Sinais que mostram que você está morta espiritualmente
Costumamos pensar na morte como o fim do corpo, o contrário da vida, o fim da existência. Quem morre deixa a matéria, abandona o corpo e viaja rumo a outras dimensões para seguir seu caminho evolutivo. Mas existe um tipo de morte que acontece ainda em vida: a morte espiritual. Essa morte ocorre não quando nos desligamos da vida, mas sim quando nos desconectamos da espiritualidade e focamos demais na materialidade. Uma vida esvaziada de sentido, sem evolução, valorização do conhecimento e expansão da consciência.
“Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”
Essa morte é uma das piores coisas que pode acontecer ao espírito, pois toda a programação da encarnação fica prejudicada. Como sabemos, não estamos aqui para acumular bens ou crescer na carreira, mas sim para expandir e aprender através das dificuldades e aprendizado pesado que a materialidade oferece. Sem alguma dedicação ao lado espiritual da vida, a encarnação acaba sendo quase em vão.
Se você acha que pode estar sofrendo com a “morte” do seu espírito, observe os sinais que mostram que você está morto espiritualmente, sem sintonia com o cosmos e procure reverter esse rumo que sua vida está tomando.
5 sintomas da morte espiritual:
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Falta de ambição
É a aceitação tácita das amarguras da vida, sem usar a adversidade para impulsionar o desenvolvimento. É bem diferente da resiliência, ou seja, da aceitação inteligente dos fatos e situações, algo totalmente necessário para conseguir enfrentar a vida com dignidade. Quando não existe ambição moral, ética e espiritual, colocamos a nossa vida a serviço da materialidade e ficamos entregues ao acaso, sem tentar ter o mínimo de controle e entendimento sobre a sucessão de acontecimentos. Não é porque algo sempre foi feito de uma determinada forma que devemos tirar de nosso horizonte a melhora. Nunca seremos perfeitos, mas somos todos aperfeiçoáveis, seja do ponto de vista particular, que diz respeito ao microcosmos do que acontece em nossa vida pessoal, ou seja considerando a humanidade enquanto sociedade. O impacto que causamos no mundo, por exemplo, deveria ser uma preocupação de todos não só por implicações éticas, mas para preservar a sobrevivência da espécie.
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Falta de compaixão e empatia
Quando o coração está carregado de preconceito, egoísmo e falta de consciência a respeito do outro, do que acontece ao outro, é um sinal claro de morte espiritual. O que nos faz humano é, dentre outros fatores, a nossa capacidade e necessidade de relacionamento e interação. Só o fato de vivermos em sociedade já pressupõe que nossas ações devam sempre considerar os interesses comuns acima dos interesses pessoais. Quem consegue fechar os olhos diante de tantas injustiças, desigualdade, fome, sangue derramado por diferenças culturais, ideológicas e religiosas, é porque está de fato morto por dentro. O jardim florido que deveria existir está seco, infértil e sem vida. Estamos todos conectados, somos todos irmãos cósmicos e o que acontece ao outro acontece também a nós.
Se você tem um teto confortável sobre sua cabeça, lute incansavelmente para que as pessoas que moram na rua também tenham. Se você tem comida na mesa, significa que você tem mais condições de alterar a realidade cruel dos que passam fome. Se você quer que sua forma religiosa de ver o mundo seja respeitada, entenda que a imposição ideológica só causa conflitos e que todas as outras narrativas estão tão certas quanto a sua. Na conta de Deus só há somas, nunca exclusão. Se pessoas nascem com uma orientação sexual diferente da sua, isso não te dá o direito de agredir e menosprezar essas pessoas, muito menos de julgá-las e excluí-las da sociedade. A empatia e a compaixão pelos aflitos só fazem morada em um coração que está voltado para a espiritualidade e para a luz.
“a esperança tem duas lindas filhas: seus nomes são raiva e coragem. Raiva de que as coisas estejam do jeito que estão. Coragem para colocá-las no caminho que deveriam estar”
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Falta de interesse pela espiritualidade
Quando a vida de alguém é voltada somente para a materialidade, ou seja, mesmo diante dos mistérios do mundo, das tristezas e injustiças, essa pessoa consegue preservar sua “bolha de paz”, significa que as questões espirituais não tem valor algum. Pouco importa o outro, em nada interessa se existe Deus ou não, se somos espíritos ou somente corpo, se a vida é produto do acaso ou se existe um propósito na criação.
Nada que esteja descolado da vida na matéria importa. É um pensar na vida que só enxerga a profissão, os valores sociais, os bens materiais, a beleza, a aparência. É um construção de si que grita “eu me basto”, “eu só preciso disso”. Falta humildade, disponibilidade para investigar e ouvir a verdade sobre nós mesmos.
“Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não posso conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus”
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Narcisismo espiritual
Existem pessoas que pensam estar próximas da luz e utilizam como medida elas próprias, usando valores distorcidos sobre vida. Aquelas pessoas que se sentem abençoadas por Deus por terem um bom emprego ou uma vida financeira estável, desconhecem os verdadeiros valores divinos e usam um privilégio para aferir sua condição moral. Em um mundo de tristezas e conflitos, Deus me escolheu para ser rico e bonito. Logo, sou abençoada, muito grata e nada mais me falta.
