A Adoção e a relação com a Reencarnação
Ser pai ou mãe é um estado emocional incrível, amor que se estabelece eternamente no coração através dos cuidados e da relação com um bebê ou criança. Se engana quem pensa que a maternidade está restrita a geração natural da vida através do útero. Nossa capacidade de amar é muito maior do que a biologia e, talvez, do que a própria vida.
“O filho adotivo constitui sempre um treino dos mais nobres no campo da fraternidade. Talvez raros serviços na Terra sejam tão compensadores em termos de Vida Eterna”
A adoção é uma alternativa para quem deseja formar uma família e não consegue pelas vias naturais. Mas, felizmente, vem crescendo o número de pessoas que optam pela adoção e que podem ter filhos, optando por dedicar seu amor para uma criança que já nasceu e que não possa estar com a família. A permissão da adoção por casais em uma relação homoafetiva também tem contribuído muito para que cada vez mais crianças possam ter uma família, um lar e os cuidados que merecem.
Mas será que os laços de amor familiares se criam nessa vida? Ou será que podemos falar em reencarnação?
Adopção: Pelas portas do coração
Com Deus ou sem, temos certeza que o amor está além do sangue. Porém, para aqueles que acreditam na reencarnação, fica fácil explicar a dimensão das relações afetivas e familiares e porque, nem sempre, encontramos amor entre os entes da família biológica. Ao passo que, não raro, a identificação entre uma mãe e um pai com uma criança nascida de outro ventre pode ocorrer de forma instantânea e imediata. Adoção e reencarnação andam juntas!
“Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias”
As circunstâncias que determinam o nascimento estão muito além da vida. Programamos, ainda no astral, em quais condições vamos nascer e alguns marcos a serem ultrapassados. Com a adoção não é diferente. Nada é por acaso! Resgates, reencontros, presentes divinos… Muitas são as razões que unem pais e seus filhos pelos laços da adoção e reencarnação. E não seria esse, um filho, o melhor presente que se pode dar a alguém? Se você pudesse fazer isso por alguém que ama, não faria?
Aos olhos espirituais, todos os envolvidos em uma adoção servem ao amor divino, seja qual for a circunstância. E devemos lembrar que os laços familiares não existem no astral; somos todos uma emanação do criador e, a cada experiência, recebemos um papel diferente para desempenhar no jogo da vida. E são esses papéis que importam, não o sangue.
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Resgates cármicos
Assim como na matéria, a vida espiritual é muito diversificada. Não existem regras e cada caso se dá dentro de suas peculiaridades e necessidades dos espíritos envolvidos. Porém, os anos de existência das escolas esotéricas, espíritas e espiritualistas, nos permitem perceber que alguns resgates cármicos são comuns em casos de adoção.
Cura
Muitos são os casos onde o espírito decide curar em si os sentimentos que podem aflorar com uma adoção. Revolta, a baixa autoestima e a sensação de inferioridade são comuns, porém, não são regras. Somente em contato com esses sentimentos de forma tão profunda é que somos capazes de superá-los por nós mesmos.
Carma dos filhos
Em algumas situações vemos os filhos não valorizarem seus pais. Em função do orgulho, egoísmo e vaidade, se tornam tiranos de seus pais, escravizando-os aos seus caprichos e pagando com ingratidão e dor toda a ternura e amor que lhe foram oferecidos. Muitos chegam ao extremo da violência física ou abandonam os pais a própria sorte quando idosos. Esses espíritos quando morrem e relembram as leis divinas, veem as atrocidades que cometeram e buscam reparação e reconciliação. Então, é dada nova chance para que os filhos reencontrem aqueles mesmos pais a quem não valorizaram, resgatando o carinho, o amor e a ternura de ontem. A Lei do Retorno e a misericórdia divina permitem esse reencontro, não mais e maneira biológica, mas sim pelo coração, fazendo com que esses filhos cheguem aos braços dos pais pelas vias da adoção.
Carma dos pais
Assim como os filhos, pais também erram: abandono, abusos de todos os tipos, humilhações, violência. Quando retornam ao mundo espiritual despertam, percebendo a gravidade de seus atos. Recebem, assim como todos, a graça divina de aprender com os próprios erros e resgatar e reparar os erros cometidos no passado. Impedidos de gerar a vida naturalmente, recebem aquela criança pela adoção, para valorizar ainda mais todos os aspectos que a mágica da paternidade e maternidade tem a oferecer, especialmente em termos de crescimento espiritual. Podem, então, desfrutar do amor incondicional que somente as relações entre pais e filhos proporciona.
