Pode não ser só uma alergia: veja dicas para o cuidado com o corpo na pandemia
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Em tempos pandêmicos, qualquer sintoma respiratório é preocupante e requer atenção. Com a redução térmica motivada pelo outono, resfriados são recorrentes e se confundem com a Covid-19. Espirros, obstrução nasal, dores na garganta e falta de ar são sintomas que precisam ser investigados, principalmente se acompanharem febre, alerta o pneumologista Claudio Rezende. Para ele, comumente, pacientes contaminados pelo novo coronavírus não buscam atendimento por considerarem que portam uma alergia.
Segundo o especialista, os infectados pela Covid-19 devem procurar o médico caso apresentem temperatura corporal acima de 37,8ºC, tosse, fraqueza intensa e dificuldade ao respirar. “Estes sinais de alarme costumam aparecer a partir do sétimo dia da doença”, complementa.
Mas não só os contaminados precisam se policiar. Mesmo que os lembretes de prevenção não sejam intensos como no início da pandemia, Rezende vê com importância o uso de álcool e máscaras e o distanciamento social. Outros cuidados como sono regular, alimentação balanceada e prática de exercícios também são indicados pelo médico.
As baixas temperaturas não agravam os sintomas da Sars-CoV-2, mas a transmissão é elevada pois as pessoas confinam-se em ambientes fechados, aquecidos e sem ventilação, explica o pneumologista.
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O que vai em seu fogão?
O vírus alterou a relação humana com a higiene e, com a alimentação, não seria diferente. Mesmo que um prato apetitoso seja uma boa pedida para esquecer os problemas pandêmicos, hábitos alimentares adequados são aliados da saúde.
Para a nutricionista Ingrid Marcele, quando o vírus um organismo desajustado e apresentando um sistema imunológico falho, existem chances maiores dele desenvolver quadros graves. Para o corpo funcionar em plenitude, ele precisa de nutrientes que só os alimentos são capazes de oferecer. “Caso a pessoa ainda não possua bons hábitos alimentares, se faz necessário repensar já em mudá-los”, orienta.
Mesmo com falta de apetite e perda de paladar, a profissional afirma a importância da alimentação, já que a falta de nutrientes e a desidratação alavancam agravamentos clínicos. Já aqueles que enfrentaram a doença e permaneceram com sequelas como a queda de cabelo ou fadiga, suplementos e vitaminas prescritos por nutricionistas podem tratar tais sintomas.
Com o isolamento social, as pessoas que, ao saírem de casa, encontravam um refúgio para os estresses rotineiros acabam transferindo este apoio para o excesso alimentar, pontua a especialista. Para evitar ganho de peso, a nutricionista concede dicas de auto-observação:
- Entenda as necessidades e preces do seu corpo: Assim, você sai do automático e passa a comer menos do que antes, além de evitar problemas com peso.
- Mesmo em casa, defina limites: Mantenha horários para começar a trabalhar/estudar, parar para almoçar, lanchar à tarde, jantar e encerrar o expediente. Use os alarmes para te lembrar da agenda.
- Evite ficar horas largos períodos sem comer (mais de 4 ou 5 horas): Isso te leva à compulsão noturna e você acaba exagerando. Faça pratos completos no almoço e jantar, intercalando legumes com uma opção de carboidrato e proteína.
- Apenas uma fruta não te ajuda: Nos lanches, ela não te sacia por tempo prolongado e, logo, você estará beliscando. Organize uma combinação alimentar, como os seguintes exemplos: fruta com iogurte e aveia; fruta com iogurte e castanhas e sementes (chia, linhaça ou semente de abóbora); pão com ovos mexidos e uma vitamina de fruta.
- Coma com atenção e mastigue muito: Não espere com uma garfada já na mão enquanto você ainda está mastigando. Esta técnica altera a relação com a comida, diz Marcele: “Daqui uns 20 dias, você me conta os resultados com seu peso, digestão e intestino (risos)”.
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