Home-office: lidando com a indisciplina! Por Gabhishak
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
A indisciplina é o calcanhar de Aquiles de muita gente. Falo por experiência – sou um indisciplinado congênito, reconheço.
Essa foi uma das coisas que mais me estranharam quando fui lançado à toca dos leões do home-office há exatos sete meses. Demorou até que eu organizasse a agenda e, mais do que isso, conseguisse cumprir minimamente as tarefas do dia.
Ainda hoje dou umas escorregadas, embora já esteja bem melhor que no começo da quarentena. Acordar, café da manhã, exercícios, meditação, sentar pra escrever, responder emails, verificar as contas, outra refeição, compras de casa, a série favorita…são muitas coisas; não parece, mas quando comecei a olhar com mais atenção para a rotina é que verifiquei quantas atividades, quanto movimento estou produzindo.
A primeira reflexão à qual lhe convido é a seguinte: são todas essas ‘coisas a fazer’ realmente necessárias? São absolutamente essenciais ou muitas delas estão a acontecer meio que no piloto automático.
Quando essa questão me ocorreu, a primeira coisa que fiz foi investigar cada uma das minhas ocupações nas vinte e quatro horas do dia.
Sabe o que encontrei? Faça esse exercício e veja com seus próprios olhos, amigo leitor.
No meu caso, resultou na eliminação de 50%.
Sim, metade de tudo que eu fazia era dispensável. Eram coisas não essenciais, que estavam penduradas ali como uma velha camisa no canto do guarda-roupas que há anos não era usada.
Feita essa varredura, foi mais fácil focar nos outros 50%.
Descartando o superficial, a metade importante ganhou muito mais qualidade. Foi tal como um milagre.
Tenho feito as coisas com mais calma e de forma mais atenta e consciente.
Eliminar o excesso foi fundamental para que eu pudesse ficar apenas o necessário.
No entanto, pelo meu histórico de indisciplina, fui obrigado a ir além.
A segunda medida que tomei foi intensificar aquilo que mais me dá prazer.
É uma pergunta que lhe faço: você tem feito coisas que lhe dão prazer? Que lhe trazem bem estar? Ou está apenas cumprindo seu papel de mãe, pai, empregado…com sinceridade, olhando para sua realidade no momento, você tem praticado seu esporte preferido, tem ouvido a música que gosta, tocado algum instrumento, passeado pela praia, brincado com o cachorro?
O que você gosta de fazer apenas por deleite?
A segunda medida essencial que me ajudou a melhorar o home-office foi não abrir mão daquilo que me alegra e me faz sentir vivo e feliz. É incrível dizer que quando foquei nas coisas que gosto, o trabalho saiu ganhando. O tempo passou a ser mais bem aproveitado e a produtividade saltou enormemente.
Aliás, falando de tempo, hoje eu produzo mais em menos horas por assim dizer. Se antes eu precisava de seis horas para atender meus compromissos de trabalho, hoje faço tudo em quatro e com mais qualidade.
Sinto o cérebro mais vivo, ativo; sinto o corpo com mais energia e vitalidade.
Reduzindo a quantidade e focando naquilo que me dá prazer o resultado foi uma disciplina natural. Não foi preciso mudar de hábito, nem contratar um coach.
Nada disso. Eu simplesmente tirei o excesso e dei mais atenção para aquilo que faz meu coração vibrar, como diz o Osho.
Esse conteúdo não substitui orientação profissional específica, tendo caráter informativo, com base no currículo multidisciplinar e experiência adquirida nos últimos 19 anos de trabalho do autor.
Saiba mais :