Com adaptações para a contemporaneidade, clássicos voltam ao vestuário
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Com os meses mais gelados do ano, tendências antigas caem novamente no gosto popular e roupas guardadas durante o verão e primavera deixam os cabides. Segundo a designer de moda e empresária Maria Badaró, o queridinho da temporada 2021 é o oversized. Essas peças apresentam modelagem mais ampla, cortes retos e a sensação de uma numeração maior. E para acertar na combinação, a diretora criativa de sua marca autoral indica bases básicas por baixo. Assim, o destaque é todo das peças superiores.
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A recomendação é autenticidade!
Se o estilo pessoal é ousado, vale apostar em cores diversas. Caso a preferência seja por tons neutros, marrom, cinza e preto não podem faltar. E existem maneiras para se vestir sem medo: com um adicional não chamativo, a peça principal permite estampas e paletas fora da casinha. Até outros acessórios, como lenços, são válidos e constituem a “cereja do bolo”, fazendo toda diferença no visual.
Toda essa produção não precisa doer no bolso. Para Badaró, várias composições podem ser montadas com apenas uma peça, como um bom vestido ou um jeans versátil. As compras podem ser adaptadas para cada situação financeira e preferência estética. “Não existe certo e errado na moda. Existe aquilo que te faz bem e que comunica o que você realmente é”, complementa a defensora de um vestuário que seja a extensão das identidades.
Maria Badaró é proprietária da marca que leva seu nome. Mesmo constantemente elaborando modelos, ela reconhece que, no inverno, as pessoas resgatam mais peças usadas do que protejam novas compras. No verão e primavera, estilos são experimentados e o conservadorismo do inverno não é aplicado.
Reutilização é sinônimo de sustentabilidade
Para duas curadoras de brechós ouvidas pela reportagem, a reutilização de roupas usadas promove impactos positivos no meio ambiente. Nicole Evellin está por trás da loja Beth Balanço, que comercializa garimpos e desapegos, e acredita na importância da iniciativa circular para prevenir os impactos da produção desencadeada. “Aplicar a sustentabilidade na moda é pra ontem”, alerta.
O Fast Fashion concebe um acúmulo danoso de lixo têxtil. Segundo Isabela Taioqui, organizadora do brechó Novo de Novo, este tipo de resíduo é pouco falado e os casacos de segunda mão são uma iniciativa amiga da natureza. Para ela, as peças ‘vintage’ proporcionam uma qualidade superior comparadas às opções disponíveis no mercado tradicional. Os cortes mais procurados e indicados pela curadora são coturnos, casacos terninho e blusinhas com gola alta.
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