É mais fácil mudar do que sofrer!
Nós costumamos pensar na mudança como algo bom, um movimento interno em direção a algo que queremos. Como mudar de casa, por exemplo. É um processo cansativo, mas que fazemos com certa ansiedade e que possui uma compensação no final, que é a casa nova.
Mas a verdade é que aquilo que mais precisamos mudar não é só cansativo, é muito mais. As mudanças que transformam a nossa vida são as mais difíceis, e muitas vezes aquelas que não queremos fazer ou que nem sabemos que precisamos fazer. E vamos adiando, adiando, e enquanto isso continuamos sofrendo, pois, as situações da vida que te fazem sofrer vão continuar acontecendo, já que são elas os gatilhos que nos levam a sair do lugar confortável em que estamos.
Por isso, entenda, é mais fácil mudar do que sofrer!
Mudanças de estilo de vida não são mudanças profundas que transformam
Tudo o que nos incomoda, gera sofrimento. E sempre há algo que podemos fazer para mudar uma situação, ou pelo menos melhorar a maneira como nos posicionamos perante aquela situação.
“Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você”
Uma pessoa que valoriza uma determinada forma física e leva uma vida sedentária, precisa dar o passo inicial de começar a fazer exercícios se quiser atingir a meta de conquistar a forma física que deseja. Abandonar esse padrão sedentário não é fácil, mas também não é um processo que envolve sofrimento. Nem tampouco atingir um determinado padrão estético vai ser uma transformação de vida, a ponto de mudar a personalidade de alguém. Todas as mudanças são válidas, especialmente quando nos levam a aceitação, bem-estar ou algum tipo de crescimento moral ou espiritual. Porém, o foco desse artigo é falar sobre traços da nossa personalidade e padrões emocionais que trazemos de outras vidas, e que nos geram sofrimentos profundos e complicam o andamento da encarnação, mas que evitamos olhar diretamente para elas ou sequer temos consciência que somos nós os maiores causadores das nossas aflições. E as situações difíceis parecem se repetir de novo e de novo, e não conseguimos enxergar o quanto são as nossas atitudes que atraem aquele mesmo problema sucessivas vezes.
E, para conseguirmos alterar um padrão emocional, podemos levar várias encarnações. Pois essas mudanças são verdadeiramente profundas e dizem respeito à alma, ao espírito.
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Se algo te faz sofrer, você precisa mudar
Sempre que você estiver infeliz com alguma coisa, especialmente quando essa “coisa” é um padrão que se repete, pense: porque isso está acontecendo novamente? O que eu estou fazendo de errado?
“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”
Um exemplo muito comum são as pessoas que não conseguem ser felizes no amor. Você conhece alguém assim? Que nunca conseguiu ter uma relação duradoura com alguém? Ou que, quando consegue, essa relação dura pouco tempo, não frutifica e só causa sofrimento? Parece uma sina, um carma, mas na verdade é um aviso da vida, uma oportunidade de cura que aparece através de cada fracasso, mas que nem sempre conseguimos perceber dessa forma. Essa pessoa infeliz no amor quase sempre tem altas expectativas. Quanto mais dificuldades ela enfrenta para se relacionar, mais idealiza esse par e passa a esperar que essa perfeição irreal lhe cruze o caminho. E, durante esse caminho, essa pessoa se fecha para tantas outras oportunidades e não consegue valorizar as pessoas reais, que estão ali bem ao lado, mas que para ela não têm valor nenhum porque não estão a altura dela e dos sonhos dela. E, ao invés de mudar, essa pessoa continua sofrendo. Sozinha, mas sofrendo. E não consegue compreender porque ela não consegue se relacionar com ninguém! Essa pessoa não sabe amar. Ela apenas ama a projeção da idealização que ela fez, e não as qualidades reais dos seres humanos, nas quais os verdadeiros relacionamentos se baseiam. E como essa pessoa pode enxergar essa cegueira emocional? Não existe uma resposta certa para essa pergunta, pois, cada pessoa é um universo diferente. Cada um vai ter que mergulhar em si mesmo para descobrir o caminho da sua mudança interior. Mas, a única verdade universal que cabe a todos os seres humanos que sofrem é que somente a mudança cessa o sofrimento.
O egoísmo, por exemplo, também é uma característica que gera muito sofrimento mas que quem age dessa forma quase nunca consegue se ver dessa maneira. O egoísta não sabe que é egoísta, e sempre vai arrumar uma desculpa externa para justificar as perdas que sofre na vida. Amigos se distanciam, pois ninguém aguenta conviver com alguém que seja completamente centrado em si mesmo. Relacionamentos acabam e às vezes nem a família consegue se relacionar genuinamente com essa pessoa, que acaba isolada do mundo e profundamente machucada. E vai culpar o mundo, nunca a si mesma. Mais uma vez, esse sofrimento que parece ser um castigo ou culpa do mundo externo é, na verdade, um sintoma de que algo de muito profundo dentro de você precisa mudar.
Abra mão de tudo e encontre você mesmo
Para mudar, é preciso estar receptivo, aberto para a vida. Quem é apegado ao que quer que seja, especialmente às próprias opiniões, vai ficar cada vez mais surdo para os gritos da alma.
“É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros”
Desista de tudo que represente apego e se coloque como uma folha em branco, onde o sofrimento vai escrever as mudanças. Vire sua mente ao avesso, pois, às vezes, o avesso é o lado certo. Diga “chega!” ao sofrimento e se coloque humilde perante a vida, disposto a transformar aquilo que você ainda nem imagina que é necessário. Questione tudo e não se apegue a absolutamente nada. Entenda que não existem certezas na vida, especialmente quando falamos sobre o espírito humano, a mente, sentimentos e emoções. Quem disser que tudo sabe, ou é um grande mentiroso ou é ignorante. Nem mesmo sobre nós mesmos é possível conhecer toda a verdade quando estamos encarnados, o que dirá sobre a espiritualidade? Sobre o mundo? Sobre os outros? Quanto mais julgamento, quanto mais dureza interior, menos mudanças vão ser possíveis e mais sofrimento vai aparecer em sua vida.
É preciso levar a vida de maneira aberta e estar sempre disposto a abrir mão de padrões, sejam eles familiares, religiosos, culturais e, principalmente, emocionais. Para isso, é preciso nos colocar sempre como personagem central de tudo aquilo que nos acontece, especialmente nas situações ruins sobre as quais não temos controle. É nessas situações que moram as maiores lições, que nos fazem crescer. Mesmo que a culpa seja do outro, se existe um padrão negativo, é porque precisamos trabalhar algum aspecto da nossa personalidade. Encarne, então, o sofrimento de frente, sem negá-lo mas usando a dor para aprender e se desenvolver.
É mais fácil mudar do que sofrer!
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