Atlântida: um dos grandes mistérios da Humanidade
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Um dos grandes mistérios da humanidade, a existência de Atlântida conquistou pensadores, historiadores, conspiradores e até cientistas. São muitas perguntas e poucas certezas, já que em termos históricos praticamente tudo o que sabemos sobre a lendária Atlântida é o que nos conta Platão, em seus diálogos Timeu e Crítias.
No esoterismo, a base de todas as teorias é que a Atlântida era uma civilização muito avançada, com poderes psíquicos desenvolvidos e domínio de uma tecnologia ainda desconhecida pela sociedade moderna. Os atlantes viviam na Era de Ouro ou Era da Luz, onde as pessoas nasciam com todas as faculdades mediúnicas já ativas, porém, apesar de cultivarem a paz, a inclinação bélica, desejo pelo poder e valorização do universo material começaram a distorcer toda a essência dessa civilização e a arrastaram para um holocausto natural.
Atlântida seria ela o berço da civilização humana, momento onde o planeta começa a receber imigrantes estelares para resgate de karmas adquiridos em outros sistemas planetários. Assim, Atlântida começa seu processo de evolução e transição, iniciando o projeto na luz e terminando, infelizmente, nas trevas, com a inversão de todos os valores espirituais com a valorização do luxo, da corrupção e o foco da mente e da sociedade no universo material, bélico e sexual.
Há ainda quem acredite que Atlântida era, na verdade, uma gigantesca nave espacial descrita por muitas culturas como a ilha voadora, a jerusalém celestial da bíblia, a purana hindu que desce do céu, o disco solar dos astecas, maias, incas e egípcios ou a nave descrita na epopéia dos sumérios. Atlântida teria uma missão colonizadora, possibilitando então que ela estivesse em diferentes pontos da Terra e sendo este o motivo pelo qual sua presença é imaginada no Mediterrâneo, Indonésia, no Atlântico, nos pólos e nos Andes.
Sendo uma nave, nunca submergiu no oceano e sim abandonou o planeta de forma intencional devido ao fim do projeto, regressando às suas origens.
Atlântida: da filosofia à literatura
Citações e pensamentos sobre Atlântida aparecem em muitas obras ao longo da história, fortalecendo o mito e garantindo sua existência até os dias de hoje.
A mais antiga é, obviamente, os diálogos Timeu e Crítias de Platão, primeiros textos que afirmam a existência da Atlântida. Platão conta que Sólon, em viagem ao Egito, teria ouvido a história de uma ilha que pertencia a Poseidon (deus dos mares), onde vivia uma jovem chamada Clito, por quem o deus se apaixonou e ergueu então muralhas de água e fossos aquíferos em volta da morada da sua amada, para protegê-la e também preservar sua relação.
Viveram assim por anos e tiveram cinco pares de gêmeos. O mais velho recebeu o nome de Atlas e, após dividir a ilha em dez áreas circulares, Poseidon concedeu supremacia a Atlas e deu a ele montanhas, onde ele poderia espalhar o seu poder sobre a ilha. O local era privilegiado, com abundante riqueza vegetal e mineral e surpreendente arquitetura, mas teria sido destruído por desastres naturais a cerca de 9 mil anos anos antes da sua era.
Mas Platão não foi o único. O renascentista inglês Francis Bacon descreveu em sua obra Nova Atlantis uma cidade ideal, próspera e lar de sábios. No século XVII, o sueco Olof Rudfec utiliza a história da Atlântida para exaltar o patriotismo nórdico e, durante a renascença catalã, Jacinto Verdaguer também faz menção ao mito em La Atlántida. O escritor francês Júlio Verne em sua famosa obra “Vinte Mil Léguas Submarinas”, publicada em março de 1869, também fala de Atlântida quando cita misteriosas ruínas avistadas pelos tripulantes de Nautilus.
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Como era a Atlântida?
As descrições sobre Atlântida colocam nossa imaginação em êxtase, tentando imaginar uma civilização de tamanha beleza, evolução moral e domínio da tecnologia que pode ser descrita como um paraíso. O clima suave era ideal para manter o conforto físico durante todo o ano, paisagens magníficas adornavam as cidades contendo florestas de árvores enormes, planícies muito férteis e uma fauna composta por animais mansos, saudáveis e fortes.
A arquitetura era também invejável, com a construção de palácios e templos cobertos de outro e outros metais preciosos, além de toda uma avançada infraestrutura que dispunha de jardins, ginásios, estádios, estradas e pontes. A economia era baseada no comércio embora não existisse nenhum tipo de moeda. A cultura em geral era muito valorizada, composta por sábios, artistas, mestres e poetas, além de fortes alicerces de ensino que começava informalmente no útero e formalmente aos 3 anos de idade.
A integração com a natureza era total. Golfinhos, unicórnios e outros animais eram amigos e conselheiros dos atlantes, que possuíam um respeito imenso pela natureza e seus benditos frutos. Toda a vida na Atlântida tinha uma integração invisível com harmonia entre todos os reinos – plantas, minerais, animais e vegetais.
O transporte era também extremamente avançado. Aeronaves muito semelhantes aos discos voadores eram usadas para longas viagens, utilizando as correntes de ar geradas pelas energias do campo magnético para se movimentarem.
Não havia doenças graves em Atlântida. Os métodos de cura utilizados pelos atlantes ainda existem em nossa sociedade moderna, embora não possuam a mesma abrangência ou credibilidade. Cristais, cromoterapia, música, aromas e ervas eram combinados para terem efeito de um método de cura completo, focado no corpo, mente e espírito.
