A ciência estará perto de encontrar Deus?
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Todos lembramos da disciplina chamada física, que na época escolar causava ansiedade em muitos estudantes. Calcular a velocidade média de um objeto era a porta de entrada para o universo da mecânica clássica, parte da física tradicional que estuda o movimento, as variações de energia e as forças que atuam sobre os corpos.
Porém, esse cenário começa a se transformar drasticamente quando as possibilidades quânticas entram na equação e os princípios de uma nova ciência começam a se desenhar: no ano de 1899, o físico alemão Max Planck pesquisava radiações eletromagnéticas para calcular a energia do fóton -partícula mediadora da energia eletromagnética que interage com os elétrons e núcleo atômico que, por vezes, atua como uma partícula, e, em outras ocasiões, se comporta como uma onda.
Como exemplo de fótons temos a luz, onde sua intensidade e brilho variam de acordo com a quantidade de fótons que um feixe possui. Cerca de um ano depois, através da observação da radiação emitida pelos corpos Planck formula a lei da radiação térmica, um ponto de vista interessantíssimo que começa a aproximar a ciência tradicional das ideias antes apresentadas pelos esotéricos, pois trata da emanação de energia dos objetos.
Física e Mecânica Quântica: entendendo um pouco mais
Essas são as bases do que conhecemos hoje por física e mecânica quântica, sendo correto afirmar que o estudo do universo quântico dedica-se à observação dos sistemas microscópicos de dimensões atômicas, como moléculas, átomos, elétrons, prótons e outras partículas subatômicas, com o objetivo de descobrir do que é feita a matéria. Em termos técnicos e sofisticados, a teoria da radiação térmica não parece muito atraente. Entretanto, quando colocada em linguagem mais compreensível ao senso comum, vemos que Planck estava estudando a energia que os corpos emitem. Por exemplo um ferro de passar emite energia de calor, assim como uma lâmpada emite luz. Ele compreendeu que todos os corpos submetidos à uma determinada temperatura emitem ou absorvem energia, o que, a contragosto da ciência, corrobora o entendimento de que tudo no universo emite, absorve e troca vibrações energéticas.
A quebra de paradigmas que as descobertas quânticas têm demonstrado, fazem dessa disciplina uma promissora ciência de possibilidades que extrapola os próprios limites que a ciência colocou para si mesma: como disse Niel Bohr, a física só estuda os fenômenos e não se interessa pela Realidade Última.
Viver melhor a vida e promover uma evolução espiritual jamais vista antes são grandes promessas da física quântica.
Energias invisíveis: O efeito não-local e o Teorema de Bell
Apesar de historicamente recente, o universo quântico já coleciona teorias e descobertas que contrariam os princípios clássicos já conhecidos. Se avançarmos no tempo chegamos a questão do efeito não-local ou comunicação não-local, um dos fenômenos mais extraordinários e fundamentais para a compreensão da dinâmica do universo espiritual. Indo mais além, esse evento funciona, inclusive, como prova científica da existência de forças invisíveis, mesmo com gigantescos esforços da ciência para desacreditar qualquer ideia que caminhe nessa direção.
Vamos então ao fenômeno: a física tradicional afirma que a causa e o efeito devem estar no mesmo âmbito, ou seja, devem ser observadas no mesmo local. O corpo humano é uma analogia que nos ajuda a compreender essa ideia: temos órgãos singulares que funcionam de maneiras diferentes, mas que são regidos pelo cérebro, que podemos considerar como órgão principal. Vemos então que o conjunto de órgãos e a mecânica de seu funcionamento formam um organismo complexo mas situado no mesmo “âmbito”. Todos esses órgãos estão dentro de um único sistema e só possuem influência dentro desse limite.
Um outro exemplo prático que nos ajuda a entender a física clássica é bater com a cara num muro, ou seja, o corpo A afeta localmente o corpo B quando ele toca no corpo B; já a interação não-local salta de um corpo A para o corpo B sem tocar em nada entre eles, quase como mágica. O vodu é, por essência, um exemplo perfeito de interação não-local.
Até a observação dos fenômenos quânticos, não era aceitável que corpos em locais distantes pudessem influenciar uns aos outros de forma instantânea. Essa concepção sempre foi o motor das ideias místicas que continuamente afirmam que, não só nossos corpos mas também nossa psique são influenciadas por forças e energias distantes.
