O karma da terra: destruição ou ascensão?
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Somos regidos por algumas leis divinas e a Lei do Karma (ou Lei do Retorno) é uma delas. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer é o que faz a Roda de Samsara girar e proporciona o movimento contínuo da vida. O significado da palavra karma é ação, ou seja, a manifestação de nossos atos e desejos na matéria, que sabemos ter efeitos pelos quais somos, obviamente, responsáveis. Mas essa responsabilidade não se encerra em nós!
Estamos familiarizados com a ideia de karma quando pensamos em reencarnação, os efeitos que nossas ações geram e como elas direcionam nossa evolução. Mas, assim como as pessoas, os planetas também têm um karma. Vivemos em sociedade e fazemos parte de um sistema planetário pelo qual também respondemos, onde as ações que tomamos têm consequências positivas e negativas para o planeta. Ou seja, a soma de todas as ações humanas e dos karmas individuais resultam no Karma Planetário e decidem o desfecho da vida no globo.
O retorno…nunca falha.
A densidade da matéria que gera a ilusão que vivemos é tão poderosa que faz com que a Luz Divina e a busca pela verdade do espírito tenham pouca importância no mundo. Basta olhar para nossa história e veremos que não temos em nossa narrativa grandes atos voltados para a luz, paz e espiritualidade. Ao contrário, temos um histórico bélico, dominador e letal. Encontramos alguns avatares mais iluminados como Gandhi, Dalai Lama e mestres mais antigos como Buda e Jesus, que sozinhos conseguiram iluminar nações inteiras com sua emanação vibratória elevada e seus ensinamentos avançados. Porém, nós enquanto sociedade, valorizamos o oposto e buscamos tudo aquilo que faz parte da ilusão material. Queremos servir ao sistema do capital e do consumo, organizado por líderes políticos que estão mais próximos de Satã do que qualquer outra pessoa.
Desejamos acumular riqueza, ostentação e buscamos aplacar nosso vazio interno com bens materiais e o culto à imagem e beleza. Homenageamos e honramos figuras sinistras com prêmios de paz e fazemos vistas grossas aos crimes horríveis cometidos por líderes religiosos. Consideramos homens de imenso sucesso empreendedores que contribuem para a destruição do planeta e fingimos não escutar quando eles dizem que leis ambientais são um impedimento ao progresso. Aceitamos a caça esportiva, tratamos os animais com uma crueldade indizível e utilizamos fontes de energia sujas mesmo já tendo as substitutas à disposição. Permitimos que a indústria bélica mande no mundo e colocamos o lucro acima da vida humana e da própria Terra, negativando ainda mais o Karma Planetário.
Alimentamos a divisão de classes, preconceitos raciais, de nacionalidade, de gênero. Cultuamos religiões excludentes e uma espiritualidade dogmática que implica na destruição dos considerados infiéis ou que não aceitam uma determinada divindade. Fechamos os olhos ao que ocorre na África e todos aqueles países miseráveis, com exceção da África do Sul onde queremos fazer turismo e intercâmbio. Meritocracia é nosso mantra e um canal na internet com milhões de seguidores nosso objetivo.
O que uma sociedade com essa mentalidade pode esperar como retorno de suas ações? Qual Karma Planetário estamos construindo para a Terra?
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Holocausto nuclear: a bomba do fim do mundo
A humanidade nunca deixou de guerrear desde o princípio dos tempos. Porém, a era nuclear elevou o patamar da guerra à uma potência destrutiva jamais imaginada, permitindo a construção de bombas com capacidade de varrer a vida no planeta. A bomba termonuclear ou bomba de hidrogênio é particularmente assustadora e um ótimo exemplo de como a humanidade alimenta com destruição o Karma Planetário. Ela utiliza a fusão nuclear como base, mesmo processo que ocorre no núcleo das estrelas. Durante a fusão nuclear, os núcleos dos átomos se fundem e formam um núcleo maior, libertando uma quantidade de energia espantosa. Essa energia que funciona como gatilho para as bombas termonucleares vem da incorporação de bombas atômicas em seu interior, que, ao explodirem, desencadeiam um processo de fissão nuclear e levam à libertação de energia que iniciam o processo de fusão nuclear. Cria-se dentro da bomba de hidrogênio uma reação de cadeia que alterna entre uma fusão nuclear e uma fissão nuclear até que a bomba cede e libera essa energia acumulada. É uma bomba dentro da bomba.
Para efeito de comparação, as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki (que causaram a devastação terrível que conhecemos), viram brincadeiras de criança perto da bomba H: uma única bomba termonuclear tem a potência equivalente de quase 4 mil bombas atômicas. Não falamos mais de dizimar uma cidade ou até mesmo um estado, mas sim de causar um abalo no planeta e reverberar no sistema solar o estrago que uma explosão dessa magnitude teria. Esse é o tamanho da estupidez humana e a contribuição da ciência e das nações para o Karma Planetário.
