Dignidades planetárias – a força dos planetas
As dignidades planetárias astrológicas classificam a força ou poder de cada planeta no enquadramento do mapa astral, em que signos se posicionam e a afinidade que tem com cada signo. Quando as coisas se encontram em seus devidos lugares na natureza, elas se encaixam e tudo funciona em harmonia. Acontece de forma semelhante no mundo astrológico. Os planetas se posicionam e ganham harmonia e força quando estão em seus lugares afins, que são os signos que regem. Quanto mais longe estiverem de seu signo de regência, mais fraco se tornam os planetas.
Quando um planeta estiver no extremo oposto à sua casa, ele estará exilado. A energia do signo e do planeta são tão discrepantes que podem chegar a se anular. Quando o planeta estiver mais perto de seu signo de origem, a tendência é que tenha energias mais afins e trabalhe harmonicamente.
Podemos usar o exemplo de Vênus em Peixes. Vênus simboliza o amor de seus nativos, enquanto Peixes simboliza o amor entre todos os indivíduos. Então, ainda existe harmonia entre eles, ambos falam a mesma língua. Um representa o amor que cada pessoa carrega em si e o outro amor entre todos, universal. Em Libra, também haveria harmonia com Vênus, levando amor para os relacionamentos. Vênus em Touro já iria contribuir para um forte amor carnal entre as pessoas.
Caso Vênus se afaste de sua origem, começa a deteriorar o conceito de “amor harmônico”. Posicionado em Virgem, geraria dificuldade ao expressar esse amor, colocando a razão e a análise acima do sentimento. Já em Escorpião, que seria o oposto extremo de sua casa de origem, Vênus seria menos altruístas ainda, podendo incentivar o egoísmo, exacerbar o sexo, inibir a modéstia e despertar a vontade de controlar as pessoas que ama.
Os termos usados para nomear estes opostos são Domicílio e Exílio, enquanto Queda e Exaltação nomeiam os arredores destes extremos. Se o planeta estiver próximo de sua casa de origem, pode continuar amplificando as virtudes, mas quanto mais se afasta proporciona maior queda das virtudes de cada signo.
Desvendando o significado de cada planeta no Mapa Astral
- Sol no mapa astral: o ego e a sua essência de vida
- Lua no mapa astral: emoções, impulsos e intuição
- Mercúrio no mapa astral: o poder da comunicação
- Vênus no mapa astral: sensualidade e a valorização do amor
- Marte no mapa astral: força, energia e impulsividade
- Júpiter no mapa astral: expansão, proteção e conquistas
- Saturno no mapa astral: o Senhor do Karma, a causa e o efeito
- Urano no mapa astral: revolução, rebeldia e a definição de gerações
- Netuno no mapa astral: o planeta das artes e do idealismo
- Plutão no mapa astral: transformação, libertação e regeneração
Dignidades planetárias comparadas com nosso bem-estar
Quando dormimos em nossa própria cama, em nossa casa, costumamos nos sentir bem. Neste caso, estamos dormindo em nosso “Domicílio”, é o ápice de nosso bem-estar. Quando precisamos dormir fora, mas na casa de um amigo bem próximo ou de um parente, ainda nos sentimos confortáveis, mas não totalmente à vontade como quando estamos em nossa própria casa. Podemos dizer então, que estaríamos em nossa “Exaltação”.
Vamos supor outra situação, em que tenhamos que dormir na casa de um amigo não tão próximo e sem muita segurança e conforto. Neste caso, podemos dizer que estaríamos em nossa “Queda. Então, se precisássemos dormir em um lugar que não gostamos, em um chão duro e totalmente sem conforto, inseguros e sem o mínimo de bem-estar, estaríamos em nosso “Exílio”.
Essa é a forma que funciona com os planetas. Há um desconforto quando estão longe de sua casa de origem, perdem as suas forças, emanando energias complicadas e complexas. Quando estão em sua fase de exaltação, ainda carregam e emanam energias harmoniosas e afins para os signos, embora com menos forças. Quando vão mudando de casa, ficam mais distantes de sua origem e o sentimento de insegurança abre portas para energias menos favoráveis, que por último alcançam o exílio.
