Lei do ritmo – o quinto princípio das Leis Herméticas
A Lei do ritmo é o quinto princípio das leis universais de Hermes Trismegisto, que foram publicadas no livro Caibalion. As sete Leis Herméticas têm como objetivo explicar os mistérios do universo e foram usadas como base para diversas religiões. Para conhecer os princípios do Caibalion, é interessante ler sobre eles na ordem, já que cada lei deriva da anterior. Neste artigo, vamos explorar um pouco mais sobre o quinto princípio hermético: a Lei do ritmo.
Como funciona a Lei do ritmo?
Podemos dizer que a Lei do ritmo se manifesta através da criação e destruição. Os opostos estão em movimentos circulares. Tudo se move no universo e esta é a realidade que compõe os opostos.
Assim como tudo tem dois pólos ( princípio da polaridade) e nada é estável (princípio da vibração), a Lei do ritmo diz que o universo é regido por um movimento parecido com um pêndulo ou um ciclo, uma vez que tudo tem um fluxo e refluxo, tudo sobe e desce.
Ao dizer que tudo tem suas marés, o quinto princípio se refere à Lei da correspondência, pela qual podemos enxergar o macrocosmo dentro de um microcosmo. As marés sofrem influência da força gravitacional da Lua, que por sua vez tem influência do ciclo da Terra, que gira em torno do sol. Da mesma forma, nós seguimos o fluxo de forças ao nosso redor.
O ritmo funciona como uma forma de compensação. Sem ele, tudo fluiria de maneira linear e nós iríamos viver caminhando na direção de apenas um extremo da polaridade. O todo está sempre em busca de equilíbrio e o seu movimento pendular reflete essa busca de compensação.
As oscilações acontecem porque existe limites para cada extremo. Tudo está em oscilação, até mesmo nossa mente. Ao compreendermos isso, desenvolvemos a capacidade de perceber que mesmo os momentos mais difíceis terão seu fim. A busca pelo equilíbrio é eterna e apesar dele poder ser alcançado, sempre será frágil e efêmero.
“Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação”.
Aplicações do princípio do ritmo
Os ciclos estão em tudo que vemos, desde o ciclo da vida até o das chuvas – que molham o solo, alimentam as plantas e que delas evaporam. Desde os tempos remotos, as sociedades se organizavam baseadas em ciclo, sejam de plantio e colheita, estações do ano, de reinos e monarquias.
O princípio do ritmo rege todos esses ciclos, que também podem ser observados em comportamentos da humanidade. Progressismo e conservadorismo historicamente se alternam em tomadas de poder. A repetição dos ciclos também pode ser expressa através da moda, na qual os elementos vão e voltam constantemente.
O domínio da Lei do ritmo
Muitas pessoas conseguem atingir um grau de domínio sobre esse lei de forma inconsciente. Mas, aqueles que realmente a estudam a fundo, são capazes de alcançar níveis inacreditáveis de firmeza e domínio próprio, levando em conta seus objetivos e demonstrando estarem fora da oscilação entre os pólos.
Um exemplo de ação conjunta dos princípios de ritmo e polaridade foi descrito por S.Y. Agnon, prêmio Nobel de literatura, em sua obra “Ascensão e Queda”. No livro é dito que o lado que sobe até o ponto mais alto desce cada vez mais baixo e o lado que desce até o ponto mais baixo, sobe cada vez mais alto.
Os mestres do hermetismo sabem como se elevar acima das partes negativas de um ciclo e nunca permitem que as mesmas penetrem em sua consciência. A chave para dominar essa lei está na busca do equilíbrio. Nunca permita que suas emoções oscilem muito, nem para cima nem para baixo.
Saiba mais :