A ganância pelo poder, pelo controle e dominação financeira são os verdadeiros motivos que levaram a humanidade a dedicar milhões no desenvolvimento desses utensílios assustadores e são os responsáveis por gerar ainda mais conflitos. A paz nunca existiu e está muito longe de existir, enquanto a humanidade seguir valores materialistas e capitalistas e incentivar e tolerar a atomização das nações. Portanto, o que a humanidade está construindo em termos de Karma Planetário é uma inevitável III Guerra Mundial, atômica e devastadora. Neste caso, certamente a última.
Caminhamos sobre um campo minado, vivendo com a iminência de uma explosão sem precedentes exterminar a vida no planeta. Sem mencionar o risco dessa tecnologia cair em mãos terroristas, dispostas a acabar com as próprias vidas de forma muito mais desprendida do que qualquer nação capitalista. Permitir que artefatos desses sejam construídos tem um preço enorme e nos coloca rumo ao apocalipse, pois cedo ou tarde, esses dispositivos serão acionados.
Catástrofes naturais e a transição planetária
Habitamos um planeta vivo onde fenômenos naturais são esperados. A formação geológica da Terra pressupõe a ocorrência de eventos físicos de ordem natural, entretanto, temos observado a ocorrência cada vez mais intensa de catástrofes que têm ceifado muitas vidas. Terremotos de grande magnitude, tsunamis devastadores, tempestades, furacões e tornados assustadores tem gerado espanto pela intensidade da destruição que causaram.
Podemos dizer, com toda certeza, que muitos desses eventos não têm origem tão natural assim. O estilo de vida moderno tem gerado enorme impacto ambiental e elevado as temperaturas do planeta, resultando no que conhecemos como aquecimento global. A comunidade científica vêm monitorando os fenômenos naturais e afirma que o aquecimento hoje é o pior em 20 mil anos e cinco dos seis anos mais quentes da história ocorreram nos últimos cinco anos, causando secas, inundações, furacões, tempestades, terremotos, tsunamis e muitas mortes.
Os cientistas também preveem que os próximos cinco anos serão mais intensos e com probabilidade de eventos ainda mais extremos, com chances de que a temperatura geral seja ainda mais quente entre 2019 e 2022. A degradação do solo vai piorar e várias regiões equatoriais serão transformadas em desertos e o mundo assistirá a mais destruição.
E o que tem causado esse aquecimento das temperaturas do planeta? Nós, humanos.
O agronegócio, devastação, queima de combustível fóssil, crescimento das áreas urbanas e altíssimas emissões de dióxido de carbono pelas indústrias são alguns exemplos dos fatores responsáveis pela elevação das temperaturas e pela intensificação do Karma Planetário associado a um fim apocalíptico e devastador.
A questão é: as grandes decisões são tomadas pela parceria entre governos e empresas, então, que culpa temos nós, cidadãos comuns?
Muita. A forma que consumimos e o que desejamos consumir, nossa consciência em relação aos recursos energéticos e, especialmente, quem escolhemos para nos representar politicamente fazem muita diferença. Vejamos o caso dos EUA, país que elegeu um governante que nega o aquecimento global, afirma que leis ambientais impedem o progresso e vai retirar o país do Acordo de Paris. Uma pessoa com tal mentalidade jamais poderia chegar ao poder da potência mundial que é este país, especialmente quando fundamenta o discurso no ódio. E infelizmente o Brasil foi pelo mesmo caminho, não só do ódio mas também em relação à negação do aquecimento global, a percepção da regulação ambiental como obstáculo e o desejo de retirar o país do Acordo de Paris.
O momento de transição planetária que atravessamos intensifica todo tipo de transformação e indica que podemos escolher (se é que ainda há tempo) transitar pela consciência ou pelos resultado do conjunto de ações que historicamente temos tido em relação ao planeta e ao próximo. É evidente que a tomada de consciência e expansão da mente iniciam pela percepção da realidade que nos cerca. Impedir que irresponsáveis governem nações é nossa responsabilidade e infelizmente parece que não estamos fazendo nossa lição de casa para evitar que o Karma Planetário siga rumo à nossa extinção. Ignorar ou negar que o clima do mundo está ficando cada vez mais ameaçador é uma atitude inconsequente e atrasada, que terá consequências irreversíveis.
O aquecimento global e seu custo humano não é mais um alerta e sim uma realidade, realidade essa que atinge diretamente a nós e não mais futuras gerações. Logo, para mudar essa situação e pôr fim às constantes mudanças climáticas que ameaçam de destruição nosso planeta, é necessário se promover uma profunda transformação da atual sociedade, dos .;valores que cultuamos e do estilo de vida que levamos.
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