A cura que habita em nós
Ficar doente e ver a saúde deteriorar é uma das grandes agonias humanas. Seja quando acontece conosco, familiares ou amigos, ficar doente é desesperador. A partir do diagnóstico, especialmente aqueles mais duros, começa a saga da busca pela cura.
Deus é, neste caso, o grande protagonista, o alvo das preces angustiadas e cheias de esperança. Pedir por um milagre é comum, mas é aí que começam alguns problemas. Prometendo essa dádiva e se aproveitando do momento delicado de tormento, algumas pessoas se oferecem para curar seja qual for a enfermidade, normalmente em troca de alguma quantia em dinheiro. Seja através de alguma filiação e frequência em algum culto, seja por doações mensais a alguma instituição, ou até mesmo vendendo remédios bentos e artefatos milagrosos, temos charlatões sem alma que conseguem enganar os aflitos e retirar deles algum dinheiro. É comum que uma pessoa doente procure a cura fora e precise de alguém que lhe prometa que o restabelecimento.
É claro que existem muitos profissionais sérios, que fazem um trabalho árduo de cura seja em centros ou consultórios terapêuticos. As terapias alternativas também são grandes aliadas e nunca devem ser esquecidas, especialmente quando ministradas por profissionais preparados.
Mas será que, de fato, precisamos de um intermediário entre a nossa cura e Deus? Será que Deus, onisciente, precisa ser contatado por um terceiro, para ser avisado da sua enfermidade? Será que não tem algo que nós mesmos possamos fazer para alcançar a cura?
“Às vezes o caminho da cura pode ser a doença, e o caminho do perdão as vezes é a sentença”
A maioria das pessoas desconhece as oportunidades de cura em todos os sentidos que as doenças nos oferecem. Verdadeiras e profundas transformações podem ocorrer em nossas vidas após um período de adoecimento.
A cura, crenças e emoções
Partindo do princípio de que todos temos mediunidade e somos, nós mesmos, deuses, portadores da centelha divina, temos dentro de nós o poder de curar não só a nós mesmos, como aos outros. Claro que, dependendo do abalo emocional e físico que desenvolvemos, especialmente frente a um diagnóstico dolorido e difícil, a orientação e socorro de um médium é muito bem-vindo. Podemos e devemos procurar ajuda onde enxergamos potencial e e lugares que nos façam sentir bem, com os quais tenhamos uma identificação emocional ou ideológica. Mas veja, especialmente se tivermos a sorte de encontrar um bom médium de curta, ele certamente nos dirá que nosso bem-estar depende muito mais de nós do que dele e não irá prometer milagres.
Não se trata também, obviamente, de abrir mão da alopatia, de forma alguma. Aliás, novamente, um bom médium vai pedir que o tratamento alopata nunca seja abandonado e seja encarado com rigor, especialmente dependendo da enfermidade. Mas ele certamente vai orientar o paciente a elevar suas energias, realizar rituais de oração, meditação, respiração e visualização em especial, além da alimentação saudável e a prática de exercícios físicos.
“O que acreditamos sobre nós mesmos e sobre a vida torna-se verdade para nós.”
Lembrando que toda doença tem natureza espiritual, não fica difícil perceber o imenso poder que temos em nós. A metafísica nos permite compreender que todos os males físicos do ser humano têm raiz nas emoções, especialmente aquelas geradas quando não digerimos bem uma situação, ausência de amor dos pais, o fim de uma relação, um abuso ou uma perda. E, quando entramos em contato com essas emoções e sensações e permitimos que elas sejam curadas, as enfermidades ligadas a elas também regridem e deixam de existir.
Sentimentos ruins como mágoa, ressentimentos, ódio, culpa, rejeição ou repressão, agem como uma bomba em nosso organismo e enfraquece nosso sistema imunológico. E, dependendo a qual órgão aquela energia está conectada, aparecem as doenças.
Uma dica valiosa é pesquisar a relação daquela doença com aspectos emocionais. Existem muitos livros sobre esse tema, mas dois deles são realmente transformadores e podem ajudar muito no entendimento da enfermidade, a conexão dela com nosso universo emocional e o processo de cura em si:
Você Pode Curar Sua Vida – Louise L. Hay
Neste livro, a autora defende que todos nós temos a capacidade de transformar positivamente nossas vivências e nos tornarmos pessoas melhores, porém, o caos do cotidiano pode tornar o encontro com nós mesmos e nosso poder interno mais difícil. Ela faz uma conexão de inúmeras doenças com suas causas e ensina afirmações que podem alterar esse padrão mental adoecido, que, entre muitas outras transformações, promove a cura das doenças.
A Cura Quântica – Deepak Chopra
Pseudocientista, graduado em Medicina pela Universidade de Nova Deli e especialista em endocrinologia, Chopra apresenta neste livro uma forma de cura e bem-estar a partir do pensamento, que ele chama de cura quântica. Ele se apoia na física quântica e biologia para explicar como pensamentos podem moldar nosso corpo, saúde e longevidade, sendo capazes de modificar suas células do nosso corpo.
Heal – um documentário sobre o poder da mente
Para quem quer entender mais o potencial interior de cura que todos carregamos e como usar a mente para acessar esse poder, assistir a este documentário é renovador e essencial, podendo ser um divisor de águas.
“É parte da cura o desejo de ser curado.”