Achar que já aprendeu tudo, que sempre tem razão e que já atingiu um nível de conhecimento sobre a origem da vida suficiente, coloca você em marcha-ré no desenvolvimento espiritual e pode indicar, nos casos mais graves, a morte espiritual. Ter consciência das nossas limitações e do pouco que sabemos sobre tudo é cultivar a humildade em detrimento do ego, do narciso que possuímos dentro de nós. Se sentir abençoada e escolhida por Deus usando parâmetros materiais é um grande exemplo desse narcisismo espiritual de quem não conseguiu chegar nem perto de perceber como o mundo funciona.
“Só sei que nada sei”
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Ausência de sonhos
Os sonhos que temos na vida são importantes, mas não é deles que se apodera a morte espiritual. Falamos, nesse item, dos sonhos mesmo, aquilo que nos acontece quando dormimos. O sono traz com ele a emancipação da alma, pois sempre que nosso corpo adormece nosso espírito se desprende dele e vive certas experiências, Claro que a capacidade de rememoração dessas experiências vai variar de acordo com o nível de expansão consciencial de cada um, o que permite a alguns desdobramentos astrais lúcidos e a outros o estado hipnótico do mundo onírico. Mas, quem não consegue sonhar nada, ou melhor, se lembrar dos sonhos que teve durante a noite, está totalmente desconectado do mundo espiritual e com os canais mediúnicos fechados, uma grande evidência da morte espiritual. Seja seu sonho lúcido ou totalmente onírico, onde só as descargas mentais protagonizam as histórias, eles são um sintoma de alguma conexão entre você e o mundo dos espíritos. A incapacidade de recordar o que aconteceu durante uma noite de sono é um sintoma muito claro que mostra que você pode estar morta espiritualmente.
Como abrir novamente os portais espirituais
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Estudar, estudar e estudar
Se você não tem dúvidas sobre o mundo, sobre o mecanismo que faz tudo funcionar, se não costuma refletir sobre a cosmologia da vida, é porque você está totalmente focado na matéria e desconectando do mundo espiritual. Você não está sendo capaz de perceber a ordem e a motivação espiritual que existe por trás de cada acontecimento, especialmente aqueles que te tiram da zona de conforto, significa que você está extraindo sentido e satisfação só com os produtos da vida material. E pior, quando algo “ruim” acontece, se sente injustiçada. Para iniciar a jornada de reconexão espiritual, de “religião” no sentido estrito dessa palavra que é “re-ligar”, comece pesquisando e estudando. Não há limites na literatura esotérica, religiosa e filosófica, e certamente haverá um tema pelo qual você vai se interessar. E quanto mais interesse você demonstrar, maior será a expansão da sua consciência e mediunidade.
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Questione tudo
O questionamento é a mãe da evolução. É clichê dizer que nada acontece por acaso, mas essa é a mais pura verdade. Claro que a vida cotidiana tem alguns percalços e dificuldades banais, mas quando você enfrenta uma situação mais conflituosa, seja no trabalho ou na vida pessoal, certamente esse contexto não foi criado a toa e tem um sentido, um propósito. E esse propósito sempre está ligado com alguma limitação espiritual e emocional, que, quando ultrapassada, serve ao seu crescimento. Se sentir injustiçado ou adquirir aquela postura mais rasa de assumir que tudo é “a vontade de Deus”, sem procurar compreender mais a fundo você mesma, te faz passar pela vida sem extrair das situações as pérolas de aprendizado e crescimento que elas escondem.
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Se conheça
Só conhece a espiritualidade quem se conhece. Todo o conteúdo ligado ao autoconhecimento, que te mergulha nas profundezas do seu próprio eu, são essenciais para acelerar a evolução moral e espiritual. Parece muito simples, mas de fato são poucas as pessoas que se conhecem verdadeiramente, que são capazes de encarar suas próprias sombras e fazer crescer sua luz.
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Pratique
O aprendizado não é nada sem a prática. A mediunidade é a única ponte entre nós e o universo astral, e é também ela a ferramenta que possuímos para evoluir. E, sem prática, a teoria não serve para nada. Meditação, técnicas de respiração, yoga, viagem astral, terapias de autoconhecimento, tarot, dança cigana, enfim, são muitas as opções que movimentam o corpo e exigem a aplicação prática do que aprendemos na teoria.
Também é necessário aplicar os conceitos mais éticos e superiores na vida em geral, como perdão, resiliência, aceitação, tolerância, empatia, caridade e fraternidade, especialmente nas situações difíceis. Amar o amigo é fácil, mas perdoar o inimigo nem tanto. No fim, através dos estudos seja de qual for a doutrina, são essas as grandes orientações para quem deseja transcender a matéria e se alinhar com as forças da luz.
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