As propriedades terapêuticas e místicas para utilização da arruda
Conhecida como uma poderosa erva de fins místicos e medicinais, as propriedades da arruda são passadas de geração para geração a fim de promover essa tradição e aperfeiçoar seus efeitos sobre os adeptos de sua utilização.
Através dela, a crença afirma seus efeitos contra o mau-olhado e, comprovadamente de acordo com a medicina, consegue-se um poderoso extrato contra cólicas, dores de cabeça, piolhos, coceiras e ainda em forma de emplasto para combater a tosse.
Para que serve a arruda e como usá-la?
Cercada por misticismos, a arruda consiste em um arbusto de fácil cultivo, o qual pode atingir entre 40 e 60 centímetros de altura e apresenta coloração verde-amarelada composta por uma série de pequenas folhas.
Além de suas propriedades espirituais, a arruda é uma poderosa erva de potencial terapêutico, sendo indicada para uso em diversas ocasiões e enfermidades, sempre em dosagens equilibradas para que não haja intoxicação. Basicamente, entre as utilizações mais comuns da erva, a arruda proporciona um efeito bastante efetivo para provocar menstruações, sendo indicado a mulheres que sofrem com o atraso ou menstruação desregulada – essa propriedade deve ser evitada por gestantes, pois a ação sobre o útero pode causar abortos.
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São também comprovadas sua eficácia em ações adstringentes, analgésicas, antiasmáticas, anti-inflamatórias, bactericidas, calmantes, cicatrizantes, entre outras. Internamente, consumida em forma de chá, atua contra ansiedade, inchaço nas pernas, insônia, nevralgia, pneumonia, prisão de ventre e outras; já em aplicação tópica, a arruda permite tratar da cicatrização de feridas, eliminar piolhos, amenizar sintomas da conjuntivite e ainda atuar como repelente de insetos.
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No entanto, não somente de funções científicas vive a milenar importância da arruda. Desde a Idade Média, por exemplo, essa já era utilizada em rituais religiosos durante benzimentos e também muito indicada para quem desejasse afugentar o mau-olhado de invejosos e pessoas negativas que ousassem afeta-lo de algum modo. Na prática, é recomendado ter próximo à entrada de sua casa um vaso desta erva com a finalidade de cuidar e proteger a energia do local e dos que lá vivem.
Durante o período de Brasil colônia a erva também foi bastante difundida com o cunho místico, sendo ele vendido e utilizado como amuleto de sorte e proteção por escravas e também mulheres brancas. No início da era cristã, o ramo de arruda esteve presente como um instrumento para lançar água benta aos fiéis e ainda como um meio de proteção contra feitiçarias que poderiam ser proferidas por “bruxas” condenadas da época.
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