Dirigido por Kelly Noonan, o site do filme descreve a produção da seguinte forma:
“É uma jornada científica e espiritual onde descobrimos que nossos pensamentos, crenças e emoções têm um impacto enorme em nossa saúde e capacidade de curar. A ciência mais recente revela que não somos vítimas de genes imutáveis, nem devemos simplesmente aceitar um prognóstico assustador. O fato é que temos mais controle sobre nossa saúde e vida do que fomos ensinados a acreditar. Este filme irá capacitá-lo com uma nova compreensão da natureza milagrosa do corpo humano e do curador extraordinário que existe dentro dentro de todos nós. HEAL não apenas aborda a mente brilhante dos principais cientistas e mestres espirituais, mas também segue três pessoas em jornadas reais de cura. A cura pode ser extremamente complexa e profundamente pessoal, mas também pode acontecer espontaneamente em um momento. Através dessas histórias inspiradoras e emocionais, descobrimos o que funciona, o que não funciona e por quê”.
É uma produção que não é tão fácil de encontrar na internet e em plataformas de streaming, mas vale a pena buscar e assistir.
No caminho da cura há…
Primeiro, perguntas. Pesquisas, investigações e uma vontade enorme de olhar para dentro de si. Qual é a causa? Será que eu criei essa doença? Como posso curá-la?
Depois, aceitação. Seja das situações que machucam, seja da doença. Isso não significa desistir da luta pela cura, mas o processo de cura integral começa com a aceitação. Abrace suas emoções e não negue a si mesmo a possibilidade de sofrer. Não reprima a dor como se, dessa forma, todos os problemas fossem desaparecer. Reprimir a forma como você se sente sobre uma situação serve apenas para destruir sua felicidade. Você deve aceitar e compreender suas emoções e seus sentimentos.
Priorizar a si mesmo também faz parte da valorização do ser único que somos, parte do processo de restauração do ser. Coloque-se em primeiro lugar e ouça o que suas emoções estão dizendo e solicitando. Se suas necessidades não forem uma prioridade para você, não serão para mais ninguém. Você precisa entender essas necessidades e buscar ativamente uma forma de satisfazê-las.
“O que você resiste, persiste.”
Perdão. Na jornada da cura há sempre perdão. Perdoe o que tiver que perdoar, quem tiver de perdoar, especialmente se este alguém for nós mesmos. Do perdão, entendemos que tudo está a serviço do nosso crescimento.
Confiança, fé. Uma vez abandonado a revolta pelo diagnóstico e as mágoas através do perdão, a confiança de que aconteça o que acontecer é inevitável e extremamente benéfica para qualquer quadro de enfermidade, Deus está presente. Nunca estamos sozinhos e muitas vezes a nossa cura, doença, ou até mesmo morte, servem a um propósito divino que nossas emoções equivocadas, especialmente nosso conceito de finitude, não nos permite enxergar. Ter fé na espiritualidade traz uma paz tão grande que já é, por si só, um grande remédio.
Aí, chegamos ao amor. Pela vida, por nós, pelo próximo, por Deus. O amor é cura em si mesmo, antídoto poderoso e milagroso, reconhecido inclusive pela ciência. Paciente que recebem amor e sentem amor tem suas chances de cura aumentadas em mais de 50% em comparação aqueles que, infelizmente, passam por momentos de doença no abandono. Assim como algumas doenças, o amor também é contagioso. Deus é, em essência, amor.
O poder de cura da Yoga para câncer e outras doenças
O bem-estar generalizado que a Yoga proporciona nós já conhecemos faz tempo. Mais que posturas e exercícios físicos, a Yoga é uma filosofia de vida, uma jornada interna de autoconhecimento e iluminação espiritual. Ela é de fato mágica, um presente dos Deuses para a humanidade conseguir enfrentar tantas adversidades, e tentar se evoluir espiritualmente apesar da prisão da materialidade da encarnação terrena. Mas então, qual a novidade?
O espantoso é que, recentemente, a ciência tenha reconhecido a prática. Mais que isso, a menos tempo ainda, pesquisadores do MD Anderson Cancer Center – uma das principais instituições do planeta para o tratamento da doença – apresentaram um trabalho que relata como a Yoga ajuda no tratamento de câncer. Conforme reportagem da Istoé, foi realizado um estudo com portadoras de tumor de mama submetidas a sessões de radioterapia, e ficou comprovado que a Yoga reduz os níveis de cortisol e melhora o funcionamento do corpo em geral. Elas demonstraram maior disposição na execução de tarefas cotidianas, como subir escadas ou dar uma caminhada. O cansaço, sintoma frequente que acomete as pessoas com câncer, também foi muito reduzido e a qualidade do sono melhorou.
Além dos sintomas físicos, as participantes do estudo também relataram que encontraram uma forma menos doída de lidar com seu drama particular, encontrando uma força interior muito forte. “Elas dão mais foco à espiritualidade, na conexão consigo mesmas e com as outras pessoas”, disse na reportagem Lorenzo Cohen, diretor do Programa de Medicina Integrativa do MD Anderson e responsável pela pesquisa.
“Todos os tipos de sementes de poder estão dentro de você, esperando para você fazê-las crescer.”
Não precisávamos do reconhecimento científico dos benefícios da Yoga para saber que ela opera milagres desde os tempos antigos. Mas ver a ciência se curvar diante dela especialmente no que diz respeito ao câncer, é muito importante, pois pode fazer com que muitas pessoas que não acreditavam na prática tenham o privilégio de usufruir de todas as graças que ela oferece.
Se você está doente ou saudável, pratique Yoga e transforme sua vida!
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