Quais cuidados devem ser tomados após a vacina contra a Covid-19?
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
O Brasil caminha para a vacinação da população contra o novo coronavírus a pequenos passos. Até o dia 13 de maio, 17% dos brasileiros haviam sido imunizados. A vacina, que vem com a esperança de um dia voltar à vida normal, traz também alguns mitos.
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A desinformação pode ser perigosa
É preciso, antes de tudo, saber que mesmo após receber as duas doses do imunizante e aguardar o tempo para a produção de anticorpos, o vírus pode ser contraído. Aline Stipp, farmacêutica-bioquímica e doutora em microbiologia da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), conta que isso ocorre porque parte das pessoas ainda não possui imunidade, por isso, existe uma grande circulação do vírus. Cuidados como higienização das mãos, uso correto de máscaras e distanciamento social são essenciais.
Além disso, casos de pessoas que tomaram apenas a primeira dose e deixaram de tomar a segunda são frequentes. A doutora salienta que os anticorpos só são produzidos após a injeção de ambas. “A imunidade completa só se dá após a 2ª dose da vacina, apenas a primeira dose não é estímulo suficiente para conferir a imunidade ao paciente”, esclarece.
Ainda assim, quem tomou a segunda dose e aguardou o período de produção de anticorpos continua suscetível à contaminação. O contato sem máscara e distanciamento com outras pessoas, mesmo que também imunizadas, é perigoso e pode transmitir a Covid-19. Então, Stipp adverte: os cuidados de antes da imunização devem continuar até que haja imunização geral. Contato sem máscara somente quando for inevitável, como é o caso do ambiente familiar.
Um mito comum sobre a vacina é se o repouso após a injeção atua na imunização. A resposta da farmacêutica é não. O descanso não tem qualquer influência na eficácia da vacina. A produção de anticorpos ocorre após o tempo e doses estimadas de cada imunizante, e a eficácia só se dá quando estes são respeitados.
O vírus que tirou a vida de mais de 420 mil brasileiros continua ativo, por isso, mesmo que com a vacina, os cuidados estabelecidos pelos órgãos sanitários vigentes precisam ser frequentes.
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