O que são e como funcionam as constelações familiares?
O termo constelações familiares se refere a uma interpretação do mundo a nossa volta onde, segundo constatações desenvolvidas pelo alemão Bert Hellinger, faz parte de novos métodos psicoterapêuticos utilizadores de abordagens sistêmicas não empiristas.
Basicamente, o que Hellinger observou em suas deduções ao observar pesquisas desenvolvidas ainda na década de 70, tanto pela psicoterapeuta americana Virginia Satir, quanto por suas próprias pesquisas é que uma pessoa pode, de maneira totalmente involuntária, passar a representar sintomas físicos que pertencem a outro membro familiar.
Como aplicar o conhecimento das constelações familiares?
Como podemos observar, o sistema utilizador das constelações familiares lida com muita intuição e percepção. Nele, o paciente coloca determinada questão ao seu psicanalista ou psicólogo, por exemplo, o qual inicia então uma série de perguntas simples e práticas, normalmente buscando por informações relacionadas à família de origem do paciente, a fim de encontrar possíveis problemas como a existência de doenças graves, exílios ou mesmo mortes ocorridas de maneira trágica.
Esse questionário de perguntas pode durar entre 20 minutos a até 2 horas, mas a extensão demasiada deste tempo não é necessária. Pelo contrário, quanto menor o fluxo de informações, mais fácil é para o terapeuta filtrar detalhes desnecessários e se focar no que é importante de fato. A duração dessa “entrevista” será determinada de acordo com a situação de cada paciente, bem como o nível de complexidade apresentado em cada sistema.
A intenção desse sistema é criar um movimento interno no paciente que forneça recursos suficientes para permitir a visualização de determinada situação em diferentes ângulos. Isso é diferente de um psicodrama, por exemplo, onde existe um sistema de atuação de personagens; nas constelações familiares o paciente é levado de maneira intuitiva a acessar emoções de cunho traumático e por vezes dolorosas. Esse contato permite a ele uma reorientação emocional, se conciliando com sua própria história e identidade. A explicação dos terapeutas afirma que as gerações mais novas possuem uma tendência a se identificar com as dores das gerações anteriores.
É importante lembrar que a maioria dos terapeutas não sugere a abordagem das constelações familiares de modo contínuo durante seu acompanhamento, já que toca em assuntos delicados de cada paciente. A proposta está relacionada ao fato de trazer o paciente à sua realidade, onde o terapeuta atua com base na confiança depositada sobre a força do próprio paciente, devendo este fazê-lo por si só, utilizando o terapeuta apenas como um instrumento de condução à cura.
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