Campo morfogenético: uma força invisível ao seu redor
Será que você conhece tudo aquilo que te influencia, mas que é externo a você? E os elementos invisíveis que nos rodeiam, será que podem nos influenciar?
A resposta é com certeza. Nossas emoções e a nossa energia pode ser influenciada por muitos elementos, e muitos deles nós sequer conseguimos ver. Pode parecer assustador, mas essa é a mais pura verdade. Aliás, somos uma soma muito mais daquilo que não conseguimos enxergar do que as coisas materiais. Primeiro, temos as energias das pessoas. Trocamos impressões e sensações quando nos aproximamos de outras pessoas, que quase sempre não conseguimos dizer de onde vem. Além disso, temos também as influências espirituais. Estamos rodeados de espíritos e eles podem nos influenciar demais, seja de forma positiva ou negativa. Mas, tem um terceiro elemento que você talvez não conheça, mas que é determinante na forma como nos sentimos na vida: o campo morfogenético. Você sabe o que é isso?
A força invisível do coletivo
A teoria do campo morfogenético não é só uma ideia corrente no mundo espiritualista, mas também uma teoria da ciência biológica. Morfo vem da palavra grega morphe que significa forma, e genética vem de gênesis, que significa origem. Os campos morfogenéticos são campos de forma, campos padrões, estruturas de ordem. Estes campos organizam não só os campos de organismos vivos, mas também de cristais e moléculas. São esses campos que ordenam a natureza e organizam os instintos e padrões de comportamento de todos os seres, desde o mundo mineral, até o vegetal e animal.
E nessa teoria, a principal figura é Rupert Sheldrake, um biólogo, bioquímico, parapsicólogo, escritor e palestrante inglês. Segundo Sheldrake, os campos morfogenéticos são a memória coletiva a qual recorrem membros de espécie e para a qual cada um deles contribui, que garante a evolução das funções adaptativas e a simultaneidade com que essas adaptações podem acontecer. Ou seja, os campos morfogenéticos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.
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Teoria das Ilhas tropicais
Para ilustrar esse pensamento, vamos usar a teoria das ilhas tropicais em que habitam grupos de macacos. Imagine que existem duas ilhas tropicais diferentes, habitadas pela mesma espécie de macacos. Separados pelo tempo-espaço, os grupos de macacos de cada ilha não possuem qualquer tipo de contato e não tem consciência da existência da outra ilha. Pois bem. Para sobreviverem, os macacos utilizam, dentre outras fontes de alimento, os cocos que são abundantes nas ilhas. Mas, claro, acessar o conteúdo interior do coco não é uma tarefa fácil para os macacos. Porém, em dado momento, um esperto símio da ilha “A” descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa desse fruto. É uma nova maneira de interação com esse alimento, e nenhum outro macaco havia agido dessa forma antes. Através do exemplo e da imitação, é então esperado que os outros macacos da ilha “A” assimilem essa nova forma, até que a certa altura todos os macacos da ilha “A” estejam quebrando os cocos dessa mesma maneira. Imaginando que a população símia da ilha é de 100 macacos, quando o centésimo símio da ilha “A” aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha “B” começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira. Não houve nenhuma comunicação convencional entre as duas populações, ou seja, o conhecimento simplesmente se incorporou aos hábitos da espécie da ilha “B”. Mas como isso é possível?
Através do campo morfogenético, esse campo invisível onde certas informações da coletividade são transmitidas e armazenadas. Segundo Sheldrake, átomos, moléculas, cristais, organelas, células, tecidos, órgãos, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas planetários, sistemas solares e galáxias seriam sistemas associados a um campo mórfico específico. E são justamente esses campos que fazem com que um sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada e não um mero ajuntamento de partes.
O poder individual sobre o coletivo
Esses campos podem ser chamados de “força maior”, uma entidade invisível que influencia as espécies e todo tipo de sistema, sem que os indivíduos desse sistema tenham consciência disso. E, quanto mais elementos estão envolvidos nesse campo, qualquer mudança é assimilada mais rapidamente.
