Neith: a deusa egípcia que abre caminhos
Mitologia e magia egípcia são fascinantes. Até hoje esses mitos têm força e intensa presença no mundo esotérico e místico. Hoje vamos conhecer a deusa Neith, uma divindade muito cultuada no Egito Antigo e que permanece viva até hoje.
O Egito Antigo era o país da magia e dos magos e o uso da magia era muito natural em todas as classes sociais, do agricultor ao faraó. As práticas mágicas ou de bruxaria decorriam da visão de mundo dessa cultura, onde a ordem e a segurança estavam constantemente ameaçadas por forças destruidoras e era necessário combatê-las para proteger o reino, seus habitantes e também o poder.
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”
Se você está precisando de força, proteção e uma abertura de caminhos especial, precisa conhecer essa deusa e seus rituais mágicos.
A senhora do Oeste
Na mitologia egípcia, a deusa Neith é a deusa mais antiga citada pelos textos sagrados. Ela era também conhecida como Senhora do Oeste, Tehenut, Nit, Net e Neit. Seu poder estava associado a força, a guerra, a caça, a invenção, o poder das ervas, a magia, a cura, conhecimentos místicos, rituais, meditação, proteção das mulheres e do casamento. Além disso, Neith era considerada a criadora de deuses e homens, além de ser a divindade que tinha a função de conduzir os mortos para sua nova vida.
Seu nome significa “Eu venho de mim mesma”, ou autoconcebida. De acordo com a tradição, Neith emergiu das águas primevas, seguiu o curso do rio Nilo em direção ao mar, até alcançar o Delta e dar forma à cidade de Sais. Ela se autogerou e como a “Mãe Original”, uma divindade andrógina, englobava em si tanto as energias do feminino como do masculino.
“A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar é aproximar-se de Deus”
A força de Neith era tão forte, que chegou até a Grécia Antiga e foi eternizada pelas palavras do filósofo Platão, que em seu tratado Timeu cita a antiga capital do Egito Saís como a cidade em que Sólon recebeu de um sacerdote egípcio a história de Atlântida, seu plano de ataque militar grego contra o Egito e sua eventual derrota e destruição por uma catástrofe natural. Platão também observou que a cidade foi a terra natal do faraó Amósis II e identificou a deusa patrona, Neith. Segundo Platão, em Saís, Atena fundia-se com Neith pelos atributos da guerra e da tecelagem e ambas tinham um mesmo animal simbólico, a coruja.
Sua representação é uma mulher com coroa vermelha do Baixo Egito, com arco e duas flechas. Também foi representada como coruja, escaravelho, abelha, vaca, peixe, com cabeça de leoa, e, às vezes, dando de mamar a um crocodilo.
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A mãe de Rá
Tendo concebido o mundo no seu coração, tudo que existia foi criado por ela quando ela materializada as coisas através do verbo. Neith dizia um nome, e a existência simplesmente surgia. São criações dela o Sol (Rá-Amon-Khnum), a Ogdóade de Hermópolis e o deus Thot. Portanto, Neith é mãe de Rá, o deus Sol, uma das principais divindades da mitologia egípcia. Assim, ela está também associada ao tempo primário e a recriação diária, pois abria os caminhos do Sol. Muitas referências feitas ao renascimento do Sol nos vários pontos do céu durante as mudanças sazonais demonstram os diferentes aspectos de Neith, que reina em forma de Deusa celeste.
Como mãe do mundo, Neith é a criadora de tudo que está no interior da terra, dos minerais e pedras preciosas. A partir do Reino Antigo, Neith era a protetora de Osíris, de Rá e do faraó, e sua forma era a da abelha. Símbolo real e solar, segundo a tradição egípcia a abelha nasceu das lágrimas de Rá caídas na terra. Linda simbologia!
A família da deusa ingerada
Apesar de criada a partir de si mesma, no mundo antigo uma mulher (mesmo que deusa) precisava se ligar ao masculino através do matrimônio. Por esse motivo, a cultura patriarcal tratou de dar a Neith um marido e filhos. Em Sais, era conhecida como “Senhora do Mar” e esposa de Sobek, enquanto em textos de Reino Antigo, tinha a Seth como marido e era mãe de Sobek, recebendo o Título de “Amamentadora de Crocodilos”. Outro centro do culto era Esna, onde era conhecida como “Aterradora”, esposa de Khnum e mãe de Apófis, a serpente maléfica.
Como “Dama do Ocidente” era a protetora dos vasos de vísceras e velava o defunto junto com Ísis, Neftis e Selket. Sob sua proteção está o vaso de Duamutef, com cabeça de chacal, que contém o estômago do rei mumificado. Além de proteger as vísceras do defunto, protegia seu descanso e seu sono, disparando suas flechas contra os maus espíritos. Quando pessoas de destaque social morriam, eram comum serem enterradas com uma estátua de Neith.
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Rituais de Neith
Se tem um desejo que não está se realizando, talvez você precise de uma ajuda extra para abrir caminhos e neutralizar forças densas que possam estar impedindo você de alcançar a realização. Para isso, a magia egípcia é muito poderosa e vale muito a pena conhecer mais essa possibilidade divina de ajuda.
“A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia”
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Sucesso profissional
Em 22 de outubro se comemora Neith e existem festivais em sua homenagem ao redor do mundo. Nessa data, você pode realizar o ritual abaixo que é focado em abrir caminhos profissionais:
Neste dia, acenda em seu ambiente de trabalho três velas coloridas, de cor clara, como amarelo, branco ou azul. Faça uma mentalização á deusa e faça seu pedido. Neith dissipará os obstáculos e abrirá os caminhos de uma nova e bem sucedida etapa de sua vida.
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Ritual à Neith
Esse ritual pode ser realizado em qualquer data, porém, ele terá mais força no dia 22 de outubro em função da concentração energética do dia e do portal de comunicação que se abre com essa divindade. Ele serve para qualquer objetivo que precise de um empurrão para se realizar, especialmente quando os caminhos que levam, a realização desse desejo estiverem bloqueados.
Erga seus braços em saudação e diga em voz alta:
“Caçadora obscura, Abridora do Caminho, Senhora do Oeste,
Eu chamo por seu nome.
Você que é tudo o que já foi, e é o que virá a ser,
Ensine-me os Mistérios Obscuros e Sagrados.
Pois sem compreender os sonhos que me conduzem
à porta interior, não sou completa.
Os sonhos são os professores noturnos dos Antigos.
Ensine-me, Grande Neith.
Cruze suas mãos em seu peito e aguarde pelas bênçãos de Neith.
Erga então, novamente seus braços em cumprimento e agradecimento e diga:
Caçadora prateada, cavalgando as pálidas nuvens da noite,
Eu saúdo sua luz celestial com alegria.
Bela dama da noite, eu aguardo os sonhos que me enviará,
Visões e magia partes de seu reino de poder.
Ensine-me os mistérios.
Mãe da cura e da antiga sabedoria, abençoa-me.
Gratidão. Que assim seja.”
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