Um minuto para mudar a sua vida — Construindo a estrada! Por Gabhishak
A proposta nessa minissérie de artigos sobre meditação é oferecer um método que qualquer […]
Pessoal e individual, a meditação é uma prática que, ao contrário do que muitos imaginam, não vai te transformar em uma pessoa diferente. Meditar é como desenvolver qualquer outra habilidade. Aqui, aprendemos a treinar nossa consciência e a observar pensamentos e sentimentos, sem julgamentos, e assim começar a compreender quem realmente somos.
Conviver com nossa própria mente, assim, no silêncio, pode parecer assustador às vezes. Mas com o tempo e a prática passamos a nos sentir confortáveis na presença dela — e quem sabe não nos tornamos melhores amigos. E você, já tirou uns minutinhos para meditar hoje?
De origem incerta, a meditação remonta aos tempos antigos de tradições orientais — especialmente a yoga — como um passo em direção à libertação. Sua definição, inclusive, também pode variar de acordo com o contexto em que se encontra. Geralmente, meditação pode ser definida como uma prática, técnica ou estado de consciência, e pode ser dividida, a partir de um plano mais generalista, em dois tipos de abordagem: atenção focada e monitoramento aberto.
A meditação como atenção focada compreende a concentração voluntária em uma imagem, objeto, respiração ou palavras (como mantras); e a meditação como monitoramento aberto envolve a observação de uma experiência ocorrida de determinado momento. Outras definições também costumam se aplicar à meditação, como por exemplo:
Antes de começar a praticar a meditação, é importante que toda uma preparação seja considerada. Ao encontrar seu propósito, sua vertente, uma postura deve ser adotada. O método mais utilizado é sentar-se na posição de lótus, que consiste em pernas cruzadas.
Existem ainda praticantes que optam por meditar de joelhos ou até mesmo caminhando, como é o caso da tradição budista.
Em seguida, temos o tempo de duração, que não preestabelece um mínimo. Os iniciantes podem começar a prática dedicando períodos de poucos minutos e, conforme se aperfeiçoa, pode aumentar esse tempo para até mesmo algumas horas. Se você está começando agora, saiba que a frequência da meditação também influencia muito nos resultados.
A prática acontece de olhos fechados ou semiabertos em um ambiente tranquilo, silencioso onde você não vá ser incomodado pelos próximos minutos. Conforme você vai se aprofundando na meditação, também passa a encontrar o método mais eficaz para entrar num estado de profundo relaxamento e aprendizado.
Algumas pessoas se focam na respiração, outras entoam mantras ou até mesmo se imaginam num cenário tranquilo e cercado pela natureza. Sinta-se confortável, livre-se dos ruídos externos e foque a atenção apenas no momento presente.
Na realidade, a meditação funciona mais como um estilo de vida, um posicionamento filosófico que compreende o indivíduo como a união entre mente e corpo. E trabalhar esses dois elementos é fundamental para atingir o autoconhecimento e aumentar a autoestima.
No espectro espiritual, a meditação está muito associada ao autodescobrimento. No entanto, a partir da década de 1970, tanto a psicologia quanto a psiquiatria passaram a desenvolver suas próprias técnicas meditativas a fim de tratar uma diversidade de distúrbios psicológicos.
Utilizando-se de práticas de monitoramento aberto, a psicologia traz a meditação para reduzir sintomas mentais e físicos, incluindo a dependência química. Também existem evidências de seus benefícios para melhorar o humor, a atenção, o sono e até mesmo questões como a alimentação e o peso.
São muitos os benefícios atribuídos à meditação, sendo alguns dos principais a obtenção de um estado de relaxamento físico e mental. Não à toa, a prática é recomendada por muitos especialistas para a redução do estresse a da ansiedade.
Atualmente, enumerar as técnicas de meditação é uma tarefa impossível. Em constante criação, transformação, tradição e aperfeiçoamento, é evidente que meditar é um processo extremamente pessoal, e que cada pessoa busca se encontrar no método que mais tem a ver com suas necessidade ou aflições diárias.
A seguir, veja quais são algumas das principais técnicas de meditação:
Segundos os grandes mestres yogis, ao alcançar o equilíbrio do corpo por meio dos movimentos e alinhamento de chakras e glândulas, a mente acaba se equilibrando por consequência.
O Yoga surgiu na Índia e tem como base princípios das disciplinas mentais e físicas indianas. Sendo assim, as práticas foram bastante influenciadas por filosofias hindus e budistas.
De origem sânscrita a partir do verbo “yuj”, Yoga significa união e tem como principal objetivo promover o bem-estar através da integração do ser ao silenciar a mente. Esse processo pode ser trabalhado com técnicas de respiração, posturas (asanas) e de meditação.
Como doutrina, o Yoga tem aproximados 5000 anos, sendo codificado por volta do século II a.C por Patânjali, um grande sábio responsável por compilar todos os ensinamentos de Yoga em um respeitado e reconhecido sistema.
Conhecido como Senda Óctupla, o sistema de Yoga de Patânjali apresenta 8 passos fundamentais para a iluminação ou estado de união com o Divino.
Está subdividido em Ahimsa (a não violência), Satya (não mentir), Asteya (não roubar), Brahmacharya (ser comedido) e Aparigraha (não cobiçar).
É o saucha (limpeza) do corpo através da alimentação, do shat-karma (limpeza corporal) e pranayama; também é o saucha da mente, intelecto e emoções e o saucha do local em que se pratica yoga.
O praticante deve estar com a coluna vertebral reta e o corpo firme, sempre em posição confortável para a meditação. De acordo com as Escrituras, acredita-se que existam cerca de 8.400.000 asanas, mas 12 são as posturas básicas e que contém a essência do sistema.
Através de exercícios respiratórios, consiste em controlar o prana, ou correntes vitais sutis.
Os sentidos não poder estar subjugados aos desejos da mente, pois quando isso ocorre perdemos o controle e somos levados por agitações e desejos;
Passo em que o yogi deve manter a mente numa só ideia. Deve-se praticar a introversão, limitando a atividade mental a apenas a contemplação de um único objeto.
É o ato consciente de contemplação e do objeto de meditação. Apesar de parecer semelhante ao anterior, aqui o praticante torna-se o próprio objeto de contemplação, sendo capaz de manter esse estado por 144 respirações.
A última etapa do sistema é a “meditação completa”, e ocorre quando se atinge a suspensão e compreensão da existência e a comunhão com o Universo. Aqui, o conhecedor, o conhecimento e o conhecido se tornam um. No budismo, o Samadhi é sinônimo de quietude da mente.
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