Aprendizado, concentração e espiritualidade: a sincronização cerebral através da música
É inegável o poder que a música exerce sobre nosso humor ou comportamento. No entanto, o que poucos se dão conta é que o som proporciona um efeito por vezes imperceptível ou atribuído a outros fatores, como é o caso da sincronização cerebral.
Basicamente, nosso cérebro é composto por uma infinidade de células nervosas, as quais são responsáveis por emitirem impulsos e frequências, emanando assim algumas sutis ondas eletromagnéticas, também denominadas ondas cerebrais. Diante disso, foram descobertos através dos eletroencefalogramas a existência de diversos ritmos emitidos por tais ondas; são elas Alfa, Beta, Gama, Teta e Delta, cada uma responsável por promover sonhos, consciência, inconsciência e até mesmo a ligação com o mundo espiritual.
Com a descoberta dessas ondas, foram ainda associados à elas músicas e sons específicos que podem ser escutados de acordo com finalidades específicas. Estas, por sua vez, são capazes de proporcionar o equilíbrio da onda desejada e condicionar o indivíduo a experiências como sonhos lúcidos ou mesmo um aumento atividade de sua onda consciente, levando a níveis elevados de concentração ou redução de condições como a ansiedade, por exemplo.
A sincronização cerebral através da música
Ainda que tenham sido registradas a existência de cinco níveis de frequência cerebral, Gama costuma ficar de fora desta sincronização cerebral através da música, uma vez que se encontra acima de 39 hertz e estão envolvidas em uma maior atividade mental, capacitando a consolidação de informações – o que é alcançado diante processos avançados de meditação. No entanto, veja qual é a atribuição de cada uma das 4 demais ondas e como estas podem ser aperfeiçoadas ou reduzidas através da música.
Ondas Alfa: variam entre 8 e 12 ciclos por segundo (hertz) e consistem em um estado leve de relaxamento, onde a mente permanece calma e focada. Geralmente alcançado através de processos como a meditação, esse é um estágio chamado de super-aprendizado, pois o cérebro se mostra mais receptivo e aberto a novas informações. É a porta de comunicação entre os estágios de consciência e inconsciência.
Ondas Beta: possivelmente, enquanto lê este artigo, você estará em ondas Beta, pois este é um estado de consciência normal, essencial para a execução de tarefas cotidianas. Variando entre 13 e 30 hertz, essa é uma onda rápida e, quando funciona em frequências muito altas pode desencadear ansiedade, stress e crises de pânico.
Ondas Teta: reproduzida entre 4 e 7 hertz, as ondas Teta representam um estado de profundo relaxamento, geralmente associadas ao estado onde sonhos e meditações mais intensas costumam acontecer. Diz-se que tal estado também contém nossas maiores inspirações criativas e podem nos levar a uma ligação espiritual.
Ondas Delta: retratando a mente consciente, Delta é o estado de sono profundo e o mais lento de todas as demais, trabalhando entre 0,5 e 3 hertz. Em combinação com outras ondas no estado de vigília, Delta pode ainda atuar como um radar em busca de informações, sendo este capaz de compreender o incompreensível através do pensamento consciente.
Diante dessas informações, fica fácil assimilar que todo o pensamento tem um ritmo, uma frequência. Sendo assim, estímulos sonoros permitem ao indivíduo uma melhora na sincronização cerebral entre seus dois hemisférios, amplificando estados de consciência mais saudáveis para sua mente e corpo. Geralmente, esse resultado é visto com a reprodução de dois sons com frequências ligeiramente diferentes, chamados de sons binaurais.
Outra possibilidade de sincronização cerebral acontece por meio de músicas comuns, onde foram observadas a alteração da frequência mental de muitos indivíduos. Um exemplo acontece ao ouvir música barroca, onde geralmente essa frequência era reduzida e entrava em alfa; onda que induz a um aprendizado mais eficaz e, portanto, ideal para ouvir enquanto estuda, memoriza ou precisa se concentrar em algo.
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