Governador do mundo: Melkitsedek
O nome Melkitsedek é uma função, não uma pessoa ou entidade, apesar de que nem todos o percebem dessa forma. Melkitsedek é citado por diversas tradições, mas podemos entender esse conceito do ponto de vista mais amplo e espiritualista. Melkitsedek aparece na bíblia, mas não somente; tinha o seu equivalente no antigo Egito na função de Ptah-Ptahmer; na Índia, é chamado Chakravarti e Dharma-Rajah; os antigos rosacruzes reconheciam-no como Imperator Mundi e Pater Rotan, e foi assim que a maçonaria o reconheceu no século XVIII, como Imperador Universal.
Segundo Nilton Schutz, grande pesquisador, palestrante e comunicador esotérico, após o declínio de Atlântida a inteligência cósmica criou dimensões paralelas, com o objetivo de povoá-la com seres das mais diversas tradições e mitos como Agartha, Avalon, Shangrilah e outros, como representantes do governo divino. Antes, em Atlântida, essas vibrações mais elevadas estavam expostas e em contato com os habitantes deste incrível lugar, que, mesmo assim, caminhou para seu fim. Assim, Deus cria um governo oculto, como forma de fortalecer a evolução humana por meio da intervenção divina desses seres de luz, que auxiliam a Terra sempre que necessário. Eles atuam transmitindo conhecimento, nos protegendo e evitando que as trevas de consciência humana provoquem destruição, especialmente quando esta pode extrapolar as fronteiras do planeta e atingir a vizinhança cósmica, como seria o caso em uma III Guerra Mundial com um potencial atômico assustador.
“A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus”
Um grande exemplo desse governo oculto que comanda o nosso mundo seriam as forças extraterrestres. Existem inúmeros relatos de personalidades não esotéricas envolvidas com testes nucleares, que afirmam que luzes misteriosas e fenômenos não explicados aparecem nas áreas de testes e interferem nas operações, causando quedas de energia e desligando os aparelhos que comandam os testes e deixando os cientistas surpresos com as falhas que estes fenômenos ocasionam.
Assim, temos um governo composto por diferentes seres das mais diversas tradições terrenas e extraterrestres à disposição da humanidade, para ajudar na evolução de nossa civilização rumo à luz e ascensão da consciência. Esse governo aparece em diversas culturas e com nomes diferentes, como por exemplo os espanhóis que buscavam a Cidade Dourada quando chegaram na América. Claro, eles distorceram o conceito como é comum às consciências presas na materialidade, pois confundiram o ouro enquanto consciência e evolução com o metal precioso, buscando na verdade riqueza. Mas, de qualquer forma, apesar das más interpretações, a ideia de governos ocultos e dimensões onde habitam seres evoluídos quase divinos é comum em diversas expressões culturais até a modernidade. A própria Atlântida é procurada por muitos pesquisadores e historiadores, mas que, infelizmente, também se focam na busca de tesouros escondidos e resquícios da prosperidade na qual teriam vivido os atlantes.
Shambhala e o rei do mundo
Shambhala é um local místico citado em textos sagrados e presente em diversas tradições do oriente. Significa em sânscrito “um lugar de paz, felicidade, tranquilidade“. Shambhala é também é considerada a capital do Reino de Agartha, constituído, segundo as cosmologias do taoísmo, hinduísmo e budismo, por oito cidades etéricas. Nos portões de Shambhala seria, então, o local onde o Melkitsedek habita e ajuda a governar a Terra. Cristo, Buda e outros avatares de grande iluminação estariam, de certa forma, nesta cidade ou dimensão, trabalhando em favor da humanidade, assim como mestres ascensionados e tantas outras entidades que conhecemos. O rei do mundo ou Melkitsedek seria a entidade máxima divina que comandaria todo esse escalão iluminado que escolhe, por puro amor, auxiliar os irmãos encarnados e que precisam desesperadamente evoluir.
