O Lirismo da Vida – o quanto a vida pode ser encantadora
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Você já parou para pensar sobre o quanto a vida pode ser encantadora? Sim, é isso que chamo de “Lirismo da Vida” e, como Mago, nós somos levados a empreender uma busca eterna sobre isso. Veja:
Todos nós sabemos que a vida passa. Temos o momento do nascimento e o momento da morte, independentemente da sua crença do que acontece depois disso, efetivamente, há um momento em que a vida acaba, certo?
Entre um ponto e outro, nós temos altos e baixos, alguns altos muito altos e alguns baixos muito baixos.
Uma peça musical também acontece desta forma: ela geralmente começa tranquila, mantendo uma certa… vibração em sua sua alma. De repente, há um pequeno declínio, que é seguido por uma parte muito vibrante, que chamamos de “crescendo” para, no final, terminar de uma forma muito parecida como começou. O controle deste vai e vem é um dos fatores que faz uma música ser memorável ou não.
E na vida, onde há o lirismo?
Na vida, nós podemos encontrar várias dessas pequenas construções, que se entrelaçam e fazem com que o todo da vida se “bagunce” um pouco. Onde há o lirismo? Em toda a parte.
Seu dia é uma peça completa, sua semana é outra, seu mês, outra, seu ano, outra e assim por diante. E não é só em questão de tempo: as relações que você tem com as pessoas também: Seu namoro é uma peça dessa dentro de outras tantas, que têm durações e frequências diferentes, que acontecem de forma praticamente matemática.
Isso é tão interessante que velhas formas de se fazer Magia levam essa sequência em conta: A Kabbalah é uma delas e a Feitiçaria é outra.
A Feitiçaria
Você vai achar isso bem estranho, mas a Feitiçaria é, basicamente, o controle de uma coisa que chamamos de “narrativa” onde o feiticeiro (ou o alvo) se encontra. É compreender a matemática envolvente da vida e conseguir chamar os números para uma valsa, fazendo com que eles se coloquem a seu dispor, não o contrário.
A Feitiçaria aprende a tratar o lirismo da vida, como algo realmente lírico, o que nos é tirado nos dias de hoje durante a adolescência, quando somos apresentados ao mundo real. A Feiticeira vê o mundo como uma grande valsa onde os acontecimentos são a canção sendo tocada: a força dos metais ribombando em nossos ouvidos são os nossos momentos intempestivos, que podem ser suavizados com os violinos dos amores.
A Valsa da Vida
A vida, então, para o feiticeiro se torna uma grande valsa. Uma Valsa da Vida, interpretada por um maestro que, como todo maestro, tem todos os instrumentos sob seu controle. Controlar os instrumentos é controlar os acontecimentos, pois o controle destes instrumentos, controla também o ritmo da valsa.
Controlar a valsa é controlar a narrativa que, por sua vez, é toda a vida.
A Feiticeira é quem é porque sabe dessa narrativa. Olhe, por exemplo, as histórias onde temos a aparição de feiticeiras, geralmente contos de fadas: elas não perguntam, elas sabem. Elas não são dominadas, por mais que possam ser apresentadas como vilãs, elas sempre sabem. E sabem porque controlam a narrativa, controlam a história que é contada em suas próprias vidas. Elas sabem o que colocar no caldeirão, elas não precisam de velhos livros, de heróis: elas simplesmente dançam a grande valsa da vida. Não é à toa que as feiticeiras usam uma varinha mágica, também conhecida como…
… Baqueta.
Agora, a grande pergunta que faço a você é:
Quem segura a baqueta da sua vida?
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