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Os exilados de capela
Sabemos que a Terra faz parte de um sistema planetário específico, que agora transita de um sistema de trevas para as dimensões de luz, com energias mais sutis e espíritos mais evoluídos. Assim, outros projetos semelhantes ao nosso já começaram e acabaram algumas vezes e, em muitas situações ao final dos projetos, as almas que não estejam de acordo com as vibrações mais elevadas são transmigradas. Elas passam a encarnar em sistemas planetários menos desenvolvidos com o objetivo da evolução em condições mais adversas. Entretanto, as adversidades podem ser tão profundas que, ao invés de progredirem, os espíritos repetem os mesmos erros do passado e não conseguem se libertar dos karmas gerados e esse seria o motivo do declínio de Atlântida.
Essa noção não é exclusiva de Edgard Armond, embora tenha sido muito difundida por ele no best seller Os Exilados da Capela. No livro, legiões de espíritos oriundos de mundos avançados teriam perdido o direito de continuarem encarnando lá, devido ao pouco progresso moral que faziam. Então, como uma oportunidade de regeneração e aprendizado, eles foram enviados para encarnações em planetas que ensaiavam os primeiros passos da vida inteligente.
Armond afirma que todas as suas informações foram obtidas em sessões mediúnicas e reveladas a ele por mestres espirituais. No caso da Terra, o projeto começa com a migração de espíritos de um planeta do sistema solar da estrela Capela, situada na constelação de Cocheiro, iniciando o povoamento do nosso planeta.
Outra referência muito importante ao mesmo conceito de gênese é feito pelo querido médium Chico Xavier na obra A Caminho da Luz, psicografada por Emmanuel. Eis um trecho:
“Há muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século 20. Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade. Aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, aprenderam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração…”
As teorias mais conhecidas da cidade perdida
A cidade perdida está rodeada de teorias que buscam explicar o propósito de sua existência, localização e história. Dentre elas, selecionamos as mais interessantes sobre o tema:
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Continente imerso no oceano
Especialmente no final do séc. 19, o escritor Ignatius Donnelly em seu livro “Atlântida, o Mundo Antideluviano” deu vida às discussões ao afirmar que civilizações antigas mais avançadas seriam as responsáveis pela passagem de conhecimento e tecnologia para o mundo antigo e que Atlântida seria um local histórico. Mais que isso, ele descreve um continente afundado pelo próprio oceano no mesmo local descrito por Platão: oceano Atlântico.
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Triângulo das Bermudas
Outro escritor que utilizou a imaginação para debater a existência da Atlântida foi Charles Berlitz, anos 70, dizendo que Atlântida era um continente localizado no caribe e que teria sido engolido pelo Triângulo das Bermudas, outro dos grande mistérios humanos.
Além de Charles, os cientistas Paul Weinzweig e Pauline Zalitzki, trabalhando na costa de Cuba e usando um submarino robô, confirmaram que ruínas de uma cidade gigantesca existe no fundo do oceano, incluindo esfinges e pelo menos quatro pirâmides enormes. Essas ruínas ficam dentro dos limites do lendário “Triângulo das Bermudas”.
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Dilúvio do Mar Negro
Platão teria sido influenciado por um acontecimento histórico enorme e os mitos que ele gerou em torno de si. Trata-se do rompimento do estreito de Bósforo pelo Mar Mediterrâneo e a consequente inundação do Mar Negro, por volta de 5600 a.C., que gerou um dilúvio e inundou civilizações litorâneas.
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Civilização Minoica
Considerada a primeira civilização da europa, essa civilização viveu nas ilhas gregas há mais de 4 mil anos e têm esse nome devido ao Rei Minos. Eles foram grandes construtores e arquitetaram palácios extraordinários, estradas e utilizavam a linguagem escrita como forma de comunicação e perpetuação cultural. Apesar do aparente avanço e conhecimento que tinham, sumiram de forma repentina da face do planeta.
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Olho da África
O Olho da África é uma formação geológica peculiar que foi descoberta há pouco mais de 50 anos no deserto do Saara e pode, segundo alguns, ser a solução do mistério sobre a Atlântida. A origem da estrutura ainda é uma incógnita, mas muitos estudiosos acreditam que ela teria se formado pelo impacto de um meteorito, o que explicaria sua forma circular.
O fato é que, para além das explicações geológicas, o Olho da África pode ser o elo entre o mundo civilizado antigo e o mistério de Atlântida. Jimmy Bright, a mente por trás do canal Bright Side e o criador dessa teoria, utilizou fotos de satélite e a descrição de Platão sobre Atlântida para chegar nesta localização. De acordo com Jimmy, quando se circula a estrutura geográfica africana, o diâmetro é equivalente a 23,5 quilômetros, o que casa perfeitamente com as coordenadas de Platão. Além disso, a formação geológica do local também é semelhante a Atlântida, descrita como formada por três círculos concêntricos de terra e mais três de água.
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Destruída por um cometa
Segundo Roger Paranhos no seu livro Akhenaton – A revolução espiritual do antigo Egito o continente da Atlântida foi destruído por um cometa, teoria que encontra apoio na hipótese do cometa Clóvis, objeto que teria causado um impacto tremendo no planeta entre 12.900 e 10.900 anos atrás, sendo o responsável pela submersão da Atlântida.
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Teoria de Tântalis
A cultura grega possui um mito muito parecido com a narrativa sobre Atlântida, levando muitos estudiosos a pensarem que a existência da Atlântida é na verdade uma releitura do mito grego que fala sobre a cidade perdida de Tântalis. Conhecida também como Sípilo e localizada nas terras de Arzawa na costa ocidental da Anatólia, a cidade teria sido totalmente destruída após um grande terremoto ter devastado a região, provocando um tsunami tão poderoso que afundou Tântalis e a sepultou para sempre no fundo do oceano.
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