Os insetos têm consciência espiritual?
É fácil para nós percebermos a vida, os sentimentos e até pensamentos de animais como cachorro, gato, cavalo e tantos outros. Temos uma literatura esotérica enorme que trata do tema e não será surpresa para muitas pessoas a ideia de que um cachorro também tem uma consciência, um espírito, assim como os seres humanos.
“A consciência é a estrutura das virtudes”
Temos uma relação afetiva com esses animais e também uma proximidade através da identificação, tanto é que tendemos sempre a “humanizar” nossos pets. Um cachorro é uma entidade importante na família, tido como “filho”, como “pessoa”. Mas será que os insetos têm consciência? Será que a capacidade de percepção da realidade e da existência que tem um inseto está muito distante da de um cachorro? E de um humano?
Insetos sentem dor
Podemos iniciar essa reflexão do ponto de vista científico. Segundo a ciência, os insetos sentem dor. Eles possuem terminações nervosas similares às que nós, humanos, temos. Por isso, é razoável supor que eles possuam algum tipo de percepção sensorial equivalente ao que nós chamamos de dor. Além disso, eles são capazes de fazer uma aprendizagem de defesa, afastando-se de algo que lhe causa desconforto. Logo, também podemos pensar que eles possuem mecanismos de interpretação do ambiente e reagem às informações que recebem para preservar sua vida.
“Mesmo os insetos expressam raiva, terror, ciúme e amor”
Felizmente, as estruturas sensoriais desses pequenos animais estão distribuídas em várias partes de seu esqueleto e eles possuem mecanismos de bloqueio de dor mais eficientes que dos humanos. Graças a esses mecanismos, uma barata continua a andar mesmo depois de ter uma perna arrancada, por exemplo. Mas não é porque a sensação de dor pode não ser exatamente igual aquela que sentimos, que podemos concluir que os insetos não sintam dor quando são feridos.
E se eles sentem dor, é porque estão submetidos a um processo consciencial que permita essa percepção, mesmo que essa consciência não seja processada da mesma forma que a humana.
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Se há consciência, há emoções
As emoções são a prova, a consequência de se ter uma consciência. A definição universal para a “emoção”, que é aplicada nas áreas acadêmicas como neurociência, psicologia e filosofia, é difícil de ser alcançada pela ciência. Embora haja centenas de significados diferentes para a emoção, a definição mais universal que podemos encontrar é a emoção como o resultado de comportamentos expressivos associados a estados cerebrais. Ou seja, as emoções são detectadas pelo cérebro e transmitidas para nosso organismo em forma de sentimentos. Isso vale para as emoções mais instintivas como o desejo sexual, por exemplo, até as mais complexas e sociais como o constrangimento e a vergonha.
“A consciência é a voz da alma, as paixões são a voz do corpo”
Como vimos, os estímulos do meio podem desencadear emoções, que são processadas através do cérebro e retornam em forma de sentimentos. Se há consciência, há emoção. E se há emoção há também todo um entorno espiritual que vai sustentar os processos pelos quais passa uma consciência.
Provando a emoção dos insetos
Uma experiência com abelhas ficou muito conhecida no meio da psicologia, pois, provou que existe um comportamento emotivo nos insetos.
Se alguém invadisse a sua casa, com certeza o susto e o pavor que você sentiria desencadeariam um processo de emoções de medo, pânico, terror e luta. Quem quer ver seu lar invadido? Pois é. O experimento de que estamos falando mostrou que uma colmeia de abelhas pode reagir exatamente da mesma forma que nós, humanos. As abelhas foram colocadas perto de uma lâmina de ventilador em movimento durante um minuto para simular um ataque de texugo à colmeia e deixar as abelhas com raiva. Depois, foram jogados produtos químicos a fim de acalmá-las, mas a técnica não deu muito certo.
As abelhas que ficaram abaladas com a “invasão” e não reagiam aos químicos que simulavam um cheiro apetitoso. Além disso, houve mudanças emocionais relevantes nos níveis de neurotransmissores nas abelhas abaladas e alteração dos níveis de serotonina e dopamina, exatamente como acontece com o corpo humano.