É isso que expõe o Teorema de Bell, que, não se engane, não se trata de uma teoria. Ao contrário, essa proposição aparece após a observação real do fenômeno, ou seja, a constatação de um fato sobre o funcionamento do universo. Publicado em 1964 por John Bell, esse teorema é considerado um dos mais importantes do séc. XX, pois estabelece os limites e distinções entre a física clássica e física quântica e prova que existe uma comunicação não-local entre partículas, que acontece mais depressa que a velocidade da luz num universo local onde nada “pode” ser mais rápido que a ela. Essa comunicação acontece num universo não-local, ou seja, numa “dimensão” diferente da nossa.
Assim, a realidade objetiva da ciência se encontra em colapso e projetada ao mesmo plano da realidade holística, o que tem gerado pânico na comunidade científica que não esconde seu desprezo à tudo aquilo que se relaciona ao espiritual. O materialismo científico não pode conceber a existência de dimensões que extrapolam o mundo material.
A dinâmica mais incrível que foi observada nos experimentos é que, num sistema quântico, para se conhecer a natureza de uma partícula é necessário conhecer a natureza das outras partículas presentes no sistema, pois elas se comportam como se todas fossem apenas uma.
Não é espantoso? Olha Deus aí. O onipresente, que à tudo criou, que tudo conectou, de quem nós “emanamos” fazendo de nós unos. O todo é um e um é o todo!
Como a física quântica pode transformar a vida na Terra ?
A possibilidade de sermos nós os co-criadores da nossa realidade também é percebida e confirmada pelas descobertas do universo quântico. Ora, uma vez que corpos emitem e absorvem energias e que essa influência pode ocorrer a longas distâncias, inter-dimensionalmente, faz sentido dizer que é possível manipular energias para a realização de sonhos e objetivos, fazendo com que a vida trabalhe a nosso favor e não contra nós como por vezes pode parecer.
No documentário Quem Somos Nós? essa ideia está profundamente presente e nos é explicada pelo agradável indiano Amit Goswami, Ph.D. em física quântica pela Universidade de Calcutá e professor emérito do Departamento de Física da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. Ele possui uma trajetória incrível que ajudou a construir suas ideias: filho de um guru hindu, ele descartou essa herança espiritual e se manteve firme na explicação materialista da vida, até que, já na meia-idade, percebeu que carregava muitas perguntas que não encontrava respostas na objetividade da ciência tradicional. Foi a física quântica que trouxe à Amit as percepções necessárias para pacificar sua alma inquieta: o entendimento de que a consciência era uma força imensamente potente e que a expansão dela estava diretamente ligada ao entendimento da dinâmica das energias e de como podemos manipulá-las com autoconhecimento.
Amit compreendeu que a consciência não está restrita ao cérebro e que ela é anterior a ele, responsável pelo seu funcionamento e a chave para converter possibilidades em eventos reais. Aqui entra parte do efeito da não-localidade: ideias podem se tornar realidade com base em escolhas feitas no estado de consciência não local, ou seja, fora do tempo e espaço. Esse estado de superconsciência é o que entendemos como Deus, mas que está totalmente distorcido pela sede de controle imposto pelos sistemas religiosos, que mais impedem a percepção de Deus do que a proporcionam com seus dogmas que proíbem que as pessoas possam descobrir Deus por elas mesmas sem ter de temê-lo e sem precisar de intermediários, nem muito menos de despender quantias em dinheiro.
A aceitação da comunicação não-local pode mudar a realidade do planeta e nos levar para a quinta dimensão, acabando não só com o sistema social de mercado que nos destrói (e ao planeta), como também com o sofrimento que nos acompanha desde o surgimento da humanidade. É muito simples: uma vez que os sistemas quânticos evidenciam um Universo uno, ou seja, todos os universos, multiversos, dimensões e universos paralelos unificados em uma única energia, cada parte está conectada à todas as outras partes e acessível às outras partes. Logo, uma parte afeta a outra instantaneamente porque está ligada ao todo, não existindo distância entre elas. Essa constatação explica, inclusive, as conexões entre encarnados e espíritos que fazem parte do universo astral e as próprias dimensões evolutivas, que costumam, erroneamente, ser percebidas com universos distintos quando na verdade não o são.
Tornam-se possíveis as psicografias, materializações, reencarnação, e, especialmente, a Lei da Atração, que, por meio da consciência e vibração, nos ensina a materializar em nossa realidade aquilo que queremos para nós e para o mundo.
A física quântica está ajudando os seres humanos a descobrir sua origem e como está constituído todo o universo, nos mostrando que nossa interação com ele vai muito além do que imaginamos.
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