Deusa Frigga – a mãe dos deuses e protetora das mulheres
A deusa Frigga é a Deusa-Mãe da dinastia de Aesir, na mitologia nórdica. Primeira esposa de Odin, mãe de Thor e madrasta de Loki, representa a fertilidade, o amor e a união. Também é protetora da família, das donas-de-casa e das mães e símbolo da doçura. Seu nome significava “A Amada” e ela era extremamente sábia. A deusa Frigga é a única, além de Odin, que pode se sentar no Hlidskialf – trono onde é possível ver os nove mundos. Suas funções preliminares na mitologia são como mãe e esposa, mas essas não são suas únicas atribuições. Conheça um pouco mais sobre o papel da deusa Frigga na mitologia nórdica.
A deusa das previsões e do conhecimento
Um dos atributos da deusa era fiar os fios do destino com seu fuso de ouro e, posteriormente, entregá-los às Nornir – as deusas do destino. Frigga sabia de tudo, mas não falava. A teia do destino tecida pelas Nornir acompanhava a trajetória do Sol e formava a “tessitura da vida”. O fuso é um símbolo poderoso, que representa virtude, sabedoria e a indústria feminina. Para os vikings, a tecelagem era uma relevante fonte de renda, que enfatizava o poder das mulheres nos costumes pagãos. O fuso era uma poderosa arma mágica nas mãos de Frigga e das Norns.
A deusa também era invocada em partos, para proteger os bebês e em todos os ritos femininos de passagem. Ela dava conselhos a Odin, utilizando sua premonição e sabedoria. Por vezes, agia de forma contrária a ele, favorecendo seus heróis preferidos e dando-lhes a vitória em batalhas.
Frigga é a senhora do destino e da magia. Ela mostra que o destino é feminino, por ter caráter cíclico, da maternidade, fertilidade e das uniões conjugais. Podemos dizer que a deusa representa aspectos iniciais e profundos do feminino. A maternidade, os cuidados com a casa e com a família, a união com o sexo oposto (com o sagrado casamento) e o conhecimento do futuro, que aparece para a mulher como forma de intuição, são ferramentas que transforam a personalidade feminina.
A deusa possui em si três aspectos da trindade feminina: a jovem, a mãe e a anciã. Também contém o lado sombrio do feminino, compondo assim uma completude única. Reúne os aspectos de esposa, sábia, jovem, virgem, anciã e sedutora. E, especialmente, o conhecimento e aceitação do destino, que possui caráter cíclico.
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Arquétipo da deusa Frigga
Como arquétipo de sua imagem, Frigga é comparada à deusa grega Hera e à romana Juno, por ser deusa das parcerias, do casamento, da vida familiar, senhora da fidelidade conjugal e do céu. Porém, enquanto Juno e Hera eram conhecidas como deusas ciumentas e vingativas, Frigga não costumava competir com as amantes de Odin. A deusa possuía o dom da profecia e sabia das escapadas do marido, mas, para os nórdicos, o conceito de casamento era diferente. A sociedade nórdica era poligâmica e as mulheres eram mais respeitadas do que as romanas e gregas. Elas tinham o direito de se divorciar e casar novamente e tinham um papel muito mais atuante, sendo inclusive grandes guerreiras.
Representação de Frigga
A deusa era representada com um manto azul com penas de gavião e falcão, ornamentada com diversas joias e pedras preciosas. Em um cinturão, ela trazia um molho de chaves. Apesar de ter origem telúrica, era a deusa do tempo e do céu. Sentada em seu trono, que ficava nas nuvens, observava tudo que se passava nos nove mundos. A sexta-feira é o dia da semana dedicado à deusa (assim como Freyja e Frey), por isso, em inglês sexta-feira é Friday, que significa “Frigg’s Day” (o dia de Frigg).
Frigga vivia no seu castelo em Fensalir, onde doze deusas a auxiliavam. As deusas eram: Eir, Fulla, Gefjon, Gna, Hlin, Lofn, Saga, Sjofn, Snotra, Syn, Var e Vor. Todas eram virgens e autossuficientes, representavam diferentes facetas da deusa, simbolizando os diversos aspectos da psique feminina. Fensalir era o lugar onde almas de cônjuges que foram fiéis um ao outro se uniam depois da morte, para não se separarem nunca mais. Existe uma estrela da Constelação de Órion que foi nomeada como “Friggajar Rockr”, em homenagem à deusa.
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A Invocação da deusa
A principal lição de Frigga é que uma verdade única nunca se aproxima da sabedoria. Nós só podemos alcançá-la quando analisamos múltiplas verdades, diferentes pontos de vista, e construímos nossa própria visão sobre os fatos. Uma moeda sempre vai ter dois lados, a verdade é multifacetada.
Para entrar em contato com a deusa e buscar inspiração em situações de difícil julgamento, ou decisões importantes, vá até um local na natureza, de preferência próximo ao mar ou um rio. Foque seu olhar e pensamento na água e peça a Frigga que lhe dê orientação na busca das verdades que você necessita.
A invocação da deusa é pertinente para: orientação, proteção, fertilidade, saúde, sabedoria, paixão, magia sexual, liberdade sexual, durante o parto, para proteção da casa, encontrar um nome para uma criança que vai nascer, saber sobre o passado, presente e futuro. Dê preferência para a sexta-feira, caso vá fazer a invocação, trata-se do dia mais propício e poderoso para isso.
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