Home-office: xô ansiedade! Por Gabhishak
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Antes de começar esse que é o quarto artigo sobre home-office em tempos de pandemia, dei uma pequena pesquisada no Google usando o termo ‘ansiedade’.
Uma das primeiras notícias que encontrei foi a seguinte: Em 2020, os brasileiros procuraram três vezes mais pelo tema na internet do que a média dos últimos 16 anos – houve um aumento de 5.000%.
Eu já escrevi sobre ansiedade em momentos anteriores. Aqui neste site você tem diversos especialistas que também dizem algo a respeito do assunto. Se usar o Google, como eu fiz, vai se deparar com um montão de gente trazendo suas opiniões de uma forma ou de outra: médicos, psicólogos, terapeutas e outros tantos profissionais.
O tema não é novo e nunca esteve em tamanha evidência. Já éramos ansiosos antes da pandemia e os números mostram que a quarentena serviu para colocar ainda mais água no copo que já estava cheio.
O problema é quando o copo transborda.
Sinceramente eu não gostaria que seu copo transbordasse. E se já transbordou, minha intenção é colaborar para que não volte a acontecer.
O que há nesse copo? Vou lhe dizer, assim mesmo, diretamente. Sem suspense e sem rodeios: tempo.
O que faz o copo transbordar é o tempo.
Ansiedade, em linhas gerais, é preocupar-se demasiadamente com o que está por vir. Expectativa quanto ao futuro. O que será que vai acontecer comigo amanhã? Como estará minha saúde (amanhã)? Que trabalho terei (amanhã)? O que vou comer (amanhã)?
Cada um que vive com isso pode ter sua própria definição, mas em geral é o que ocorre: pré-ocupação com o amanhã. E isso mascara a não aceitação daquilo que é. Não queremos que as coisas sejam com são, esperamos algo diferente e nos frustramos quando a expectativa não se materializa (na maioria das vezes).
Dito isso, vamos ao diagnóstico.
Por que ocorre tal fenômeno?
Também respondo de imediato: porque estamos identificados com nossas mentes, pensamos que somos ela e, em consequência, se ela (mente) está ansiosa ‘eu’ também estou. Satyaprem já disse milhares de vezes: ‘não somos quem pensamos que somos’. Precisamos despertar para esse apontamento.
A mente pensa. Pensa repetitivamente no futuro, no incerto, no que ainda não existe, no que não está e nem pode estar em meu controle e eu me envolvo com esses pensamentos, acredito neles ao ponto de torná-los ‘verdadeiros’.
Começa assim: determinado pensamento passa pela tela mental. Algo do tipo: até quando terei que ficar em casa? Se eu pego carona nesse pensamento logo ele vai crescendo: será que terei dinheiro? Meus filhos vão ter o que comer? E se eu perder o emprego? E por aí vai…a estória é sempre longa e dramática, mas o fenômeno da identificação não muda; é o mesmo.
A solução: não pegar carona com esse motorista sem habilitação.
E para não pegar carona é necessário estar alerta, atento.
E é aí que entra a meditação.
Quanto mais atentos estamos, mais chances de não ser ‘abduzido’ pelos pensamentos que geram ansiedade.
Aqui outro apontamento: não existe ansiedade sem pensamento. Pelo menos em minha experiência nunca vi uma sem outra.
Então, pensamento é sinônimo de ansiedade, Gabhi? De certa maneira sim.
Da forma como estamos distraídos, é assim que ocorre.
É por essa razão que a meditação tem se destacado como o melhor remédio para a ansiedade, stress, depressão e todos esses males da mente moderna que afligem milhões de pessoas em todo o mundo.
São muitas as técnicas de meditação que podem ajudar; o mais importante é a consistência. Insistir na prática, tornar isso um estilo de vida é recomendado.
Antes de terminar vou deixar uma técnica ensinada pelo Osho:
“Sempre que você quiser alterar um padrão mental que tiver se transformado em um velho hábito, respirar é a melhor solução. Todos os padrões estão associados com o ritmo da respiração. Por isso, mude o ritmo respiratório e sua mente mudará imediatamente.
Expire com disposição, visualizando o conjunto de ideias que quiser expulsar sendo expelido também. Na exalação, contraia a barriga, de modo que todo o gás carbônico saia dos pulmões e células. Faça por cinco minutos e veja o que acontece. Expire com disposição por alguns minutos”.
Esse conteúdo não substitui orientação profissional específica, tendo caráter informativo, com base no currículo multidisciplinar e experiência adquirida nos últimos 19 anos de trabalho do autor.
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