O Autismo na visão Espírita
Esse é um texto foi escrito com base nas fontes enunciadas ao longo do artigo, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
O autismo – ou o Transtornos do Espectro Autista (TEA) – é um transtorno de desenvolvimento do cérebro que costuma aparecer nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social da criança, bem como gera a tendência a movimentos repetitivos.
Este artigo pretende mostrar a visão espírita sobre o autismo e foi construído com base em livros sobre o tema, que estão identificados ao longo do texto.
A explicação do autismo pelo Espiritismo
Para entender a visão do Espiritismo sobre o TEA é preciso primeiro entender a finalidade da reencarnação.
Na pergunta 132 de “O Livro dos Espíritos” encontramos a seguinte pergunta: “Qual a finalidade da reencarnação?”. Allan Kardec explica que a reencarnação é imposta por Deus para que os espíritos possam evoluir até alcançar a perfeição. Para alguns, a reencarnação é vista como uma missão, para outros, uma expiação. Para alcançar a evolução plena, muitos sofrem muito os carmas da existência corpórea. Há ainda uma outra finalidade da reencarnação: a de colocar o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para fazer a sua parte que o Espírito toma um corpo cumprir as ordens de Deus.
No Livro “Autismo: uma leitura espiritual” de Hermínio C. Miranda ele explica que reencarnação acontece de maneira compulsória, o espírito reencarna mesmo que não deseje retornar à terra, com a sua vontade. “Digamos que a entidade espiritual, movida por motivações que só ela pode explicar, decida com firme determinação não mais reencarnar-se, mas, de repente, se veja ante a contingência incontornável de fazê-lo.”
Aquele espírito pode não desejar reencarnar nunca mais ou pelo menos não naquele momento, mas ele não tem escolha, por isso sente-se forçado e aprisionado pela sua gestão. E o que ele faz? Desinteressa-se pela vida e pelo mundo ao qual foi forçado a estar. O espírito não deseja a interação com a matéria, com os outros seres por alguma razão oculta, não vem programada para se interessar pelo mundo. Os nossos estímulos, atrativos, dores ou cansaços são desinteressantes, limitados para esses espíritos. Por isso, para estes espíritos – que o espiritismo associa aos autistas – quanto mais rudimentar e precária a comunicação entre ele e o mundo ao seu redor, menor será o seu envolvimento com este mundo. A Dra Helen Wambach, PhD em Psicologia, reforça essa versão em seu livro “Life Before Life”, onde explica que o autismo pode ser uma atitude de rejeição à encarnação.
A Função dos Pais de crianças autistas na visão espírita
Para a visão espírita, a função dos pais de crianças autistas é criar uma ponte que desperte o interesse de seus filhos autistas para este mundo. Esta ponte deve ser criada com base no amor, na paciência, nos estímulos, sem nunca desistir diante dos fracassos que devem aparecer. A criança precisa se sentir bem-vinda, amada, querida naquele seio familiar, a família deve-se mostrar disposta a ajudar a criança a ter sucesso e alcançar a sua evolução. O médium baiano Divaldo Franco fala também sobre este tema: a cada encarnação, adicionamos conquistas e prejuízos no nosso caminho evolutivo, e que eles serão contabilizados, mais cedo ou mais tarde. Ele orienta que os pais devem esperar a criança dormir e então conversar com ela. Devagar, com o coração aberto, dizendo: “Estamos contentes por você estar entre nós. Você tem muito que fazer na Terra. Você vai ser feliz nesta vida. Nós te amamos muito”.
Esse é um texto foi escrito com base nas fontes enunciadas ao longo do artigo, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
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