Depressão e mediunidade: haverá uma relação?
A depressão é um transtorno psiquiátrico terrível, que se torna cada vez mais comum. Os números da Organização Mundial da Saúde sobre depressão são assustadores, assim como as vítimas que ela faz; cada vez mais e mais pessoas perdem essa batalha.
Chamada de “mal do século”, ela está relacionada ao estilo de vida moderno, mas, mais do que isso, ela é um claro sintoma espiritual de mediunidade não trabalhada na maioria dos casos. A mediunidade é uma benção, um tesouro para o trabalho de crescimento espiritual e não causa nenhuma perturbação. Mas, então porquê encontramos tantos médiuns com depressão? Porquê nos centros espiritualistas esse sintoma é tão frequente? Depressão pode ser sinal de mediunidade?
“Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas”
Vamos entender melhor nesse artigo. Antes disso, é importante dizer que a depressão é um transtorno grave, que pode sim ser tratado com autoconhecimento e do ponto de vista espiritual, mas o acompanhamento médico dos doutores da Terra é essencial. A medicina tradicional, apesar de seus erros, é também uma ciência divina que está ao nosso dispor e não deve ser ignorada. O conjunto de benefícios que se constitui da aliança entre terapias alternativas e espirituais com o acompanhamento psicológico e, por vezes, psiquiátrico, são o caminho para a cura deste mal.
Mesmo que o problema esteja em nós e tenha origem espiritual, o desequilíbrio químico causado pela depressão no sistema físico é terrível e não deve jamais ser negligenciado. Não acredite em promessas milagrosas, coachings extraordinários ou curas religiosas, especialmente quando desdenham da ajuda medicinal. A medicina tradicional pode não promover a cura sozinha, mas é essencial especialmente nos casos mais graves onde existe a possibilidade de suicídio. Não duvide do poder de cura espiritual e da própria mente, mas não se apoie somente nisso, pois os danos causados pela depressão são profundos e mentalmente aprisionantes, encontrando na alopatia um grande apoio.
“Antidepressivos tratam a dor depressão, mas não curam o sentimento de culpa e nem tratam a angústia da solidão”
A mediunidade
Sabemos que somos todos médiuns, em maior ou em menor grau. Há quem já venha com essa missão e com essa faculdade aflorada, mas todos podemos desenvolver essa característica espiritual. Somos espíritos encarnados e nos comunicamos com o mundo espiritual a todo tempo. Logo, todos temos as ferramentas necessárias para aprimorar cada vez mais essa ligação. Com relação à depressão, o que ocorre é que a vida moderna, corrida, cada vez mais materialista e sem sentido, nos causa muita frustração. Parece libertador trabalhar para conquistar nossos objetivo, mas, na prática, o que ocorre é uma escravização do espírito que fica eternamente alimentando um sistema falho. E então, o espírito fica esquecido, negligenciado, sem espaço em nossas vidas. E isso nos adoece.
“…estava cansado de amar sem resultado; além disso, começava a sentir a depressão que nos causa a repetição da vida, quando nenhum interesse a dirige, nenhuma esperança a estimula”
Quanto maior o grau de mediunidade, maior também a chance de desenvolver depressão. Então, de certa forma, depressão pode ser sinal de mediunidade. Nesse sentido, podemos dizer que a mediunidade não é a causa da depressão, mas é um fator de risco. Observe: pessoas muito adaptadas a esta sociedade doente, que conseguem extrair felicidade apenas da materialidade, ou seja, não necessitam de nada mais além do dinheiro e se sentem confortáveis com todos os mecanismos para ganhá-lo, certamente possuem graus de mediunidade mais baixos. Os chakras espirituais dessas pessoas estão fechados. Isso não quer dizer que elas sejam más ou que estejam sendo castigadas, pois essa situação pode se dar devido a escolhas do próprio espírito, como um teste de evolução. E também nada tem a ver com o caráter dessas pessoas, que fique claro. A questão é que, para elas, é suficiente e prazeroso uma vida de trabalho, suas recompensas financeiras e o conforto que vem com o dinheiro e toda a materialidade que cerca esse estilo de vida. Elas não precisam buscar por algo mais e autoconhecimento para elas está mais relacionado a profissão e desenvolvimento pessoal e de carreira, do que com temas mais espiritualizados. Se existe Deus ou não, de onde viemos, para onde vamos e quem somos nós não são preocupações. Logo, tendem a extrair das experiências sociais tudo o que precisam, correndo menos risco de entrar em depressão. Elas “sentem” menos.
Já quem tem graus de mediunidade mais elevados, não consegue se satisfazer somente com o que a sociedade oferece, pois parece que sempre “falta algo”. Se escandalizam com mais facilidade com as injustiças do mundo, pois percebem a sociedade de forma mais expandida. São aquelas pessoas que “não se encaixam”, por mais dinheiro ou sucesso que alcancem. Uma prova disso é a quantidade de pessoas que possuem fama, sucesso e tudo o que é considerado elemento de felicidade e satisfação, mas que, ainda assim, desenvolvem depressão. Mesmo com tantas conquistas, acabam, cedo ou tarde, se sentindo incompletos e buscando por um sentido maior nas coisas.
