Um minuto para mudar a sua vida — Máquina quente! Por Gabhishak
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Toda a questão gira em torno de parar.
Parar é importante.
A máquina, por assim dizer, precisa, ela demanda descanso.
É necessário fazer pausas para que o motor arrefeça e volte a funcionar com toda sua capacidade.
Quando o motor não esfria ele perde potência.
Além disso, ele se desgasta, deteriora-se.
Se o prazo de validade era de oitenta anos segundo o fabricante, sua durabilidade cairá para setenta, sessenta; em alguns casos até menos que isso.
A máquina que não desliga nunca começa a apresentar diversos problemas.
A maleabilidade diminui, as juntas se enrijecem, as válvulas entopem…
Consegue imaginar como seria um motor funcionando com as válvulas entupidas?
Essa analogia se refere à maquina humana; ao corpo humano.
Imagine o corpo como um carro e o cérebro seu motor.
É a isso que me refiro.
Você deixa o carro com o motor ligado vinte e quatro horas por dia ou quando chega em casa, no final de um dia de trabalho (para você e para ele), você desliga o motor e o deixa descansar?
Ele precisa disso. Desligar o motor é essencial, faz parte da natureza do automóvel.
Aproveito e lhe pergunto: você tem desligado o motor do seu corpo?
E já emendo: sabe como fazer; sabe onde fica o botão, a chave ‘off’?
O cérebro precisa ser desligado; ele precisa descansar.
E nós, reféns que somos da mente humana, vamos por anos e anos sem dar uma pausa, mínima que seja, para o principal órgão do corpo humano.
Nós pedimos a ele que trabalhe, exigimos que ele cumpra uma carga horária extensiva e desgastante e nem perguntamos se ele gostaria de um folguinha.
Apenas sentar sem fazer nada.
Balançar na rede.
Repousar na poltrona ou embaixo de alguma canela-preta*.
Vou resumir como tem sido o dia a dia da maioria das pessoas; e não pense que esse escritor não se inclui no drama.
Acordamos.
Café da manhã; ou nem isso.
Trabalho. Almoço. Mais trabalho.
Algum exercício. Ou nem isso.
Voltamos pra casa. Esposa, marido, filhos, pais ou mães.
Instagram, Facebook, Netflix.
Talvez eu pratique algum esporte; às vezes.
Talvez esteja estudando algo, talvez não.
E chegamos ao final do dia, enfim.
Muitos de nós, com o smartphone ainda na mão.
Zapeamos na espera que o sono se apresente.
Caímos no sono.
Sonhamos.
Ou insones, que temos sido, dormimos mal.
Pouco sono; má qualidade que não revigora.
E em todo esse roteiro o motor permanece ligado.
Mesmo quando supostamente dormimos o motor está ativo.
Veja, note em si.
A mente continua em operação, ativando o cérebro através dos sonhos.
Fato é que não desligamos o motor.
É raro quem o faça.
Desligar o motor significa desligar o cérebro.
É repouso absoluto.
Sabe qual o maior inimigo do repouso?
Eu lhe digo: são os pensamentos.
O vício de pensar.
Levante a mão quem não é viciado em pensar!
Os pensamentos ativam o cérebro e esse por sua vez dirige-se ao corpo.
No final das contas o motor permanece em atividade e o carro em movimento.
O movimento precisa cessar para que o motor arrefeça.
E não apenas o movimento do corpo, mas principalmente o movimento da mente, o processo de pensar.
*árvore típica da mata atlântica brasileira
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