder, riqueza e um casamento fértil. Atenas ofereceu sabedoria e vitória garantida em todas as disputas que ele participasse. Por fim, Afrodite propôs conceder a ele o amor de Helena, a mulher mais bela do mundo, casada com o rei de Tróia, Menelau. Mesmo Helena sendo uma mulher casada, Páris não resistiu à proposta de Afrodite e a elegeu como a deusa mais linda do Olimpo.
No Egito, a imagem da Libra ou do equilíbrio é encontrada na guardiã da justiça, a deusa Maat, que pesava a alma dos mortos balanceando com o peso de uma pena, que determinava até que ponto estavam leves. A Libra é o um objeto inanimado do zodíaco, que representa imparcialidade e o equilíbrio.
Mitologia e os Signos – Escorpião
O mito associado ao signo de Escorpião é a história do gigante Órion, exímio caçador e filho de Poseidon, que lhe concedeu o dom de caminhar pelas águas. Órion era dono de um insaciável apetite sexual. Em dos seus impulsos, tentou assediar a deusa Artêmis, uma virgem eterna, protetora da caça, da guerra e da natureza instintiva. Como resposta a este ato de violência, Artêmis mandou um escorpião gigante mata-lo. O animal picou o calcanhar de Órion e o matou. Para demonstrar gratidão por seus serviços e lealdade, Artêmis transformou o escorpião em uma constelação.
O Escorpião é conhecido na Mesopotâmia como Aguilhoador – que representa o declínio do poder do Sol no outono. Simboliza os poderes da natureza, que fica enfurecida quando é prejudicada pela arrogância dos homens. Apesar do Escorpião ser retratado como uma criatura perigosa nos mitos, ele apenas reflete a resposta da natureza indignada. A justiça irremediável para aqueles que não têm humildade. Mesmo os mais fortes devem se curvar à ordem da mortalidade humana.
Mitologia e os Signos – Sagitário
O signo de Sagitário é associado à dois mitos. O primeiro é sobre Zeus (ou Júpiter), o filho de Cronos e Réia. Cronos devorava seus filhos, temendo perder o poder e ser deposto. Réia decidiu proteger Zeus entregando uma pedra em seu lugar. Quando cresceu, Zeus resolveu enfrentar o pai em diversas batalhas para alcançar o poder. Quando finalmente conseguiu, dividiu o reino conquistado com seus irmãos. A Terra ficou com Zeus, os mares com Poseidon e o mundo subterrâneo dos mortos com Hades. Esta lenda é controversa, porque é ligada à dualidade de regência do planeta Júpiter nos signos de Peixes e Sagitário.
Outro famoso mito ligado a Sagitário é o do centauro Quíron. Metade cavalo, metade homem, era conhecido como o senhor da cura, das ervas medicinais e da alquimia. Certa vez, ele foi atingido por uma flecha que estava envenenada com o sangue de Hidra. Como era imortal, sobreviveu, mas a ferida jamais cicatrizou. Quíron tinha muita sabedoria e o sofrimento aumentava seu conhecimento. Devido à sua agonia pela ferida sem cura, Prometeu o permite morrer para acabar com a dor. Quíron então se transforma em uma constelação.
A nomenclatura Sagitário vem da palavra sagitta do latim, que significa flecha. A flecha do centauro. Trata-se de um símbolo que busca a verdade, um entendimento melhor e mais elevado. A figura do centauro, metade divindade metade animal, representa o paradoxo dos homens, em que os instintos destrutivos devem ser guiados por uma visão com valores sagrados.
Mitologia e os Signos – Capricórnio
Existem diversos mitos associados a Capricórnio. Uma das lendas é sobre a cabra Amaltéia, que amamentou Zeus quando ele era um bebê. O leite era tirado do seu corno, a cornucópia. A cabra era tão horrível que os deuses quiseram que ela ficasse escondida na escuridão de uma gruta no monte Ida, para não perturbar o pequeno Zeus. Quando adulto, Zeus ficou forte e saudável graças Almatéia. O deus precisava enfrentar os Titãs e via-se sem armas para isso. O oráculo sugeriu que Zeus matasse a cabra e vestisse sua pele para se tornar invencível. Então, foi feito o primeiro sacrifício da Cabra, que morreu para o bem do outro após ter se dedicado. Este é o simbolismo do Capricórnio ser o mártir, que se sacrifica pelo bem de todos.
O bode simboliza muitos significados: a abundância da Terra, o caráter inevitável do tempo e a esperança da redenção quando existe o senso da mortalidade. Estrutura e abandono, escuridão e luz. Os antônimos são demonstrados na natureza contraditória deste signo.
Mitologia e os Signos – Aquário
O signo de Aquário é associado a Prometeu, primo de Zeus. Ele era um deus da terra, um Titã, que tinha como dom a profecia. Prometeu foi aluno de Athena, deusa da sabedoria, com quem adquiriu conhecimentos sobre arquitetura, astronomia e navegação. Para retribuir, ensinava tudo o que sabia aos homens. Por divulgar segredos divinos para a humanidade, recebeu uma punição de Zeus, que resolveu privar os homens do fogo. Com auxílio de sua mestra, Prometeu roubou o fogo divino do deus Sol Apolo e concedeu aos homens. Zeus furioso, resolveu castiga-lo com o suplício eterno e acorrentou-o a uma montanha onde diariamente uma águia comia seu fígado. No dia seguinte, o fígado se reconstituía e a águia o comia novamente. O castigo só acabou quando Hércules visitou o reino de Hades para pegar Cérbero e Zeus permitiu que Prometeu se libertasse, desde que lhe ensinasse o único poder que ainda não tinha: prever o futuro.
A substância que o aguadeiro carrega seja fogo, água ou o elixir da vida, não é fácil de ser definida. A lenda de Prometeu demonstra que a sabedoria, o poder mental e o conhecimento que Aquário possui podem criar um mundo mais eficiente, em que todos desempenhem seu determinando papel e construam um bem comum.
Mitologia e os Signos – Peixes
Na Mitologia Grega, Dionísio, deus da embriaguez dos sentidos, da metamorfose, do êxtase do vinho, representa o mito do signo de Peixes. Dionísio era filho de Perséfone com e Zeus e por ordens de Hera foi raptado e devorado por Titãs. Zeus castigou os Titãs matando-os com um raio e deu o coração do filho à Sêmele, que o engoliu e passou a gerir Dionísio. Certo tempo depois, Zeus tirou o filho do ventre da princesa tibetana e passou a guardá-lo em sua própria coxa, a fim de protege-lo. Quando Dionísio veio à vida novamente, Zeus designou que Hermes cuidasse dele. Dionísio possuía muitos poderes e seus ritos antecediam todas as celebrações religiosas, independente do culto realizado.
Na cultura síria, o peixe era relacionado com a deusa da fertilidade, Atargatis ou Derke, que era retratada com a cabeça de uma mulher e o corpo de peixe. Para os gregos, esta divindade era identificada como Afrodite. No símbolo do signo, os dois Peixes representam o ciclo anual e fértil da natureza. O eterno ciclo do nascimento, morte e renascimento regidos pelo ritmo da natureza.
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