Whindersson Nunes, por exemplo, tem tudo que a vida pode oferecer: conquistou independência financeira, fama, respeito e é casado com uma mulher linda, que o ama verdadeiramente. Segundo os padrões materiais, ele tem “tudo”, certo? Como ele poderia estar deprimido? Ele não é o único: Lucas Lucco, Priscila Fantin, Adriana Esteves, Fernanda Lima, Padre Marcelo, Padre Fábio de Melo, Selton Mello, Gisele Bundchen, Bruna Marquezine e Paula Fernandes são alguns casos no Brasil. Já no mundo a lista é ainda maior: Adele, Michael Phelps, Justin Bieber, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie, J.K.Rowling, Jim Carrey, Owen Wilson, Demi Lovato, Brooke Shields e Winona Ryder são exemplos. A depressão acomete padres, esportistas, apresentadores, modelos, atores, cantores, escritores.
Pois é. A depressão nada tem a ver com bens e as conquistas materiais, falta de deus ou de exercícios físicos. Ela fala da alma, do espírito e de toda a carga que ele carrega. A alma almeja por mais, além do que a sociedade pode oferecer. E quanto mais essas pessoas focam na materialidade, mais percebem que não estão satisfeitas, mais sentem as dores do mundo e se afundam na depressão.
Depressão: prato cheio para obsessores
Ao mesmo tempo em que a depressão pode ser sinal de mediunidade, quando estamos deprimidos somos alvos fáceis para espíritos densos nos atormentarem e sugarem a nossa energia. Ficamos mais suscetíveis a manipulações e sugestões, exatamente o que esses espíritos querem de nós. Como já vivemos diversas vidas, provavelmente temos inimigos espirituais, pessoas que não querem o nosso bem e que vão se aproveitar desse momento onde temos poucas defesas energéticas, para nos prejudicar.
O problema é que entramos em um ciclo vicioso, pois quanto mais energias densas temos perto de nós, mais a doença se agrava e mais difícil é sair dela. Ela acaba por nos tomar de forma tão avassaladora, que nos tira a vontade de viver e, de tanto sentir, chegamos ao ponto de não sentir mais nada, um estado apático terrível.
Curando a depressão através da mediunidade
Conforme dito no início do artigo, a depressão é uma doença grave e que precisa, na maior parte das vezes, de acompanhamento médico adequado. Apesar de ter origem na alma, ela causa desequilíbrios químicos no corpo físico que podem levar a morte. Não é frescura, preguiça ou fraqueza, pelo contrário. A batalha contra a depressão é duríssima e ela é sinal de luta e força. Ser funcional com depressão exige demais, em um nível que quem nunca passou por isso é incapaz de imaginar o quão forte são essas pessoas. Colocam um sorriso na cara, trabalham, fazem suas coisas enquanto sua alma sangra. Estão em carne viva por dentro.
“Não ache que todas as pessoas engraçadas têm uma vida feliz,uma bela risada pode ser um choro na alma”
A rigor, em casos de depressão crônica, o exercício mediúnico pode, inclusive, ser arriscado e agravar o quadro psíquico. É preciso melhorar os sintomas, fortalecer a mente e o emocional para que a pessoa possa entrar em contato com a avalanche de emoções que o desenvolvimento mediúnico traz. Após sair desse quadro mais crítico, o caminho espiritual é muito indicado e vai, certamente, retirar de vez a pessoa da situação de depressão. O desenvolvimento mediúnico é terapêutico e ameniza as dores do deprimido através do autoconhecimento e fortalecimento espiritual. Esse autoconhecimento promove a reeducação emocional do deprimido, por meio da mudança de condutas que alicerçam o núcleo moral da depressão. Por isso, quando encaramos a depressão como um sinal de mediunidade, temos a oportunidade de curar a doença e nós mesmos, através da cura espiritual.
Transição Planetária é a culpada por tantos casos?
Em partes, sim. A Transição Planetária que a Terra está passando faz com que as energias fiquem mais sutis e os “chamados espirituais” mais intensos. Isso significa que, quanto mais sensível é a pessoa, mais ela sente essas transformações. Ela começa a promover transformações em seu estilo de vida e buscar autoconhecimento e razões mais espiritualizadas para tudo o que realiza. Elas procuram o sentido mais pleno da vida e passam a se importar não só com elas mesmas, mas com o planeta e a sociedade em geral.
Mas isso é um processo que leva tempo. Não é do dia para a noite que esse click acontece e tudo fica mais colorido. É uma transição lenta, uma ficha que vai caindo aos poucos. E, nesse processo, dependendo do estilo de vida e das amarras materiais que essa pessoa tem, a depressão pode aparecer. A ilusão da matéria é muito forte e faz com que as questões da alma sejam ignoradas. Além disso, ainda existe uma cultura forte que negligencia a depressão, colocando em torno dela muito preconceito. Pensa-se ser fraqueza, frescura ou algo que está sob o controle da própria pessoa, como se fosse uma escolha. Não é. Não funciona assim. Não basta querer, simplesmente, ou ser positivo para se curar. A psicologia positiva dos coachings tem sido uma inimiga da depressão e um perigo para os casos mais graves, pois invisibiliza todas as características da doença e causa ainda mais frustração e culpa. Isso quando não orienta o deprimido a largar o tratamento tradicional em função de reprogramações milagrosas e treinamentos motivacionais terríveis.
“Nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana”
Não caia nessa. Se você sofre de depressão ou alguém que você ama está passando por isso, dizer que a pessoa pode escolher não ter essa doença é horrível. É o mesmo que dizer que a culpa é dela e culpa é o que os deprimidos menos precisam. Amor e compreensão são os passos iniciais para ajudar quem luta contra essa doença. Assegurar que a pessoa tenha acompanhamento médico é muito importante, além de mostrar para ela que as terapias alternativas e a cura espiritual são também o caminho para a libertação emocional e mental das amarras que essa doença cria.
Ofereça sempre seu amor, nunca suas críticas.
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