O que comer na quarentena? (Parte 3), por Gabhishak
Terceira questão.
(leia os dois artigos anteriores sobre o que comer na quarentena).
‘Muita proteína significa pouca energia’.
Aqui, farei um relato pessoal.
Tenho trabalhado com atletas amadores e profissionais desde 2011.
Estive com a equipe de Lionel Messi por quatro anos.
Conheci pessoalmente e pude dialogar com o Falcão do futsal, Neymar Jr., Rafael Nadal e outros top players mundiais em diversos esportes.
Além disso, centenas de praticantes de atividade física já passaram pelo método que compartilho, baseado em energia, atenção plena e mental skills. Profissionais de futebol, rugby, basquete, surfe e até mesmo os novos praticantes de crossfit.
Eu sempre converso com cada um deles sobre o que comer e como comer. Repito. O que e como! (você pode ler mais sobre ‘como comer’ no post: mindfull eating.
Cada vez mais de desvanece diante dos meus olhos o padrão cultural/social/dogmático centrado nos macronutrientes: proteína, carboidrato e gordura. Mesmo não cabendo a mim avaliar tais aspectos, tenho notado significativa melhora em profissionais que deixaram de lado essas crenças limitadoras.
Muitos desses profissionais possuem seus próprios nutricionistas, que eu respeito como profissionais que são. Por essa razão, meus apontamentos tem caráter informativo. Eu procuro trazer fontes confiáveis e compartilhar minha experiência pessoal e deixá-los livres para seguir o que entendem mais adequado.
Um dos aspectos que sempre trago à baila é a questão energética (não calórica). Minha pergunta é: como você se sente depois que come determinado alimento, ou depois de certa refeição? Você pode sair correndo por aí em alguns minutos ou se sente letárgico, sonolento e cansado?
O que seu corpo lhe diz? Você consegue escutá-lo ou está ouvindo somente a opinião de terceiro sobre seu organismo, seu sistema, sua vida?
Questione-se, for god sake, amigo leitor!
Há dois processos que ocorrem no organismo corpo-mente e consomem grande quantidade de energia: o processo digestivo e o processo de pensar.
Você precisa se livrar, ou diminuir significativamente ambos se quiser sentir o que é energia, vitalidade, alegria de viver.
Juntos, já há essa informação em âmbito médico e científico, chegam a consumir 60, 70%. A digestão gasta 30% da sua energia e o cérebro ligado 24 hs por dia em um ritmo frenético outros 30, 35, 40%.
Ou seja, comendo cinco, seis refeições por dia e pensando sem parar, estamos com o consumo em alta. Se o corpo pode ser comparado a um motor; talvez ao motor de um carro, podemos afirmar que esse estilo de vida traduz um motor de baixo desempenho e alto consumo.
Ideologias a parte, comida é combustível para o corpo funcionar bem.
Não é preciso muita comida; mais importante é a sua qualidade.
Você quer gasolina aditivada ou adulterada?
A propaganda; a indústria dos alimentos quer nos vender muito mais do que necessitamos. Atenha-se a isso. Essa mesma indústria financia boa parte da ciência, das escolas e universidades. Por que você acha que as cadeiras não mudam no ambiente acadêmico? Por que você acha que ainda ensinam coisas totalmente fora de contexto, que fazem mais mal do que bem à saúde?
Quais alimentos consumir?
Primeiro, ouça o seu corpo. Silencie, medite e ouça seu corpo, sempre.
Segundo, sem levar em conta qualquer dieta, proponho que você experimente comer alimentos crus por algum tempo e ir observando como se sente. Você pode começar com 30% cru e 70% cozido em cada refeição. Depois vá para 40/60, até que chegue em alguns dias a 50%/50%. Pode ser uma porção de frutas antes do prato principal, quente e cozido. Se quiser avançar e comer mais crus que cozidos, ok.
Faça esse experimento e observe.
Durante o processo, note também seu estado mental – veja como o cérebro vai funcionar depois de algum tempo seguindo esse protocolo simples.
Porque isso? Para que seu corpo tenha um combustível de melhor qualidade. Gasolina premium. O processo de cozimento altera a composição do alimento e mata boa parte das enzimas essenciais. Elas são resistem a altas temperaturas.
É então a inteligência do corpo humano vai fazer com que ele lute para reconstruir essas enzimas que foram destruídas, ou seja, vai gastar um montante gigantesco de energia que poderia ser usado para você correr, trabalhar, namorar; para criar e pensar clara e inteligentemente.
É o desafio que proponho.
Comece acrescentando mais comida viva, gradualmente cresça com isso.
Aposte também no jejum.
E não esqueça que antes de ambos vem a meditação.
Meditação é o oposto, é o antídoto à medicação.
Sem ela, nada disso tem sentido.
(consulte um bom profissional em ambos os casos e siga adiante)
Be safe!
Sobre:
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*esse texto é de responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic.
** para sua segurança e melhores resultados consulte sempre um profissional de meditação.
*** as técnicas de meditação não substituem orientação ou tratamento dos médicos, nutricionistas, psicólogos e demais profissionais da saúde.
Fontes:
Os textos do autor, em geral, são baseados em sua experiência pessoal, no Livro The Book of Secrets, Volumes I ao VI, de OSHO, e na relação de discipulado com o Mestre Zen Satyaprem.
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