Hiper-humano (parte 3): doença não existe! Por Gabhishak
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Adoro a seguinte afirmação: “doença não existe! O que existe é falta de saúde”. Não sei quem é o autor, mas é uma bela frase.
Confio nela com todo meu ser. Nem por um único instante me passa pela cabeça a possibilidade de que algo como doença ou enfermidade possa existir no sistema humano.
O que se denomina doença precisa ser investigado com mais profundidade, seriedade e atenção.
E não fomos acostumados a isso.
Ao contrário; desde pequenos fomos ensinados a obedecer.
Obedeça os pais. Obedeça o professor. Obedeça seu chefe. Obedeça seu marido.
Exemplo: as mulheres foram subjugadas por séculos. Somente há pouco, bem poucas décadas começou um movimento pela igualdade, pela aceitação da mulher em âmbito social, político e familiar. E ainda não há igualdade em diversos níveis. As mulheres ainda ganham menos que os homens em cargos semelhantes, ainda há países que o estado e religião continuam oprimindo, humilhando e tratando a mulher como um produto ou simplesmente um objeto sujeito a mandos e desmandos.
Às mulheres também foi dito: obedeça.
E elas, com medo, obedeceram.
Assim como nós que, com medo, obedecemos.
O que os pais dizem não pode ser contestado. O que o professor diz não pode ser questionado. O que o médico determina tem que ser cumprido.
É assim ou não é? Sejamos francos.
Os médicos; e eu não tenho nada contra os médicos. Tenho amigos, trabalho com alguns desses profissionais, mas é imperioso reconhecer aquilo que é.
E é um fato: os médicos em nossa sociedade são como deuses, senhores da verdade. O que eles dizem tem que ser obedecido.
Esse texto é um convite à reflexão. Por que devemos simplesmente abaixar a cabeça e tomar o primeiro comprimido? Por que devemos deixar que abram nosso peito da garganta ao umbigo?
Aí você me responde. Ah, Gabhi, eles estudaram pra isso.
Ok, mas essa questão não está em cheque. Eu sei que eles estudaram por seis ou sete anos, talvez tenham se especializado aqui ou ali.
Mas e nós? Por que não estudamos nosso próprio corpo?
Porque fomos condicionados a obedecer.
Na escola, nenhum professor ensina: sente-se por alguns minutos em silêncio, observe seu corpo, observe sua mente, observe suas emoções.
É tamanha a desconexão que o médico sabe mais do nosso corpo, o psicólogo sabe mais da nossa mente, nossos pais estabelecem nossas relações…e nós? Qual é nosso papel; o que sobra?
Obedecer. Pacificamente, como soldados; ou detentos.
A propósito, você já notou como uma escola tradicional funciona? Repare nas regras, na hierarquia, nas condições e compare com uma casa de detenção. Veja se encontra algo em comum.
E então quando a cabeça dói, ou a barriga, onde eu vou?
No médico. Que faz o que? Medica! Ponto.
Essa é a regra. É necessário prescrever algo. Alguma droga precisa ser administrada.
Elas curam? Responda por si, amigo leitor. Curam? Ou amortecem, atenuam, amenizam por algum tempo. O que é um analgésico? Tudo bem que sejam usados em casos extremos, quando a dor é intensa. Mas por que encontramos pessoas tomando Rivotril há 3 anos ou mais? Eles estão bem? Estão se curando?
O que a meditação faz, e essa é uma das coisas mais bonitas que pode existir, é possibilitar que nos tornemos mais sensíveis ao nosso corpo.
Nós nos afastamos do corpo no momento em que nos aproximamos, nos envolvemos, nos identificamos e acabamos nos tornando nossas crenças, ideologias e padrões. Enquanto estivermos envolvidos pelo processo de pensar, pela mente de macaco como dizem alguns, não há a menor possibilidade de ouvir o corpo gritar.
Sim, ele está gritando.
Mas não é um berro; é um grito silencioso, um sussurro. A única maneira de ouvir é silenciando um pouquinho e a única maneira de encontrar o silêncio é a meditação.
Doença não existe. Nosso corpo perdeu saúde, foi se deteriorando gradualmente. E nós, surdos a esse processo, demos de ombros.
Ouvindo o corpo poderemos encontrar a causa do diabetes, da pressão alta, da artrite, da artrose, da enxaqueca; quiçá poderemos identificar de onde vem as dores no joelho, no quadril, nas costas e nos pés; saberemos quando os rins vão mal, quando o sistema linfático está eliminando ou não.
E aí, depois de um harmonioso diálogo; nós e nosso corpo, poderemos até mesmo nos consultar com algum médico, e ajudá-lo inclusive; porque uma coisa é certa: ninguém, absolutamente ninguém pode saber melhor do seu corpo que você mesmo!
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