“Seja a mudança que você quer ver no mundo”
Então, somos influenciados, sabendo ou não, por campos formados pela família, local de trabalho, o lugar onde moramos, o grupo de amigos, a escola, e por aí vai. Isso explica muita coisa! Você nunca teve a sensação de mudar seu comportamento dependendo do lugar onde está? Quase como se alternássemos nossas personalidades, como se fôssemos uma pessoa diferente em cada um dos lugares que fazem parte dos nossos espaços de convivência. Isso mostra a influência individual que cada um de nós temos em relação ao todo. Sabe aquele ditado que diz que “uma andorinha só não faz verão?”. Pois é. Ele está totalmente equivocado. Uma andorinha pode fazer sim um belo e lindo verão, pois a transformação que essa andorinha promoveu vai ressonar nesse campo mórfico e começar a influenciar outras pessoas.
E não falamos só da força do exemplo. Falamos de algo além, ainda mais profundo e complexo do que desencadear um processo de inspiração e transformação. Quando alguém transforma sua maneira de pensar, essa vibração é jogada nesse campo e vai ganhando cada vez mais força, a medida que outras pessoas também mudam. O campo influencia as pessoas e as pessoas influenciam os campos.
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A transição planetária e os campos morfogenéticos
E essa é também a teoria que sustenta o momento espiritual que estamos vivendo, chamado Transição Planetária. O que é esse despertar coletivo? É justamente a força do todo, uma vibração que vai se elevando cada vez mais, conforme mais pessoas tornam sua consciência mais desperta. E, quanto mais pessoas acordam, mais força é adicionada nesse campo, e mais influência ele tem sobre aquelas pessoas que ainda dormem. Até um certo momento em que a transformação da iluminação será tão grande, que a vibração do planeta inteiro será alterada para uma frequência mais elevada, não sobrando mais espaço para emoções e comportamentos densos.
“Que haja transformação, e que comece comigo”
Quanto mais positivo se torna o campo mórfico da Terra, os campos de negatividade vão sendo anulados, neutralizados. É o poder do bem, da intenção positiva, da frequência elevada agindo na realidade que nos cerca. Você não percebe isso olhando para o mundo atual? Há muita histeria das trevas, muita luta das consciências densas para manter tudo como está. Porém, nunca se ouviu falar tanto em espiritualidade, despertar da consciência e tantos movimentos de transformação de costumes e cultura como hoje em dia. Racismo, machismo e xenofobia, por exemplo, não são mais aceitos como eram até poucos anos atrás. E isso causa essa gritaria feita pelos menos evoluídos, alegando que “o mundo está chato, ninguém mais pode falar nada!”.
“O que nós tomamos como garantido pode não estar aqui para os nossos filhos”
Pois não pode mesmo. Dizer coisas ou ter comportamentos que ferem a dignidade do outro vão ser cada vez menos aceitos, e quem não gostar que chore, pois esse é o futuro do mundo: uma sociedade com mais respeito pelas diferenças, com mais empatia, amor e fraternidade. A natureza também está ganhando cada vez mais importância, pois estamos nos conscientizando de que o planeta não é só nosso e não existe para nos servir. Até as grandes marcas estão fazendo questão de cada vez mais demonstrar seu respeito pela natureza e conscientizar as pessoas sobre a importância da reciclagem, preservação ambiental e respeito pelos animais. Hoje, é feio desenvolver produtos que envolvam sofrimento animal, por exemplo, e até a forma como nos alimentamos está sendo questionada e transformada.
E a parte boa é que, como vimos, quanto mais pessoas despertarem e integrarem esse movimento coletivo de intolerância com relação ao que é destrutivo e opressor, mais força isso tudo vai ganhando e a opressão será contra aqueles que não desejam enxergar a luz. Sim, vamos ficar cada vez mais chatos, graças a deus!
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