Quando está em sua casa de origem, o planeta gera uma influência positiva para o signo, destacando e extraindo o que existe de melhor nele. Como acontece com Saturno em Capricórnio, Júpiter em Sagitário, Marte em Escorpião etc. Na casa totalmente extrema, o lugar mais distante que pode estar o planeta, o efeito passa a ser contrário. As qualidades são subvertidas e podem agir em desarmonia. Vênus, que foi o nosso exemplo, rege Libra e Touro. Quando estiver em Escorpião, seu oposto, estaria isolado.
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Entenda melhor as dignidades planetárias
Como já citamos acima, quando o planeta está um pouco distante de sua casa, ou de seu domicílio, ele ainda emana energias positivas a outros signos, ato que é chamado de exaltação.
Todos os planetas possuem seu signo regente e também o seu signo especial, lugar em que mantém o sentimento de estar em seu domicílio, com harmonia e segurança. É um local em que ele ainda consegue emanar vibrações positivas, o que faz bem às virtudes do signo em questão. Ainda usando Vênus como exemplo, fora de sua casa seu signo especial é Peixes. Vênus em Peixes emite boas energias, destaca as qualidades do signo.
No entanto, quando Vênus passa pelo oposto a Peixes, que é Virgem, ocorre a queda, uma forma de inferno astral, em que as qualidades dos piscianos diminuirão, pois, a energia de Vênus será invertida. Os efeitos nas pessoas deste signo são visíveis, que ficam mais sensíveis e vulneráveis. Veja abaixo o Fundamentos das Dignidades Planetárias:
Imagem retirada daqui
Apesar de existem outras dignidades, nos focamos aqui nas mais relevantes, que geram maior influência para os signos: Domicílio e Exaltação, e também os seus opostos, Exílio e Queda, que representam as Debilidades Planetárias. Nossos ancestrais já haviam descoberto que ao analisar o céu era possível construir uma relação entre os signos e planetas.
O astrólogo, astrônomo e geógrafo, Ptolomeu, nascido no Egito por volta do ano 85 da era cristã e falecido em Alexandria em 165, foi a influência mais duradoura a respeito da Astrologia seguida no Ocidente até o fim da Idade Média. Ao sistematizar o conhecimento astrológico que o mundo helenístico herdou da Mesopotâmia e do Egito, Ptolomeu estabeleceu uma hierarquia entre as dignidades essenciais, que até hoje é válida. O astrólogo definiu a regência ou o domicílio como o mais importante das dignidades, seguido pela exaltação e em menor grau, pela triplicidade. Ptolomeu afirmou essa relação relatando-a em diversos artigos: “A Lua, depois de sua conjunção com o Sol, no seu signo de exaltação (Áries) mostra sua primeira fase e começa a aumentar em luz e assim é tomado Touro como sua exaltação e o signo oposto (Escorpião) como sua depressão”.
Marcus Manilius, astrólogo e poeta romano, escreveu um livro sobre este assunto, intitulado Astronomicon. Em sua obra, o poeta confere um signo para cada deus do Olimpo. Ele ressalta que no momento em que o planeta se alinha com seu signo de regência, ou seja, de seu domicílio, ele não sofre qualquer influência negativa. Neste caso, pode exercer seu poder plano e positivo sobre o signo.
Um matemático árabe, Alchabitius, desenvolveu um sistema de casas que foi usado na antiguidade e até aproximadamente 1500. Ele também defendeu que o planeta que está confortável em seu domicílio possui “autoridade e liberdade em sua expressão”. O estudioso quis dizer que quando o planeta está em exaltação tem a capacidade de usar sua energia positiva com forte poder.
Enquanto isso, na queda que é oposto à exaltação, o planeta tende a receber muita interferência, que corrompem sua energia, provocam rejeição e alteração ao signo. Quando o planeta está totalmente oposto ao seu domicílio (exílio), ele perde suas forças. Suas influências então, são emitidas de forma irregular, prejudicando as qualidades dos signos. Quando o planeta está sem exercer nenhuma dignidade ou debilidade, ele é denominado de Peregrino.
Todos os estudos relacionados às Dignidades Planetárias nos levam a acreditar que a relação entre signos e planetas é muito relevante e essencial para compreendermos melhor a astrologia. Estes fatores nos ajudam a ter embasamento para interpretar a influência de cada posição dos planetas exercida sobre os signos.
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