Como desapegar de objetos de valor sentimental? Descubra!
O acúmulo de objetos que lembram momentos especiais é totalmente natural, mas devemos impor um limite para isso. É necessário aprender a selecionar o que for realmente importante e aquilo que podemos desapegar e só está ocupando espaço. Todos temos uma caixinha que resgata amores passados, amizades perdidas no tempo, recordações de entes queridos que já se foram e objetos que lembram dias incríveis que construíram nossa história. Essas lembranças, além de estarem registradas em nossa memória, sobrevivem através de recordações materiais como fotos, livros, bilhetes, cartas, cartões e objetos que carregam um valor sentimental e não financeiro. Mas, é importante olhar periodicamente para esses objetos e desapegar de alguns deles. Trata-se de um exercício simbólico para nós, que além de desocupar muito espaço, deixa o passado ir.
Os objetos de valor sentimental podem parecer “bobagens”, mas fazem parte da construção pessoal de cada um.
Não podemos classificar como certo ou errado o hábito de guardar objetos que nos lembram de um determinado momento de nossas vidas, seja ele agradável ou não. Porém, é essencial selecionar e organizar estes itens para que as lembranças do passado não ocupem um espaço excessivo em nosso presente. Valorizar e guardar as coisas do passado pode nos aprisionar e nos impedir de olhar para o futuro.
De acordo com a psicanalista Anna Veronica Mautner, o comportamento dos seres humanos de perpetuar o passado através de objetos que remetem especialmente a uma lembrança boa é totalmente natural. Porém, pessoas mais fragilizadas emocionalmente, carentes, com problemas de autoestima ou necessidade de aceitação, tendem a ter esse comportamento mais acentuado.
Quando objetos inúteis começam a ocupar muito espaço nos ambientes e na vida de uma pessoa, existe um risco de transformar “boas recordações” em acúmulo preso ao passado. Ocupar um pequeno espaço para guardar essas coisas faz sentido por aquele material ser parte de uma história. Entretanto, se isso extrapola e as pessoas começam a acumular de forma exagerada, trazendo transtornos de espaço físico, esse é um sinal de alerta. Veja a seguir, algumas dicas para desapegar destes objetos.
“A estória de cada indivíduo é formada por pequenas emoções”.
Tudo em seu devido lugar
Quando falamos de boas recordações, a conjugação do verbo desapegar não é nada fácil. Você mexe, recorda, se enche de sentimentos, suspira e acaba deixando tudo no lugar que estava. Quem sabe na próxima faxina você tenha coragem e consiga fazer uma limpeza verdadeira, não é mesmo? Este é o pensamento da maioria das pessoas. Mas, quando se dão por si, não têm mais lugar no armário, nas gavetas e nem sequer se lembram mais do que estão guardando.
Para evitar esse acúmulo, o recomendável é mexer nas lembranças físicas periodicamente, uma vez a cada ano ou a cada dois anos, para desapegar de verdade. Veja um guia de como fazer:
- Caso ainda não esteja emocionalmente pronto para se desfazer de algumas coisas, concentre tudo em uma caixa, feche-a e deixe-a em um local de fácil acesso para quando estiver preparado para mexer nela novamente;
- Se você acha que não consegue fazer isso sozinho, peça ajuda de alguém que saiba a importância destes objetos em sua vida;
- Quando estiver pronto para mexer nestes objetos, trabalhe em intervalos curtos. Escolhas difíceis costumam ser mais assertivas quando estamos com a mente descansada;
- Caso você não consiga se decidir entre jogar fora ou guardar algum item, pense o quanto gosta dele para usá-lo ou se ele não pode ser mais útil para outra pessoa;
- Seja seletivo ao colecionar coisas, guarde apenas um ou dois objetos que forem significativos para você.
E as fotos? O que fazer com elas?
As fotos geralmente tocam o nosso coração, o que torna a possibilidade de descartá-las um pouco delicada. Elas são imortais e daqui a 100 anos seu tataraneto poderá olhá-las e saber como era sua vida. As fotos digitalizadas daqui a 100 anos podem se perder na nuvem, em um HD corrompido ou em alguma tecnologia ultrapassada. Portanto, mantenha as fotos que realmente importam. Elas são uma parte essencial da sua história.
Porém, temos uma dica para o armazenamento dessas fotos. Geralmente, fotos antigas ficam guardadas em caixas empoeiradas, que dão trabalho e sujam a casa quando você quer dar uma conferida no passado. Nossa sugestão é: separe as que tem mais valor para você e escaneie. Além de ser uma forma de backup, elas ficam mais acessíveis para quando quiser vê-las. Aproveite a oportunidade para mandar uma foto para um familiar ou um amigo de infância.
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Não abasteça a casa novamente com coisas inúteis
Pode parecer uma coisa óbvia, mas não adianta se livrar de coisas inúteis e velhas e continuar mantendo o hábito de acumular mais delas. Tenha prioridade ao guardar itens de valor sentimental, pense se você realmente precisa deles para reativar sua memória. Uma conversa com amigos ou familiares que viveram momentos especiais com você pode ser muito mais construtivo e interessante.
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