Depressão pós-parto: tristeza e desesperança
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
A depressão pós-parto é uma condição profunda de tristeza, desespero e falta de esperança, que acontece após o parto. Ela traz inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê. Normalmente, a mãe amamenta pouco ou se recusa a amamentá-lo.
Os sintomas mais comuns da depressão pós-parto, são:
- Irritabilidade;
- Choro frequente;
- Sentimentos de desamparo, desesperança, tristeza profunda;
- Falta de motivação;
- Desinteresse sexual;
- Transtorno alimentar e do sono;
- Ansiedade e sentimento de incapacidade de cuidar do recém-nascido
Se não for tratada corretamente e de forma imediata, a depressão pós-parto pode interferir negativamente no vínculo mãe-filho e causar problemas familiares, muitas vezes irreversíveis. Filhos de mães que têm depressão pós-parto, são mais propensos a ter problemas de comportamento, como dificuldades para dormir e comer, crises de birra e hiperatividade, e atrasos no desenvolvimento cognitivo e da linguagem.
Caso de uma paciente com depressão pós-parto e síndrome do pânico
A paciente tinha 36 anos, casada, um filho recém-nascido. Ela veio ao meu consultório, acompanhada de seu marido. Quando seu filho nasceu, ela chorava, sentia angústia, crises de pânico, sentimento de incapacidade, pois achava que não era capaz de cuidar dele.
Ao secar o leite, sentia-se culpada por não poder amamentá-lo. Desde então, não conseguia mais cuidar do nenê (quem estava cuidando de seu filho era o marido, a sogra e a sua mãe). Quando ele chorava, sentia ânsia de vômito, dores abdominais, tristeza, culpa, desânimo e falta de coragem.
Ela via o filho como um fardo, não queria assumir a maternidade
Quando ficava longe da criança, sentia alívio, pois cuidar do filho para ela era um fardo. Sempre teve medo de engravidar, de ter um filho. Achava que não levava jeito para ser mãe. Queria sua vida normal de volta; além do seu sentimento de incapacidade de ser mãe, não queria também assumir a maternidade.
Numa das sessões de regressão de memória, após lhe pedir para atravessar o portão (recurso técnico que utilizo nessa terapia, e que funciona como um portal que separa o presente do passado, o mundo terreno do mundo espiritual), ela me relatou: – Está tudo escuro, sinto muito frio, estou com medo (fala chorando). Escuto uma voz feminina (ser espiritual das trevas) que me diz que não vai me deixar tomar conta de meu filho.
Terapeuta: – Pergunte-lhe o que você fez para ele no passado?
Paciente: – É uma velha! Só vejo o seu rosto. Ela dá risada de forma debochada. Diz que não vai me deixar em paz, pois sente muita raiva de mim.
Terapeuta: – Você quer lhe dizer algo?
Paciente: – Só quero paz para cuidar de meu filho… Há uma luz branca em minha frente… Fala que é a minha mentora espiritual. Diz que está sempre comigo, pede para confiar nessa terapia. Revela que o meu nenê queria muito vir, que a minha insegurança e o meu medo vão passar. Ela me diz que o nenê não é um fardo, mas uma benção de Deus! Ele não veio para me prejudicar, mas, ao contrário, veio para me ajudar, ensinar-me a ter paciência e tolerância.
Sua obsessora espiritual foi sua avó paterna
Paciente: – A minha mentora espiritual me revela também, que essa velha que está me prejudicando, obsediando-me, era a minha bisavó, esposa de meu bisavô paterno, foi casada com ele. Diz que ela tem muita inveja de mim, quer me ver no chão. Por isso, pede para orar para ela em casa.
Paciente se viu no plano espiritual de luz
Na sessão seguinte (última sessão), após atravessar novamente o portão, a paciente me relatou: – Vejo um lugar muito bonito, visto uma túnica branca… É no Astral Superior (plano espiritual de luz). O local é de muita luz. Tem uma moça que dá a mão para mim, é loira, cabelos compridos, também usa uma túnica branca e um crucifixo bem grande em seu peito. Ela é uma freira, é minha mentora espiritual.
Sua obsessora espiritual era sua irmã na vida passada
Revela que eu prejudiquei a minha bisavó paterna, minha obsessora espiritual, na vida passada, roubando o marido dela, o meu bisavô paterno. Ela ficou com muita raiva de mim, pois eu era amante dele. Ele fugiu comigo e a abandonou. Revela também, que eu engravidei dele, mas que senti muita culpa por ter traído a confiança de minha bisavó paterna, uma vez que ela era a minha irmã nessa vida passada.
O nascimento de seu filho foi um gatilho que disparou a sua culpa do passado
Ela tinha muita confiança em mim. A minha gravidez de hoje foi um gatilho que desencadeou a minha culpa que carrego dessa vida passada, por ter traído a confiança de minha irmã. Hoje, com o nascimento de meu filho, isso desencadeou, no nível de meu inconsciente, a culpa que trago dessa vida passada.
Conversando com a sua obsessora espiritual
Explica também, por que na vida atual nunca tive desejo de ser mãe… Estou sentindo a presença dela, a esposa de meu bisavô paterno, aqui no consultório… Ela está me indagando e chorando: “Por que você fez isso? Gostava de você como irmã!”. Eu lhe digo que, hoje, jamais faria isso, tanto que ainda sinto culpa pelo que fiz.
Terapeuta: – Pergunte se ela gostaria de receber ajuda dos seres de luz?
Paciente: – Diz que sim, que hoje ela sabe que estou mais espiritualizada, por isso, quer me dar uma chance. A minha mentora espiritual está me dizendo que, depois da sessão passada, muito seres de luz vieram conversar com ela para que me perdoasse.
Sua mentora espiritual orientou a paciente para ficar sozinha com o seu nenê
Fala para ficar sozinha com o meu nenê, que não vai acontecer nada de ruim. Pede também para continuar tomando os remédios, que estão me ajudando, e que aos poucos, vou conseguir ficar sozinha com o meu nenê. Diz que era isso que tinha para me dizer nessa terapia. Diz para não me preocupar, que tudo vai ser resolvido. Agora, ela está indo embora.
Conclusão:
Após o término da terapia, um ano depois, a paciente me mandou um e-mail dizendo que, desde o encerramento da terapia, nunca mais teve depressão e nem as crises de pânico, que o seu bebê estava gordinho e saudável (ela me enviou uma foto dele feliz e sorridente).
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