O karma hermetista
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
É madrugada do dia que pegarei um voo para Brasília, para mais um evento da turnê Hermetismo on the Road que eu venho fazendo desde julho. Ando viajando o Brasil para levar um pouco do aprendizado mágicko para pessoas que geralmente não tem essa oportunidade. Geralmente, os nomes da Magia e os eventos mágickos que acontecem por aqui estão circunscritos ao eixo Rio-São Paulo. Estive no Rio também, mas enfim… prossigamos.
São 3:30h da manhã agora e estou acordado. Estava até a pouco fazendo um novo site para mim, uma espécie de rebranding que estou fazendo e, agora, estou ansioso demais para conseguir dormir, então resolvi escrever para esta mídia, já que andava bastante afastado. E o assunto que eu escolhi tem a ver com isso: A lei do ritmo hermetista e o quanto temos que pensar nas coisas e na energia que devemos desprender para fazê-las.
Sim, energia e não é aquela energia que, em geral, os místicos costumam falar. É energia mesmo, em forma de moléculas de ATP que seu organismo precisa para funcionar.
A lei do ritmo vem falar para gente algo muito parecido com o Karma, tão difundido hoje em dia. Para cada ação, segue uma reação. Nos acostumamos a pensar isso somente para as coisas ruins, mas vou te contar uma coisa: as coisas boas demandam uma quantidade de energia muito maior.
Sim, maior. Na maioria das vezes quando queremos fazer uma coisa legal, digna de nota, precisamos começar quebrando rotinas, deixando hábitos de lado. Quebrar hábitos exige uma força mental de nossa parte grande o suficiente para nos esgotar, muitas vezes. Deixar de acordar às 9h da manhã, por exemplo. Adiantar o pagamento das contas, dado que você estará fora por um tempo, arrumar as malas, ir até o aeroporto. Aconchegar meu corpo de 1,90m na poltrona apertada de um avião durante 2 horas. Ir para um lugar que eu não conheço falar a pessoas que eu nunca vi sobre algo que a maioria das pessoas não compreende.
Entender que para ter um salário maior você terá que assumir mais responsabilidades, escolher entre o tempo gasto no trabalho e com a família, deixar as noites de videogame de lado.
Aqui no Brasil, nós temos a terrível mania de nos aconchegar em um determinado momento e tentar galgar novos degraus batendo em quem está do lado. A gente não tenta ser melhor, tentamos fazer do outro, alguém pior. É mais fácil destruir reputações do que criá-las, não é mesmo?
Felizmente, a vida não funciona assim. Muitos de nós estamos tristes por não conseguirmos ser alguém digno de nota em nossas vidas, por sermos somente mais um número de CPF tentando fazer o máximo para sobreviver. E aqui começa o texto de verdade: Este hábito é o primeiro a ser mudado.
Você não pode se contentar em somente sobreviver
Não estou dizendo que você tem que ser o melhor em tudo o que faz, mas estou dizendo que você precisa tentar ser melhor, pelo menos, naquilo que te faz feliz, que muitas vezes não tem a ver com o trabalho, mas pode se tornar um.
Eu decidi ser Mago. Não um esotérico, um Mago. Tive que quebrar algumas barreiras (e ainda tenho) que eu não teria na minha vida. Colocar a cara na internet falando sobre uma coisa de uma forma que as pessoas não estavam acostumadas, por exemplo. Se Magia é Conhecimento, então precisamos conhecer e para fazer isso, precisamos quebrar, por exemplo, situações de fé que temos que, em geral, nos dão respostas que satisfazem em uma primeira olhada, mas que num próximo momento, pode ser estranho.
“Eu trabalho com a espiritualidade, os guias me ajudam em minha vida“. Ora, então você tem tudo o que quer?
“Não, claro que não. Só tenho o que eu mereço”. Mas se você merece, onde que a espiritualidade está te ajudando? De que forma?
Será que aquilo que acontece em nossas vidas que dizemos ser fruto de uma obra divina não é somente uma avaliação defasada que temos do Big Picture da vida?
Veja bem, não estou aqui negando a existência ou interferência de alguma coisa metafísica, mas você já tentou olhar isso de outra forma?
Vamos por um momento assumir que não existem essas coisas. Se elas não existem, então será que tudo o que acontece na sua vida, não pode ser influenciado somente por você? Isso pode assustar no início, o desamparo de não ter alguém olhando por nós, mas você já pensou na liberdade que isso te dá?
Se ninguém olha por você, então o que acontece na sua vida é simples questão de… karma. Você empurra a vida e a vida empurra de volta. Você planta feijões e colhe feijões, não ervilha.
Compreende?
E essa dinâmica pode ser aplicada a coisas da sua vida de anos a frente. Perdi meus finais de semana agora, mas o que acontecerá, por conta deste meu empurrão, em minha vida no ano que vem?
Como estarão os outros Magos que, por ventura, surfarem essa onda que estou desencadeando agora com essa simples iniciativa de visitar várias cidades do país levando um pouco do conhecimento mágicko?
E as pessoas impactadas por isso, como elas estarão a partir do momento que começarem a utilizar esses conhecimentos em sua própria vida?
Ação e Reação. Simples assim
O recado deste texto é, então: Entenda que para você ter uma reação, você terá que causar uma ação primeiro. Nada vem de graça neste mundo e você sempre terá que dar o primeiro passo. Dizemos sobre isso, na Ordem, “O Mago é ativo, até mesmo quando passivo“, ou seja, o Mago sempre dá o primeiro passo, mesmo que este primeiro passo seja “Não vou dar mais passo algum por enquanto“. Isso é escolha dele, sempre, e tem que ser a sua também.
Busque a ajuda que você quiser, no local que você quiser, mas entenda que, mesmo com essa ajuda, a responsabilidade pela reação, é sempre sua.
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