Mindfull eating, por Gabhishak
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
A mente ‘humana’, com o perdão da redundância, é muito astuta.
Classificar, sistematizar e denominar é com ela mesma.
Ela adora colocar rótulos nas coisas.
E não só nas coisas, mas nas pessoas também.
Isso já aconteceu com você? Olhar alguém na rua e, instantaneamente, de acordo com a cor da pele, as vestimentas, o corte de cabelo e talvez o jeito de andar…já enquadrar essa pessoa de algum modo específico: rico, pobre, bonito, feio, perigoso, inofensivo, etc.
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São muitos os rótulos.
Quando estive com monges budistas há alguns anos, me lembro que a comida era bem importante, mas o ato de comer era ainda mais.
Eu os observava no almoço e no jantar.
Fitava seus movimentos e comportamento.
Aqueles monges comiam com total atenção.
Falavam pouco, só se fosse necessário. Tipo: me passa o sal! Apenas isso.
Mastigavam sem pressa, mantinham-se presentes e envolvidos com o ato de comer; absortos, atentos.
E era algo natural; não estavam representando.
Comiam pouco e tinham grande disposição física. Trabalhavam duro o dia todo. Eram energéticos e possuíam corpos fortes e saudáveis.
Talvez esse seja um dos motivos pelo qual um dos temas principais em todos os cursos e programas que tenho realizado nos últimos anos é a alimentação.
Meu interesse nunca esteve na contagem calórica ou algo do tipo (não entro na seara dos nutricionistas) e sim nos aspectos vibracionais do alimento e se eles podem favorecer o organismo em seu equilíbrio acidez/alcalinidade.
Somado a isso, há um direcionamento também para a maneira que se come; a qualidade do ato de comer.
Modernamente, pesquisadores, nutrólogos e psicólogos tem descoberto que comer com atenção plena aumenta a síntese nutricional e melhora a absorção dos alimentos. Alguns desses profissionais relatam ganhos entre 20 e 35% – não de calorias, mas de qualidade!
Pessoas tem encontrado o peso ideal para o corpo apenas melhorando a maneira que comem, mesmo sem alterar o tipo de alimento ingerido.
Se comer com atenção favorece o organismo, o oposto tem exatamente o mesmo impacto, mas no sentido inverso. Comer quando se está com raiva, tensão, preocupação, ansiedade, nervosismo é péssimo.
Tal estado mental negativo envenena literalmente o alimento.
De nada adianta comer uma fruta orgânica com a mente agitada.
Em algum momento Satyaprem disse: ‘tudo que você come com consciência, vira consciência’.
É por isso que existem muitos veganos violentos e outros tantos carnívoros pacíficos, compassivos. Eles entenderam apenas a metade da equação. Esqueceram-se da dieta da mente. É apenas uma ideologia, uma ideia.
E então o ‘comer consciente’ virou mindfull eating. Alguém (a mente) foi esperto o suficiente para cunhar o nome (de péssimo gosto, por sinal); criou-se um produto, passível de ser sistematizado, valorado, promovido.
Não se importe com o nome. É apenas um nome; um rótulo.
Se me permite uma sugestão: faça como os monges.
Coloque o celular em modo avião.
Desligue a Netflix.
Olhe, cheire, sinta, escute o alimento. Sim, ele fala!
Silêncio.
E desfrute!
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*esse texto é de responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic.
** para sua segurança e melhores resultados consulte sempre um profissional de meditação.
*** as técnicas de meditação não substituem orientação ou tratamento dos médicos, nutricionistas, psicólogos e demais profissionais da saúde.
Fontes:
Os textos do autor, em geral, são baseados em sua experiência pessoal, no Livro The Book of Secrets, Volumes I ao VI, de OSHO, e na relação de discipulado com o Mestre Zen Satyaprem. Outras fontes: Como o que você come afeta o seu cérebro?
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