Macumba: tudo o que você precisa saber
Macumba: o que é?
A designação da palavra “macumba” formalmente refere-se a um instrumento musical de percussão usado pelos negros desde suas tradições africanas até hoje. Assim, as pessoas que tocavam esse instrumento eram chamadas de macumbeiros.
Etimologicamente, o nome teria surgido a partir do quimbundo, uma língua africana falada sobretudo na região noroeste da Angola. Porém, ao longo do tempo o conceito foi perdendo seu senso original e atualmente, de forma pejorativa, ele é empregado para referir-se a práticas de mediunismo ou relacionadas à magia negra.
Para quem está mais integrado, é mais fácil de entender as diferenças existentes e evitar se confundir, por exemplo, espíritas, umbandistas e pessoas que seguem o candomblé.
Assim, macumba é um termo geral para agrupar diversos tipos de cultos praticados no Brasil e imensamente influenciados por religiões, como o ocultismo, o candomblé e cultos ameríndios. E não simplesmente sinônimo de feitiço ou malefícios.
A partir da primeira metade do século XX, as igrejas neopentecostais e outros grupos cristãos passaram a fazer com que se disseminasse todo tipo de culto místico como macumba, incluso a Umbanda e o Candomblé.
Desse modo, o primeiro pensamento quando se escuta o termo é de despachos feitos em encruzilhadas com pinga e velas vermelhas, pratos de farofa e galinhas pretas sacrificadas. Normalmente esses rituais são realizados com algum propósito pessoal, podendo ser benéfico ou não, nos quais são oferecidos presentes e sacrifícios, ou seja, oferendas, aos espíritos e às entidades, pedindo desde proteção, até amor, dinheiro e morte.
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Macumba: como funcionam os rituais?
Frequentemente, os rituais de macumba são associados a típicos rituais satânicos ou de mera magia negra. Como dito, essa ideia se propagou mais acentuadamente no início do século a partir de ideias de outras religiões mais difundidas.
A maioria das cerimônias da umbanda é iniciada com a defumação e é finalizada com a desincorporação dos médiuns presentes. Ademais, para as pessoas que seguem os ritos, há regras fundamentais, como estar descalço em respeito ao solo em que se pisa, a presença de sacerdotes e médiuns, a realização da defumação com ervas no braseiro, as canções (pontos de umbanda), a leitura de reflexões, as orações, as saudações, além da linha de trabalho que será realizada em cada rito.
Além disso, é constante a presença de atabaques, mas nem sempre há oferendas (e elas também não significam magia negra).
Quando existem, na umbanda as oferendas são sempre dedicadas a exus, geralmente pedindo proteção ou em agradecimento a alguma benção alcançada. Normalmente são colocadas em encruzilhadas, lugares esses que simbolizam a passagem entre os dois mundos (humano e sobrenatural).
Claro que existem, sim, despachos feitos para fazer mal aos outros, mas nenhuma das religiões incentiva essa prática, isso é algo que, como em toda e qualquer religião, culto ou crença, é de livre busca de cada um.
Normalmente esse tipo de rito é diferente e muito sombrio em comparação ao que é praticado nos terreiros. Quem busca esse tipo de caminho costuma optar pelo uso de velas pretas, agulhas, cinzas, símbolos como serpentes e raposas, alfinetes, pregos, fotografias da pessoa a quem se endereça a magia, além de ser normalmente realizados em lua nova ou cheia, logo pela manhã.
Macumba: fatos importantes
Há muitos fatos interessantes sobre a macumba que devem ser relembrados ou revelados para que se entenda melhor o que gira em torno de suas crenças e rituais.
A gira, por exemplo, é uma cerimônia realizada em uma espécie de altar com o objetivo de incorporar um determinado espírito. Após a defumação, os membros que participam do rito fazem uma ciranda e entoam orações e músicas, de modo a chamar os espíritos desejados. Assim é realizado o processo da incorporação. Para que essa entidade desincorpore, outros cânticos são entoados, ou seja, o canto para “subir”.
O despacho de macumba seria basicamente a oferenda feita ao espírito ou mesmo entidade na qual se acredita para se obter um favor ou benção. Alguns espíritos preferem alimentos, como as tradicionais farofa e pipoca; já outros optam por velas ou bebidas, como cachaça e champanhe. O local de realização do despacho deve ter sempre um significado para o ritual, podendo ser realizado na praia, em encruzilhadas ou até mesmo em cemitérios.
O roncó, ou quarto de santo, trata-se de um lugar onde o adepto fica confinado por 21 dias após ficar em estado de semi-incorporação, ou seja, é o que ele experimenta antes de se iniciar ao seu santo regente.
Peia, cobrança ou castigo são os nomes usados para referir-se aos sermões de um espírito sobre seu filho, ou regido, em caso de não obediência aos seus ensinamentos e orientações.
Sem a presença de atabaques para embalar o rito não é possível de se realizar as incorporações. O instrumento é considerado sagrado para os umbandistas e de suma importância para realizar qualquer processo. Assim, até a escolha dos toques é muito bem avaliada para que esteja de acordo com o que está sendo realizado aos santos, entidades e médiuns.
Para quem tem interesse em se aprofundar nas práticas da umbanda, é necessário aguardar que a entidade te escolha em suas visitas à gira, sendo desse mesmo modo apontada a sua vocação como médium, ogã (instrumentista) ou cambone (auxiliares dos ritos).
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Macumba: como quebrar um feitiço
Os feitiços, como dito anteriormente, fazem parte de muitas religiões e cultos de teor místico,, porém, é já sabido que não é a única forma de rito e menos ainda que é sinônimo de magia negra ou celebrações satânicas, já que essas religiões pregam o amor ao próximo, não a inveja o ódio e o mal.
Por isso mesmo caso encontremos um feitiço de macumba num beco ou mesmo numa esquina qualquer, não devemos menosprezar, praguejar ou imaginar coisas negativas sobre a religião, já que a intenção na maioria das vezes é boa, seja de agradecimento ou de oferta, sendo apenas a manifestação da fé de alguém que não conhecemos o coração nem as intenções, mas que professa uma religião a qual deve ser respeitada.
Caso você sinta que algo de maléfico foi direcionado a sua vida, sejam energias, feitiços ou pragas, porém, o que deve ser feito é estreitar os seus laços de fé consigo mesmo e deixar com que suas crenças te protejam e te livrem do mal que alguém te emana, independente de qual religião ou não seja seguida.
Orações são sempre importantes, além de amuletos e pensamentos positivos e abertos. Estar com o espírito e a consciência leves é fundamental, porque se você já estiver fragilizado, é muito mais fácil de ser abalado pelo mal exterior.
Então, caso sinta o clima pesado e os caminhos tortuosos demais, apegue-se ao que você crê e blinde seu corpo, sua mente e sua alma contra esse mal. Seja qual for essa energia maléfica, geralmente é muito difícil de se livrar dela, ou seja, você deverá se renovar e isso leva tempo e dedicação.
Assim, é necessário entrar em contato com seu interior e realizar o seu próprio trabalho espiritual, sempre rezando muito pelas pessoas que emanam energias pesadas para que também sejam libertas. Só assim, com paciência e muita fé é que se pode trocar o mal feito pelo bem a você e aos que te cercam.
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