Presente divino
Almas com laços de milênios podem se encontrar por meio da adoção. Nada no mundo espiritual é fechado, certo, e muitas coisas podem mudar de acordo com as escolhas que fazemos. Novamente, a Lei do Retorno é a lei divina que se encarrega da justiça. Em alguns casos, estava programado que a mulher não pudesse gerar filhos ou ser mãe, por exemplo. Mas, essa mulher ao longo da atual experiência, faz escolhas cada vez mais amorosas, que promovem o crescimento dela e dos demais, se colocando sempre à disposição do amor divino. Sem revolta, aceita o fato de que não será mãe, mas mantém essa vontade no coração. Então, a espiritualidade, devido às ações e merecimento da própria mãe, dá a ela essa oportunidade e faz com que uma criança chegue até ela. Quantos e quantos casos não existem de pais que sequer procuravam uma criança, que nunca iniciaram o processo de adoção, e a criança simplesmente chega até eles? Certamente, são presentes enviados dos céus.
Outras vezes, amigos espirituais se voluntariam para gerar os filhos por alguém que não vai poder, tendo esse objetivo como missão de vida. Nascem, crescem, geram filhos e partem. São casos onde irmãs que assumem os filhos de uma irmã falecida, amigas, primas… Na adversidade, o amor divino é ainda mais presente.
Fazendo o amor fluir
Para que, além do amor, os afetos e relações psíquicas sejam saudáveis, encontramos alguns pontos comuns entre todos os casos de adoção, para que tudo flua de acordo com o planejado:
Sempre a verdade
Esconder a adoção da criança nunca é uma boa ideia. Assim que ela tiver idade suficiente, falar a verdade sobre sua origem é essencial. Nada pode ser construído com base em mentiras.
Gratidão
Os pais que adotam não devem temer a mãe biológica. Tendo ou não contato com ela, especialmente em termos espirituais devem sempre ser gratos à pessoa que trouxe a criança ao mundo. Sem essa peça, o quebra-cabeça familiar não teria se formado. Boas energias, orações e gratidão devem sempre ser enviados para a mãe biológica. Devem, ainda, ajudar a criar na criança esse mesmo sentimento, desencorajando no filho sentimentos de raiva, tristeza ou revolta em relação à mãe biológica. Ele também deve ser grato às pessoas que o ajudaram a vir ao mundo.
Força interior
É natural que uma criança que foi adotada tenha uma inclinação aos sentimentos de abandono e inferioridade. Sem esse elemento já é difícil se manter são no mundo, imagine para uma criança que não pode conviver com seus genitores. Pode ser que, apesar do amor que recebe, ela tenha mais dificuldade em desenvolver segurança perante a vida e amor-próprio. Como já mencionado, em muitos casos esse é um dos motivos que alguns espíritos escolhem chegar ao mundo pela via da adoção, então os pais devem ter um cuidado redobrado na criação dessa criança, incentivando a força interior, autoestima e a segurança, para que ela cresça nas melhores condições emocionais e só desfrute do amor e não da dor. Para que saiba valorizar o que tem, ao invés do que não teve. Para que ela possa se curar.
Adotar é divino, espiritual e nobre. É cumprir as leis do mundo que estão fora dos padrões sociais. É ser forte para enfrentar preconceitos e estar pronto para falar de amor, só de amor. E nada importa mais que o amor!
Cordel sobre adoção
Fica aqui um cordel, uma poesia emocionante sobre adoção, da alma iluminada chamada Bráulio Bessa. Ele consegue com palavras tocar qualquer coração.
Dar a luz
Dar à luz a uma criança é iluminar seus dias
dividir suas tristezas, somar suas alegrias
é ser o próprio calor naquelas noites mais frias
Dar à luz é estar perto é sempre chegar primeiro
é ter o amor mais puro, mais honesto e verdadeiro
amar do primeiro olhar até o olhar derradeiro
Dar à luz é se estressar é não conseguir dormir
é ser quase odiado por dizer, não vai sair
Dar à luz é liberar, mas também é proibir
Dar à luz é ser herói com papel de vilão
é saber regrar o sim e nunca poupar o não
não é traçar o caminho é mostrar a direção
Dar à luz é ser presente nos momentos mais cruéis
é ensinar que os dedos valem mais do que os anéis
é mostrar que um só lar, vale mais que mil hotéis
Dar à luz é se doar é caminhar lado a lado
é a missão de cuidar, de amar e ser amado
é ser grato por um dia, também ter sido cuidado
É conhecer o amor maior que se pode amar
é a escola da vida que insiste em ensinar
que pra dar à luz a um filho, não é preciso gerar
É entender que o sangue, neste caso, é indiferente
duvido o DNA dizer o que a gente sente
é gerar alguém na alma e não biologicamente
Pois não tem biologia e nem lógica
para explicar o amor de pai e mãe
não se resume em gerar
quem gera nem sempre cuida, mas quem ama vai cuidar
Vai cuidar independente da cor que a pele tem,
da genética, do sangue
o amor vai mais além
O amor tem tanto brilho
que quem adota um filho
é adotado também!
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