Epigenética: para além da genética
O termo epigenética refere-se à parte da ciência que estuda como o desenvolvimento, o funcionamento e a evolução dos sistemas biológicos podem ser influenciados por forças que operam fora da sequência do DNA, incluindo intracelular, ambiental e influências energéticas. Ou seja, em linguagem mais simples, a epigenética pesquisa e evidencia como os estímulos ambientais, os fatores estressantes, emocionais, pensamentos e sentimentos que se apresentam à uma pessoa ao longo de sua vida interferem na probabilidade dela desenvolver doenças ou ter uma ótima qualidade de vida, uma ornada saudável. Também podemos dizer que essa disciplina estuda a transmissão de experiências ocorridas com os pais para os filhos, mas que não ocorrem através do DNA. Porque sim, os pais passam aos filhos muito além do que a genética consegue investigar.
“As investigações científicas revelam novas maneiras com as quais Deus trabalha e nos trazem revelações mais profundas do totalmente desconhecido”
O prefixo da palavra epigenética deriva do grego, sendo que “epi” significa além. Quando combinada com a palavra genética, que também em grego significa “fazer nascer”, temos a tradução literal do termo como sendo “para além da genética”. Esse “algo mais” se refere ao nosso meio ambiente, as condições psico-ambientais a que somos submetidos, sugerindo que nosso código genético e também o tipo de ambiente em que nos desenvolvemos, em que vivemos, determinam quem somos e são atuantes na construção psicológica e, portanto, na ativação -ou não- de determinadas partes de nossa genética. E se o ambiente tem essa influencia tão direta, podemos mudar a nós mesmos e também levar essa descoberta a sério, quando pensamos na criação das futuras gerações.
Acima de tudo, a maneira como pensamos, o tipo de emoção que alimentamos e a qualidade dos sentimentos que nutrimos são tão ou mais responsáveis pela nossa saúde e desenvolvimento do que somente predisposições genéticas e a hereditariedade.
Epigenética na prática
Primeiramente, devemos deixar de lado o determinismo genético, ou seja, a ideia de que o DNA é imutável e que tudo que está presente nele é o que somos e seremos ao longo da nossa vida. E o que significa isso na prática? Muito simples entender: sabemos que determinadas doenças são passadas de forma hereditária, dos pais diretamente aos filhos. Porém, até algumas décadas atrás, acreditava-se que tudo que estava presente no DNA, especialmente em termos de doenças, eram aspectos imutáveis do nosso ser. Se você possui “um gene para a doença X, fatalmente vai desenvolver a doença X” é a o que a ciência e o determinismo genético nos ensina há muitos anos.
“Quanto mais eu estudo a natureza, mais me maravilho com a obra do Criador”
Mas não, não é tão simples assim. A simples presença de um determinado gene em uma pessoa não implica na ativação desse gene e desenvolvimento de uma determinada doença. Não há, na verdade, como garantir que este ou aquele gene será ativado, nem muito menos quando nem porquê. O gene seria semelhante a um programa de computador: ele está lá, existe, mas para que ele funcione é necessário que outros elementos interajam e iniciem essa marcha. O que, neste caso, significa que fatores ambientais e emocionais são os verdadeiros responsáveis pela ativação de um gene e o desencadeamento de uma determinada doença ou condição, e não somente o fato de a pessoa ter recebido aquele material genético através da hereditariedade. Na última década muitos cientistas vêm estudando os mecanismos bioquímicos e moleculares por meio dos quais os genes são ativados e desativados, sob a influência do meio ambiente e das emoções que ele proporciona.
Aí nasceu a epigenética e as observações e inferências que ultrapassam as constatações genéticas. Caso você deseje pesquisar mais a fundo o trabalho desses cientistas, vale citar aqui as estrelas da ciência além da genética: o biólogo norte americano Bruce H. Lipton, um dos pioneiros na pesquisa com células tronco e que publicou o best seller A Biologia da Crença; Kazuo Murakami, pesquisador japonês autor de Código Divino da Vida); e Kelle Evely Fox, autor de The Century of the Gene. Esses gênios da biologia e da genética contribuíram muito para essa visão mais holística da ciência do corpo e da hereditariedade, retirando as ideias limitantes e materialistas que a ciência impõe e que não dão conta de explicar quase nada sobre a complexidade humana.
O código divino da vida- nosso destino não está escrito no genoma
Essas descobertas são, além de incríveis, uma ponte para o divino pois nos aproximam ainda mais da ideia de que nosso corpo não responde a aleatoriedade da biologia, conforme a ciência tenta nos empurrar goela abaixo. Há algo mais, tem algo além. Parece que o nosso corpo foi preparado para se desenvolver juntamente como nossas experiências de vida e responder não só a sentimentos, mas as energias que esses sentimentos causam. E não são, os sentimentos e emoções, pura energia? E não são as nossas próprias células constituídas de pura energia? O que acontece quando chegamos ao máximo da divisão das células atômicas? Temos luz. Energia. Nada é sólido e a matéria é pura ilusão.
“Não vejo nenhuma contradição entre ciência e fé: pertencem a duas esferas diferentes. Nós, cientistas, seríamos muito ambiciosos e arrogantes se imaginássemos que podemos explicar a origem do mundo”.
Mais do que responder, nosso corpo se modifica. Nosso DNA e nossas células parecem ouvir os comandos emotivos que as sensações e pensamentos enviam, nos dando o poder de produzir doenças terríveis mas também a possibilidade de curá-las. Kazuo Murakami em Código Divino da Vida, expressa de forma muito clara e acessível a ideia de que nosso destino não está escrito no genoma:
“Nossos genes, unidades contidas no núcleo de minúsculas células, possuem três bilhões de combinações de quatro letras químicas que se unem em pares… Eles são matéria e não é possível que as “ordens” venham apenas deles, devendo ter uma “Consciência Divina”, “Algo Maior” em outra dimensão que não a biológica que transmite esta ordem… O destino das pessoas não está escrito no genoma. Os genes são apenas códigos, o projeto, e não a vida. Se a vida estivesse em nossos genes, onde ela estaria?”
A crença no determinismo genético se opõe a epigenética e as leis naturais da vida. Não somos controlados pelo corpo, pelo nosso código genético e somos muito mais do que ele. Nosso espírito possui a centelha divina e é ele mesmo, um deus. O poder que temos dentro de nós é muito maior do que podemos imaginar e do que a sociedade padrão, até mesmo a religiosa, quer imaginar possível, pois ele coloca o protagonismo de nossas vidas em nossas mãos. Imagine o que seria das religiões, da medicina, da indústria farmacêutica se todos pudessem ser autônomos em suas curas? Se quase não existissem mais doenças que nós mesmos não pudéssemos curar, ficando a medicina e indústria restrita somente a nos fornecer alguma qualidade de vida e socorro em acidentes e cirurgias plásticas? Seria o fim de muitas empresas e até mesmo o mercado em geral sofreria um forte abalo.
“Quanto mais eu estudo a natureza, mais me maravilho com a obra do Criador”
Enfim, a ciência começa a descobrir o espírito. Nossas conexões biológicas e humanas transcendem a matéria.
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