Operação Prato: quando discos voadores invadiram o Pará
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Raios luminosos, naves, abduções, pânico. E militares. A Operação Prato é um dos casos ufológicos mais famosos do mundo, pois, foi um dos fenômenos que gerou uma riqueza de evidências tão incríveis quanto o que aconteceu no norte do nosso país em 1977.
“Deserto inimaginável estende-se além das estrelas. Lá, em condições diferentes das do vosso planeta, novos mundos revelam-se e desdobram-se em formas de vida que as vossas concepções não podem imaginar, nem vossos estudos, comprovar.”
Falamos de mais 500 fotografias, 16 horas de filmagens e um calhamaço de 2 mil páginas de relatórios sobre a investigação. A Operação Prato foi o maior esquema militar brasileiro (quiçá mundial) a investigar a existência de OVNIs. Se você ainda tem dúvidas sobre a existência de vida fora da Terra, é hora de mudar de ideia!
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Como tudo começou…
No fim da década de 70 uma pequena cidade no interior do Pará, chamada Colares, foi palco desse fenômeno que mobilizou a Força Aérea Brasileira. Mosqueiro, Ananindeua e outros povoados de Belém também relataram a presença de OVNIs. Primeiro foram os avistamentos. Moradores começaram a relatar que luzes estranhas estavam sobrevoando a cidade, um evento que durou dias. Depois, os relatos começaram a ser mais assustadores: essas luzes estavam jogando raios luminosos nas pessoas, algumas sumiam e depois voltavam e a cidade entrou em estado de alerta. E de pânico também.
Os hospitais da região começaram a receber pessoas com queimaduras muito estranhas, que alegavam que elas eram fruto desses raios que vinham de OVNIs. Logo a notícia se espalhou e as pessoas começaram a chamar o fenômeno de chupa-chupa, pois alguns diziam que essas luzes estavam “roubando” o sangue das pessoas. Não demorou muito para que os “boatos” chamassem a atenção do prefeito da cidade e também da mídia.
Para os moradores, aquilo era obra do demônio ou castigo divino. Então eles mesmos decidiram expulsar o mal da região. À noite, famílias inteiras acendiam fogueiras, batiam latas e soltavam fogos de artifício. Algumas rezavam, outras empunhavam paus, pedras e espingardas. O clima na região ficou tão tenso, que o prefeito se viu obrigado a pedir socorro às Forças Armadas. É aí que entra o exército. O coronel Camilo Ferraz de Barros, chefe da 2ª Seção do Comar 1, convocou o capitão Hollanda, comandante do Para-Sar, um esquadrão de elite da Força Aérea Brasileira (FAB) que realizava operações de busca e salvamento, para chefiar a missão.
Quatro meses de investigação
Chefiados por Hollanda, um grupo de militares e também um tenente psiquiatra ficaram 4 no litoral do Pará, equipados com binóculos, câmeras fotográficas e máquinas filmadoras De dia, entrevistavam as vítimas dos ataques e testemunhas dos avistamentos. À noite, se revezavam para monitorar o céu.
“Às vezes acredito que há vida em outros planetas às vezes eu acredito que não. Em qualquer dos casos, a conclusão é assombrosa”
Quando o caso começou a receber atenção da imprensa nacional, agentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) foram chamados para ajudar nas investigações e tentar controlar a situação, pois, segundo o governo, a imprensa estaria tratando o assunto de forma sensacionalista e gerando pânico na população. Curiosamente, o psiquiatra que fazia parte da equipe de Hollanda deu o veredicto de “histeria coletiva” para o caso e a missão foi encerrada logo depois. Nada havia sido avistado ou descoberto, era o que alegava a imprensa o capitão Hollanda. Caso encerrado.
Em 1997 Hollanda decide contar a verdade
Foi só em 1997 que o capitão Hollanda resolveu contar a verdade sobre a Operação Prato. Ele concedeu uma entrevista para a revista UFO em que revelou que sua equipe testemunhou sim manifestações muito estranhas, fez sim registros em fotos e em vídeos de objetos luminosos e de gigantescas naves realizando movimentos totalmente incompatíveis com qualquer tecnologia terrestre. Segundo ele, havia uma grande nave que emitia luzes de diferentes cores e liberava e recolhia luzes menores, que funcionavam como uma espécie de sonda. A equipe também coletou depoimentos da população que afirmavam a existência de seres luminosos saídos do interior dessa nave.
O próprio capitão Hollanda fez diversos avistamentos. Em um deles, junto com o sargento João Flávio Costa, viu um “troço enorme”, de cerca de 100 metros de comprimento, sobrevoando o rio Guajará-Mirim. Distante 70 metros da embarcação onde estavam, o tal objeto no formato de uma bola de futebol americano foi fotografado e filmado. E ele disse mais: dentro desse enorme objeto havia uma criatura extraterrestre. Foi após esse relato de Hollanda aos seus superiores que a missão foi encerrada. Poucos meses depois dessa entrevista, o capitão Hollanda foi encontrado morto em sua casa, enforcado com a corda de seu roupão.
