Novos desafios do espiritismo: o poder do conhecimento
A Doutrina Espírita, cuja principal base é o Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, foi concebida com base nos ensinamentos e respostas de espíritos superiores a respeito daquilo que viram no ciclo reencarnatório. Conheça os Novos desafios do espiritismo.
São lições para que os homens possam alcançar o aprimoramento do espírito através de práticas como a abnegação do egoísmo, da ignorância e dos bens materiais e da prática da caridade, justiça e amor. O livre arbítrio, a lei do retorno e a valorização do crescimento espiritual são questões abordadas e praticadas.
Concebido por espíritos superiores, o espiritismo enfrenta um problema semelhante às outras religiões: seus praticantes são indivíduos terrestres, seres humanos ainda imaturos e repletos de defeitos, que levam às discussões suas próprias interpretações a respeito dos ensinamentos.
Novos desafios do espiritismo – Egoísmo e o Espiritismo
A Doutrina Espírita é clara: o egoísmo é uma das principais causas do sofrimento humano e algo que dificulta a evolução intelectual e espiritual do ser. Seria de se esperar, dessa forma, que os praticantes da religião buscariam superar esses maus hábitos, mas não é o que acontece.
Em meio a uma sociedade cada vez mais individualizada, onde as relações sociais tem se pautado em contatos distantes e breves via redes sociais e a preocupação com o próximo não faz parte da nossa rotina, é difícil para o indivíduo se desvencilhar das práticas nas quais todos ao seu redor estão inseridos – inclusive ele, afinal, vivemos em sociedade.
Além disso, em meio a uma sociedade capitalista, assumir uma postura na qual os bens materiais não são importantes é um desafio, mais uma vez, pois vivemos em sociedade. Problemas esses que não existiam – pelo menos não de forma tão acentuada – quando Allan Kardec pôs no papel os ensinamentos do espiritismo.
A vaidade e o poder
Em tempos onde o status nas redes sociais é mais importante do que vivenciar, de fato, um momento ou situação, não é de se espantar que o espiritismo sofra para se manter inalterado. O pior: sabemos disso, estamos plenamente cientes de que o culto à imagem, ao status e aos bens materiais de nada nos beneficiará, se não com alegria passageira.
Ao invés de buscar o caminho do aprimoramento, o indivíduo toma o caminho mais fácil e adapta os ensinamentos e regras do espiritismo segundo suas próprias concepções do que é certo e errado. Ora, tal prática não só ignora o trabalho de Allan Kardec e seus colaboradores como também o que dizem os espíritos superiores, esses sim conscientes e experientes sobre o que afirmam.
As leis divinas não foram feitas para atender aos caprichos dos homens. Todas as ações do homem tem consequências, boas ou ruins, e é preciso ser responsável quanto ao seu próprio destino. Adaptar a doutrina às visões pessoais não vai livrar ninguém da lei do retorno segundo suas escolhas.
O que fazer
A ignorância, motivada pelo egoísmo e apego aos bens materiais, são a causa do sofrimento humano e a barreira que impede os indivíduos de alcançar o aprimoramento de espírito. Ler, instruir-se e entender a Doutrina Espírita para, em seguida, colocar em prática plenamente seus ensinamentos, é o caminho para enfrentar os desafios desse século.
O conhecimento é a arma mais poderosa para trazer paz, justiça e amor ao mundo. Não é uma vara para cutucar aqueles que ainda não alcançaram esse caminho, e sim o meio para fazer a caridade e as coisas certas.
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