A Astrologia e os Eclipses: Uma Influência Transformadora
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Na astrologia, que se baseia na crença de que a posição e o movimento dos corpos celestes podem influenciar a vida e a personalidade das pessoas na Terra, os Eclipses são interpretados como potentes indicadores de mudanças, transformações e oportunidades. Eles são considerados momentos de intensificação das energias cósmicas e são associados a uma série de significados simbólicos. Há alguns astrólogos que até chamam o período de Eclipses de crise e que suas influências podem impactar nossas vidas por até seis meses após os aparecimentos. Conheça mais sobre a relação entre Astrologia e os Eclipses.
Existe uma tendência a interpretar os Eclipses como algo negativo na astrologia antiga, pois eles representam uma interrupção na natureza, onde a luz dos luminares (Sol e Lua) é de repente extinta em um período do dia ou da noite, quando não deveria ser. É como se todos os dias nós experienciamos a regularidade da natureza, os ciclos do Sol e da Lua, do dia e da noite, que serve como base e garante toda existência de vida na Terra e, de repente, algo raro acontece e todo esse fluxo natural, os ciclos e experiências diárias são interrompidos por algo que extingue uma das coisas mais importantes para nossa existência, que é a luz. Não é à toa que na mesopotâmia, os astrólogos chamam os eclipses de “problema”.
Na astrologia moderna do Século XX, começou-se a chamar esses eventos de “lunações sobrecarregadas“. A lunação é o período entre duas Luas Novas, marcando o fim de um ciclo e o início de outro na fase Nova, quando a Lua começa sua jornada em direção à máxima luminosidade e tamanho na fase Cheia, desencadeando eventos importantes. Um Eclipse, por sua vez, é a representação mais marcante do fim de um ciclo e o início de um novo. Pode-se dizer que um Eclipse Lunar representa o ápice dos eventos.
História dos Eclipses na Astrologia
A relação entre eclipses e astrologia tem uma longa história que remonta a civilizações antigas, incluindo os babilônios, os egípcios, os gregos e os romanos. A astrologia era comumente praticada como um sistema de previsão e interpretação dos eventos humanos baseados nas posições dos corpos celestes, e os Eclipses desempenhavam um papel proeminente nesse contexto.
Na astrologia antiga, os Eclipses tendiam a ser momentos, presságios negativos. Em textos antigos, onde encontramos os primeiros registros de astrólogos, falam sobre a relação desses eventos celestes com a ascensão e a queda de Reis e Imperadores, desastres naturais, guerras e batalhas, pragas e fome.
A primeira associação de Eclipses relacionado a morte de Reis e a queda de reinos registrados foi na Mesopotâmia, entre quatro e dois mil anos atrás, onde historiadores relatam que houveram três diferentes reinos de específicos Reis que coincidentemente chegaram ao seu fim em um Eclipse, ou seja, houveram três Reis dos primórdios das tradições mesopotâmicas que morreram quando um Eclipse se apresentou no céu.
De acordo com esse relato, podemos dizer que os povos da Mesopotâmia começaram a prestar a atenção nesses eventos celestes e a correlacionar com eventos na Terra desde então, o que basicamente é a fundação da astrologia tradicional.
Outro fato histórico relacionado ao nascimento e morte de uma figura notável durante um Eclipse, e talvez o mais famoso do mundo, é sobre a morte de Jesus. No testamento de Mateus, na passagem mais famosa, ele diz que Jesus nasceu sob um alinhamento astrológico desconhecido. Depois, ainda na Bíblia, no final de sua vida há o relato de um Eclipse no dia de sua morte, especialmente no testamento de Lucas 23: 44 – 45 (nova versão americana da Bíblia), onde ele diz:
“Era quase meio dia e a escuridão tomou conta de toda a terra até às três da tarde por causa de um Eclipse do Sol.”
Desde muito cedo a cultura, religião e tradição ocidental nos relata essas histórias sobre a morte de figuras notáveis no momento de um Eclipse.
Em conclusão, a interseção entre eclipses e astrologia revela uma narrativa rica e complexa que atravessa culturas e épocas. A longa história de associações entre eclipses e eventos significativos ilustra a persistente influência desses fenômenos celestes na imaginação humana. Independentemente das interpretações, os eclipses continuam a fascinar e desafiar nossa compreensão do cosmos, destacando a interconexão entre o macrocosmo celestial e o microcosmo terreno. Em última análise, os eclipses representam oportunidades para reflexão, transformação e a cíclica dança entre luz e sombra que permeia a experiência humana.
Por Letícia Garcia — Astróloga
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