Brincadeiras em casa: confira dicas de atividades fáceis e divertidas para entreter as crianças na pandemia
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Mesmo com as férias escolares chegando ao fim, muitas escolas ainda não retornaram totalmente ao ensino presencial. Com as crianças passando mais tempo em casa desde o início da pandemia de Covid-19, a criatividade dos pais para manter os pequenos entretidos e ativos precisou se reinventar. É o que conta a empresária Fernanda Rocha, que tem três filhos. “Aqui em casa, tenho uma menina de oito anos, um menino de seis, e outro menino de um ano e oito meses”, relata. Fernanda dá algumas dicas de brincadeiras que tem ensinado aos filhos e que podem ser feitas com materiais comuns que já tem em casa.
“É importante adequar a brincadeira à idade das crianças”, explica. Ela conta que, para o filho mais novo, jogos lúdicos e que estimulam a coordenação motora são fundamentais. “Nós fazemos massinha comestível, eu pego caixas, embalagens vazias, e faço castelos. Pego rolos de papel higiênico ou de papel-toalha e fixo na parede para ele jogar bolinhas de ping pong dentro”, exemplifica. Já para o filho de seis anos, que está aprendendo a ler, a empresária comenta que busca trazer atividades que estimulem a alfabetização. “Nós fazemos, por exemplo, brincadeiras em que ele precisa juntar letras e formar uma palavra. Pergunto para ele: que som faz B com A? Daí ele fala: Ba”, exemplifica. “Daí peço para ele falar um objeto que começa com Ba, por exemplo, bala”, diz.
“Já minha filha, que é um pouco mais velha, gosta muito de fazer atividades de artesanato e experiências”, conta a empresária. Ela explica que acompanha com os filhos alguns canais no YouTube que ensinam a fazer experimentos científicos simples que, além de despertarem curiosidade pela ciência, servem como diversão para as crianças. “Nós já fizemos vários. Algumas vezes dá certo e outras, nem tanto, acaba fazendo mais bagunça do que outra coisa”, comenta, mas demonstra que as experiências são uma boa brincadeira para a filha. “Aqui em casa eu sempre tenho vinagre, bicarbonato de sódio e corante alimentício, porque na maioria dos experimentos vão esses três ingredientes, e dá para fazer ciência na cozinha”, afirma.
“Mas o campeão das atividades na verdade é a culinária”, destaca Fernanda. “Com minha filha, principalmente, porque ela está aprendendo medidas, peso, e tudo mais. Então, tenho uma balancinha aqui, ela vai separando os ingredientes para mim, pesando, medindo, fazendo junto também, com todos os cuidados para não mexer com fogo. É algo de que ela gosta muito”, conta. “Quem tem crianças um pouco mais velhas pode também resgatar aqueles jogos de tabuleiro, damas, trilha, ludo, que são jogos que ajudam muito no raciocínio e não saem de moda. E as crianças adoram brincar com coisas que os pais brincavam quando eram crianças, principalmente quando temos algumas histórias para contar referente às brincadeiras que experienciamos na nossa infância”, indica.
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Infância e pandemia
Além das atividades para fazer em casa, Fernanda ressalta também a importância de as crianças brincarem fora e se exercitarem. “Onde eu moro tem espaço para eles brincarem, mas eu sei que muita gente não tem”, salienta. Ela explica que as praças, por serem ambientes abertos, podem ser ideais para brincar, sem descuidar do distanciamento social.
Há pracinhas perto de onde você mora?
“Uma das coisas que acho importante é que não podemos deixar a infância passar. Eu me preocupo muito para que eles criem boas memórias com as brincadeiras”, destaca. “Tem muitas pracinhas espalhadas por Londrina onde você pode levar as crianças, fazer um piquenique, brincar. Tem que ter disposição e paciência, sempre. É um investimento que você faz na vida do seu filho hoje para colher lá na frente”, destaca.
Além dos piqueniques, a mãe de três conta que resgata muitas brincadeiras que fazia quando era criança. “Brincamos de bola-queimada, de bets, de pular corda, pega-pega, lenço-atrás, e esportes mesmo, como futebol e basquete, que eles gostam também”, descreve. A empresária ressalta, porém, que mesmo quando não houver a possibilidade de sair ao ar livre, existem atividades físicas que podem ser feitas em casa. “Às vezes está muito frio e não dá para sair, então uma coisa que faço muito com eles é colocar música e brincar de estátua. Dá muito certo! E também de vivo ou morto. Eles se exercitam bastante e é muito gostoso”, indica.
“Dá para fazer também brincadeiras de coreografias”, sugere a empresária. “Tem um canal do YouTube que tem as coreografias de algumas danças e você vai imitando na frente da TV. Eles vão dançando, se divertindo e brincando. E, com os pais participando, sempre vai ficar mais divertido. Para quem mora em apartamento, principalmente, essa é uma dica que dá muito certo”, recomenda.
Trabalho e brincadeira
Para os pais que estão trabalhando em home office, a empresária dá dicas também sobre como aproveitar o tempo em casa para criar novas dinâmicas com as crianças. “Tudo tem que ter equilíbrio. Da mesma forma que precisamos trabalhar, os nossos filhos também precisam de atenção, e eles querem e cobram isso”, relata. Fernanda conta a estratégia que usou para manter as crianças entretidas quando estava trabalhando em home office.
“Eu fiz um relógio de bexigas, e a cada hora tinha uma atividade dentro do relógio”, explica. “Então, por exemplo, quando dava uma hora da tarde, eles estouravam o balão da uma hora e tinha lá dentro o nome de uma brincadeira, daí eles tinham da uma até às duas horas para fazer aquilo. Quando dava duas horas, eles iam lá e estouravam o balão número 2 e faziam a próxima atividade. E isso deu muito certo, enquanto eu trabalhava”, relata.
Além dos balões com atividades para cada hora, Rocha conta também que fazia algumas pausas no trabalho para estar mais com os filhos. “É importante conversar com as crianças. Eles precisam saber que você está em casa, mas que está trabalhando, e explicar para eles”, ressalta. Ela conta que combinou com os filhos alguns horários nos quais fazia intervalos de alguns minutos para brincar com eles.
“Durante esse tempo, no qual puder fazer essa pausa, saia da sua mesa de trabalho mesmo, e se dedique aos seus filhos, porque eles conseguem entender isso. Sem atender celular, sem ficar respondendo e-mails, é para estar com eles”, indica. Ela recomenda o método, pois explica que, se os pais realmente cumprirem esse combinado, os filhos respeitarão os períodos em que os pais estiverem dedicados ao trabalho.
Já para os pais que estão trabalhando fora, ela recomenda que tentem também dedicar algum tempo exclusivo aos filhos quando estiverem em casa. “No meu caso, como tenho a minha empresa, eu consigo fazer o meu horário, eu me flexibilizei para no período da manhã poder ficar em casa três vezes por semana e, no período da tarde, ir trabalhar”, conta. “E quando estou em casa, eu estou realmente em casa, estou aqui para ficar com eles, porque ficar em casa trabalhando também não adianta, se esse não foi o acordo”, explica.
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