O nosso instinto na visão espiritual (qual a finalidade dele?)
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
O reino animal é característico por seus instintos; seja o animal doméstico ou não. Em conjunto, nós, seres humanos, possuímos também um instinto. Instinto esse herdado do reino animal.
Vertentes esotéricas comentam de que a biologia humana carrega traços dos animais, sejam eles emocionais ou mentais; isso retrata-se dentro do cérebro reptiliano tanto estudado na neurociência. E o que isso significa? Significa de que o nosso corpo carrega traços instintivos a serem amadurecidos. Traços esses, vezes conscientes por nós, vezes não.
Junto disso, a teosofia nos informa de que existem estados evolutivos dentro da nossa biologia, ou seja, houve diversas civilizações antes de nós, cada uma desenvolvendo alguma capacidade. No atual estágio ao qual estamos, passamos a desenvolver a nossa mente mais evoluída espiritualmente, contudo, muitas vezes ainda somos guiados pelo nosso instinto mais baixo.
Jung dizia de que a nossa psique é cinquenta por cento interna e o outro cinquenta por cento externo, isto é, o nosso mundo interno pode se manifestar no mundo externo. Como? O nosso inconsciente cocria a todo instante as nossas crenças no mundo externo, a fim de nos dar mais consciência. Sabendo disso, podemos nos conhecer não só observando o nosso interno (autoconhecimento), mas também observando o nosso externo.
A natureza se encontra dentro de nós. Prova disso é o nosso instinto que sabe a hora de dormir, de comer, de ir mais adiante ou de recuar, assim como os animais. Contudo, por conta de um histórico no qual coloca o bem e o mal, acabamos por nos desconectar do nosso instinto. Hora deixamos ele nos dominar, hora reprimimos ele. E o resultado disso? A nossa sociedade não consegue falar sobre sexualidade abertamente, ou sobre alimentação, de uma forma mais consciente.
Por reprimirmos o nosso lado instintivo, colocamos para de baixo do nosso tapete (inconsciente) aspectos infantis e brutos da nossa psique – fazendo com que esses aspectos passem a ser muitas vezes não percebidos. Todavia, se não percebemos por nós mesmos, a vida nos mostra nas situações diárias. Portanto, se você passa por situações chatas instintivas, sejam elas quais forem, é a vida querendo que você olhe qual aspecto seu emana o mesmo. Por exemplo, se a vida é muito “violenta” com você, é porque essa violência vibra dentro de você. Mesmo sendo difícil, às vezes, admitir.
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Afinal, qual a finalidade do instinto na nossa vida?
O instinto serve para nos dar força, para nos guiar rumo à evolução. Também para nos mostrar o que devemos trabalhar, qual caminho seguir. O instinto nos mostra qual o nosso lado mais frágil, mas também qual o nosso lado mais fortalecido.
Quando somos tomados por uma sexualidade, alimentação ou agressividade desenfreada, é o nosso instinto nos dando a dica por onde começar a reforma íntima. Quando somos tomados por ira, por impulsividade, é o nosso instinto indicando uma força a ser utilizada para um bem maior. Exemplo disso, é quando utilizamos a libido desenfreada para alimentar um novo projeto, ou quando utilizamos da nossa raiva para terminar um projeto inacabado.
O nosso instinto, assim como a visão arquetípica do animal, serve para ser o elo do nosso mundo mais subterrâneo para com o nosso lado mais consciente. Sendo assim, podemos ficar presos ao nosso lado mais instintivo, ou podemos utilizar da força dele para impulsionarmos a nossa evolução espiritual. Dessa forma, finalizo dizendo de que, devemos dar mais qualidade ao nosso lado instintivo, sem reprimi-lo, mas transformando os excessos apresentados.
Estamos nessa vida, muito para auxiliar na evolução do ser humano e isso inclui olhar para os instintos. Para assim, fecharmos mais um ciclo de evolução na Terra.
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