Moscas também demonstram um processo emotivo semelhante ao das abelhas. Quando moscas se sentem ameaçadas, reagem de forma emotiva a um possível ataque. Pesquisadores fizeram experimentos onde sombras que simulavam um predador aéreo foram projetas sobre as mosas. Quando o falso predador foi introduzido e, em seguida, removido, os níveis de ansiedade aumentam potencialmente nas moscas, que passaram a ignorar qualquer outro estímulo como, por exemplo, alimento. Isso sugere que determinados estados de emoção são sentidos por esses insetos e afetam o comportamento deles.
A empatia animal também foi medida através de experimentos e observação. Desta vez, tatus-bola foram usados como referência para perceber o quanto as emoções de um dos indivíduos da comunidade poderia influenciar o estado emocional dos outros. Eles também foram submetidos a uma situação de stress, enquanto um dos elementos foi mantido separado e alimentado. Quando este animal mais calmo foi inserido junto aos outros, sem a carga de stress pela qual eles passaram, o tatu-bola calmo acabava influenciando seus companheiros, os deixando mais calmos e animados.
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Consciência grupal
Para perceber como funciona a consciência dos insetos, precisamos abandonar a ideia de indivíduo que nós temos. Enquanto humanos, temos um ser singular, uma única consciência habitando nosso corpo de carne. Mas quando falamos de alguns animais e insetos, a consciência ali encarnada pode ser grupal, não individual.
Uma única consciência, ou seja, um único ser está encarnado ali naquela colmeia, se dividindo em partes menores que formam o todo. Essa seria inclusive uma das explicações para a comunicação incrível que parece existir entre os integrantes da colmeia, um formigueiro ou uma nuvem de gafanhotos. Com as formigas fica evidente esse comportamento do todo: experimente interromper a fila de formigas andarilhas. Imediatamente a informação se espalha e vemos que formigas que estavam longe da intervenção ameaçadora, recebem um alerta de perigo e alteram seu rumo, desviando do risco. E quando uma delas morre, todas sentem, embora a morte tenha sido apenas parcial, pois, não morreu o organismo e sim uma pequena parte dele.
Mundo espiritual e evolução
Todos partilhamos do fluido vital, que descende do fluido universal que anima tudo que existe. Logo, tudo que está na matéria tem uma origem espiritual e cumpre aqui uma função específica, dentro de uma dinâmica que sustenta a lógica encarnatória. Se algo existe, há uma repercussão no mundo astral, o que significa que atrás de cada mundo do reino animal, mineral e vegetal existe uma dimensão espiritual que trabalha para manter o equilíbrio energético e os planos divinos.
Muito provavelmente os insetos e outros animais não estejam submetidos ao karma, como está a nossa consciência. As ações que eles cometem não geram karma, pois, o nível consciencial que eles possuem é muito mais movido pelos instintos e pelas circunstâncias do que reflexão e percepção mais ampla da própria existência. Porém, eles existem e possuem uma função, são seres, são vida.
Observe a natureza e a interação quase invisível que existe entre todos os animais e plantas. Mesmo o ser mais insignificante tem um papel a cumprir, um efeito na cadeia de equilíbrio que sustenta a natureza. Basta faltarem as moscas, para que os sapos passam fome. Sem os sapos outros insetos se proliferam e perdemos o controle de vetores importantes na disseminação de doenças como a dengue, chikungunya, malária, febre-amarela, zika e tantas outras enfermidades. Tudo está conectado e todas as peças são importantes no quebra-cabeças da evolução. Insetos evoluem, aprendem, encarnam, retornam a dimensão espiritual de origem e seguem também uma jornada evolutiva.
Interessante pensar dessa forma, não? Essa visão nos conecta de forma mais próxima com a natureza e a diversidade da vida. O espaço não é nosso e dividimos o planeta com milhares de outras consciências, além da humana. É engraçado pensar, mas até um pernilongo é um ser, possui uma missão, uma função na matéria da qual é feita a natureza e tem uma vibração espiritual.
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