Documentos liberados em 2008
A partir de 1997 após a entrevista histórica de Hollanda para a revista UFO, a comunidade de ufólogos e pesquisadores passaram a ter acesso a arquivos classificados como vazados. Mas ainda nenhum desses documentos podia ser considerado oficial. Até que uma grande campanha de liberdade de informação a respeito de OVNIs foi iniciada no Brasil, conduzida pela Comissão Brasileira de Ufólogos. A campanha reuniu milhares de assinaturas e serviu para pressionar as instituições que “guardavam” essas informações a torná-las públicas.
Até que, em 2008, os frutos dessa campanha foram colhidos e alguns documentos oficiais foram mesmo publicados. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, a Aeronáutica informou que todo o material disponível sobre OVNIs foi encaminhado ao Arquivo Nacional e poderia ser consultado. Porém, os documentos referente a Operação Prato estavam, digamos, incompletos. Alguns relatórios de fato confirmam avistamentos de luzes e provaram ser oficiais muitos dos materiais obtidos pela revista UFO após 1997. Hoje, o acervo sobre OVNIs é um dos mais visitados do Arquivo Nacional. Do total de 753 relatórios disponibilizados, material que abrange um período de 63 anos (1952-2015), apenas seis dizem respeito à Operação Prato. Vão de 2 de setembro de 1977 a 28 de novembro de 1978 e englobam 15 municípios do interior do Pará.
Mas onde estão as fotos que o capitão Hollanda e sua equipe tiraram? E as filmagens? Que fim levou esse material? Ninguém sabe. Eles sumiram, assim como o capitão Hollanda. De qualquer maneira, sabemos que eles existem e parte desse material foi vazado. E mesmo aqueles considerados oficiais, embora não contenham as filmagens e fotos, são suficientes para sabermos que extraterrestres estiveram mesmo no Pará. Também podemos ter uma ideia de porque a corda do roupão de Hollanda foi parar em seu pescoço, logo após ele decidir revelar ao público o que de fato aconteceu na década de 70 durante a Operação Prato.
O que são as abduções?
Quem nunca sentiu medo vendo relatos de abduções? Nós, enquanto sociedade, temos a tendência de projetar no desconhecido as nossas próprias características.
“O homem é a medida de todas as coisas. Essa frase foi dita por Pitágoras. Ela quer dizer que, se as vacas tivessem deuses, eles teriam caras de vacas, logo, como somos nós que temos deuses, eles têm a nossa cara”
Nossa história é feita de guerras, conquistas e poder. Temos hierarquias que gostamos de respeitar, em todas as áreas humanas. Nossos primeiros deuses tinham, inclusive, essas características: os mitos gregos, romanos, egípcios e nórdicos nos apresentam divindades que traem, guerreiam, sentem ciúme, castigam e precisam de aprovação e adoração. E entre eles também há hierarquias, há sempre um mais forte, um comandante. Quem é mais fraco é sempre subjugado, escravizado, dominado ou exterminado. E é essa ideia que fazemos dos extraterrestres. Se existem e podem chegar até nosso planeta, é porque são mais evoluídos que nós, que fomos no máximo até nosso satélite. Portanto, eles só podem querer nos exterminar, sequestrar nosso planeta para roubar recursos, que é o que temos feito por aqui desde que deixamos de ser caçadores-coletores e criamos as primeiras sociedades. Não é isso que vemos nos cinemas a respeito dos ETs? Eles nunca vêm em paz. Então aprendemos a ter medo deles, assim como tememos tudo aquilo que desconhecemos. Quando há relatos de abduções, por exemplo, são relatos aterrorizantes de como procedimentos invasivos foram realizados. Pessoas que passaram por essas experiências falam delas com terror.
Vamos pensar melhor. Será que eles não fazem conosco o que fazemos com nossos animais? Quando seu cachorro está doente e precisa de ajuda, levá-lo ao veterinário é uma experiência muito parecida com uma abdução. Você pega seu animal a força e leva até uma clínica. Lá, ele é examinado, cutucado e furado em cima de uma mesa de metal fria, completamente apavorado, sem entender o que está havendo. Alguns procedimentos médicos machucam. Depois, como num passe de mágica, ele está de volta ao conforto do lar. Não será isso que fazem os extraterrestres?
Quando pensamos que existe algo superior que criou a vida, temos que considerar todo tipo de vida. E isso inclui também os ETs. Logo, se Deus está no controle do nosso planeta, também tem de estar está no controle de todos os outros planetas, ou ele não é Deus. Se eles vem até aqui é porque existe permissão para isso. E essa permissão é, obviamente, espiritual. Talvez eles estivessem tratando de algo nessa cidade, nessas pessoas. Não sabemos. Talvez, nossa geração morra sem saber. Mas, as abduções que parecem aterrorizantes podem ser, apenas, uma “ida ao veterinário” para nós. Por pior que seja a experiência, todos sempre voltam sãos e salvos ao conforto do lar.
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