“A paz do coração é o paraíso dos homens”
Podemos então pensar no Melkitsedek como uma energia, uma vibração, muito mais do que uma única entidade. É o conjunto de todas essas vibrações de luz, de todos os reinos, que compõem Melkitsedek. São eles, também, os responsáveis pelas manifestações avatáricas que, de tempos em tempos, são enviadas ao mundo como Cristo e Buda, com o objetivo de trazer iluminação e conhecimento para nós e nos sintonizar com as vibrações divinas.
O governo da Terra e Melkitsedek no catolicismo
Na Bíblia temos algumas referências a Melkitsedek. Na tradição judaico-cristã o termo também refere-se à missão de “Rei do Mundo”, dirigente de toda a Evolução Planetária.
Nessa tradição o nome significa “Rei da Justiça”, e também é o Rei de Salém, isto é, “Rei da Paz”.
Referências bíblicas a Melkitsedek:
Gênesis (XIV, 19-20)
“E Melki-Tsedek, Rei de Salém, mandou que lhe trouxessem pão e vinho e ofereceu-os ao Deus Altíssimo. E bendisse Abraão (…) e Abraão deu-lhe o dízimo de tudo”, São Paulo na Epístola aos Hebreus (VII, 1-3)
“Melki-Tsedek, Rei de Salém, Sacerdote do Deus Altíssimo que saiu ao encontro de Abraão (…) que o abençoou e a quem Abraão deu o dízimo de tudo, é em primeiro lugar e, de acordo com o significado do seu nome, Rei da Justiça, e em seguida, Rei de Salém, isto é Rei da Paz; existe sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tem princípio nem fim a sua vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece Sacerdote para todo o sempre”.
A igreja Melkitsedek
Algumas tradições se referem a Melkitsedek como um igreja, mas na verdade trata-se do mesmo fenômeno vibratório. Não é uma ordem iniciática, mas sim, como já dito antes, uma vibração, um conjunto de entidades. Todo ser iluminado, desde que esteja de posse do conhecimento de certos mistérios, faz parte da”igreja de Melkitsedek”, que está acima de todas as manifestações religiosas. Tal culto sempre existiu, como ciência divina e a mais preciosa de todas as religiões, porque verdadeiramente religa o homem a Deus, sem necessidade de sacerdote nem de outro qualquer intermediário.
Novamente, vemos uma ligação de Melkitsedek com a ideia de Fraternidade Universal, mestres evoluídos e hierarquias galácticas. É pena que, infelizmente, cada tradição tenha tomado para si o conceito e desenvolvido em torno dele crenças que nem sempre se comunicam com as outras tradições, encerrando em si um sentido que é na verdade amplo e divino. Essa necessidade que temos de dogmatizar Deus está intimamente ligada a nossa consciência de trevas e o desejo pelo poder, que alimentam tudo que há de atrasado na Terra, impedindo nosso progresso espiritual. Pouco importa se existe uma única entidade a serviço da humanidade, se ela fica em Shambhala ou Agarta, se é Cristo o comandante ou outra energia. Nomear, explicar, aproximar as forças que governam o mundo de conceitos religiosos impede que possamos expandir e perceber que tudo é um só, que não estamos sozinhos e que a inteligência divina é diversa e plural. Muitas são as formas de vida e muitos foram também os avatares de luz enviados para nossa iluminação, sendo que nenhum deles pregou em prol de religião nenhuma. Ao contrário,sempre falaram de Deus de maneira ampla e nos ensinaram a buscá-lo dentro de nós mesmos.
“O paraíso de um tolo é o inferno de um sábio”
Toda vez que tentamos reduzir Deus a uma igreja, estamos nos colocando enquanto crentes daquelas ideias como os donos da verdade e excluindo do universo divino quem não partilha daquelas ideias. Nada mais distante de Deus e da inteligência benevolente que a todos criou e que jamais, em hipótese alguma, se associa a qualquer ideia religiosa, especialmente aquelas que pregam que somente um determinado salvador é que pode conectar com Deus e nos levar ao paraíso.
Melkitsedek é, na verdade, a união de todas as forças, avatares, formas de vida e espíritos evoluídos que nos ajudam a alcançar a luz.
Namastê!
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