Você sabia que as nossas células têm memória?
Se você pensa que sua consciência é a única que armazena memória, se enganou. Tudo o que vivemos e sentimos também fica registrado em nossas células, conforme sugere a Teoria da Memória Celular.
“O fato de que as células têm memória é uma lei básica da natureza. Até mesmo os organismos celulares mais simples lembram como se movimentar, encontrar alimento, fazer sexo e evitar predadores”
As células não só armazenam as nossas memórias e as nossa emoções, como também podem influenciar a nossa personalidade e alterar sua forma ao longo da vida. Essa teoria explica, inclusive, porque tantos transplantados passam a manifestar traços da personalidade do doador. Os casos são incríveis e mostram como essa memória celular pode ser passa de uma pessoa para outra.
A memória celular
O biólogo Bruce H. Lipton em seu livro Biologia da Crença, afirma que as células também são capazes de aprender com as experiências que vivenciam em seu ambiente e de criar uma espécie de memória. Estamos impregnados de memórias de todos os acontecimentos que permearam nossas vidas e de nossos antepassados, e essa memória é inclusive passada de geração em geração. Talvez seja por isso que é tão difícil parar de repetir determinados padrões. Nós já recebemos em nosso DNA essas memórias, que são intensificadas com nossas próprias vivências.
Aquilo que denominamos memória parece estar em toda parte e em tudo, e, apesar disso, não é encontrada em lugar algum. Uma memória assemelha-se mais a um holograma do que a uma imagem mental, unidimensional. Sabemos que está “lá” mas não podemos tocá-la e cada parte dela contém representações do todo.
“As células também são capazes de aprender com as experiências que vivenciam em seu ambiente e de criar uma espécie de memória que é passada aos seus descendentes”
Essa memória celular que carregamos em nosso corpo vai se armazenando em nosso interior, e dependendo da natureza da memória, podemos ter um histórico mais positivo ou negativo. Elas podem aumentar nossos medos, incertezas e conflitos, gerando novas dores e doenças. Essa memória das células também reflete as nossas capacidades, aptidões, sensações e sentimentos. Também podem ser uma fonte de inspiração e força para os momentos difíceis. Isso é o espírito, a nossa alma. Tudo o que somos e o que vivemos fica armazenado na memória celular.
Clique Aqui: Fora da caridade não há salvação: ajudar o próximo desperta sua consciência
E como as células armazenam essa memória?
Para a construção e manutenção do corpo, as células se multiplicam mediante a divisão celular. E esse conjunto de informações é também repassado às novas células, fazendo com que todas tenham cópias dessa “personalidade” armazenadas em suas moléculas de DNA.
E, como emoções e acontecimentos estão sempre se manifestando, esse “perfil” vai sofrendo alterações. Uma espécie de energia especial é gerada, onde todas as células relacionadas com o novo quadro serão estimuladas a adaptar a cópia do “perfil”. A corrente sanguínea facilita a difusão dessa energia para que nenhuma célula deixe de ser “avisada”.
A estimulação mútua das células é observada a todo o momento, estejam elas vivendo em colônia ou fazendo parte de um tecido, de um mesmo corpo. As células do coração, por exemplo, são consideradas células rítmicas, pois quando próximas de outras se comunicam entre si, e como um grupo musical formam uma “batida rítmica” perfeita. Elas pulsam mesmo quando estão fora do corpo. Um exemplo disso é que, durante as cirurgias de coração, ele é retirado do corpo mas ainda assim continua batendo, como se tivesse vida própria.
A memória celular e a repetição de padrões
Uma vez impresso um padrão na memória celular, ele fica gravado e tende a se repetir. Por isso é tão difícil abandonar certos padrões emocionais e de comportamento. Alguns pesquisadores afirmam que o fato de uma pessoa manter-se acima do peso ideal mesmo fazendo dieta, por exemplo, é devido à existência de um “perfil gordo” que induz o corpo a manter esse metabolismo e obriga a pessoa a conservar o comportamento que gera o acúmulo de peso. As células adiposas, por exemplo, apresentam essa personalidade, muitas vezes criada durante anos de vida de uma alimentação desregulada e sedentarismo. Para quebrar esse padrão é preciso muita paciência e tempo, insistindo nos novos comportamentos e emoções que permitam que esse perfil seja reconstruído e assimilado pelas células. É por isso que as dietas nem sempre funcionam da forma esperada, enquanto que a reeducação alimentar aliada aos exercícios físicos costumam ter resultados permanentes, pois houve uma mudança no estilo de vida como um todo que envolve o corpo e a mente.
Um outro exemplo da memória celular são os trejeitos e expressões que são passadas de pai para filho. Quem tem filhos, consegue reconhecer esses padrões. É uma maneira de parar, um sorriso de lado, a posição de dormir, a forma como mexe os dedos dos pés. Que características físicas sejam passadas através de DNA faz todo sentido, mas como explicar que um jeito de agir e alguns movimentos do corpo também sejam, sem usar como base a memória celular? Nós passamos muito mais para os nosso filhos do que a aparência física e códigos genéticos. E já existem cientistas que afirmam que variações não-genéticas adquiridas durante a vida de um organismo podem ser passadas aos seus descendentes. Não é incrível? Cada vez mais a ciência chega perto de comprovar que o nosso cérebro é só um órgão que não comanda, mas é comandado. E quem dá as ordens é a nossa consciência, nosso espírito.
Saiba mais :