Os desafios do médium na Umbanda
Para ser considerado médium não importa os atributos morais, inteligência ou cultura adquiridos. Porém, a conduta desta mediunidade entre o mundo espiritual e físico é essencial para quem decide se dedicar a isso. Na Umbanda o desafio ainda é maior, uma vez que existem manifestações de Entidades de diversos graus de vibração. Vamos ressaltar neste artigo, alguns dos desafios do médium na Umbanda.
O aprendizado do médium com os arquétipos e trabalhos de seu Guia
Existe uma dúvida frequente de por que não há, durante a fase de desenvolvimento da mediunidade, a conscientização e preparo do médium em relação às mudanças de sua postura íntima. Porém, este trabalho é feito silenciosamente, pelos Guias espirituais que os estão assistindo durante as sessões.
Como estabelece contato com diversas linhas de trabalho, o médium tem a chance de incorporar e assumir em sua personalidade os arquétipos que regem as diferentes linhas da Umbanda. Os arquétipos são as qualidades e formas de caráter demonstradas por cada Guia que realize com o médium o trabalho nas sessões do templo. Veja as características de algumas destas incorporações:
Preto-Velho- Ao incorporar o preto-velho, o médium aprende a desenvolver em si mesmo a bondade, paciência, amor, carinho, humildade e empatia com o próximo. Se essas já são características marcantes em seu jeito de ser, terá a chance de desenvolvê-las ainda mais, permitindo que o Guia se expresse naturalmente. Mas, se o médium não tem essas características, o Guia irá moldar seu caráter. Se tiver consciência do aprimorarão dessas qualidades, pode se entregar facilmente ao Guia.
Caboclo– No caso da incorporação do Caboclo, é adquirida a disciplina no ritual e eficiência nos trabalhos seja com ervas, minerais ou vegetais, assim como na quebra de demandas, dando prioridade ao que for mais necessário. O arquétipo de Guias de luz dará ao médium força para suportar as provações pelas quais terá que passar. O Caboclo vai moldá-lo, tornando-o atento aos rituais que participa e disciplinado. Vai fortalece-lo e criar uma estrutura forte e harmoniosa.
Baianos– O trabalho com os Baianos proporciona a energia da descontração, que a Entidade utiliza para superar adversidades enfrentadas no cotidiano. Com brincadeiras sadias e alegria, ajuda o médium a liberar em seu interior toda a felicidade e descontração, em favor daqueles que precisam, transformando a tristeza em esperança.
Marinheiros- No caso da incorporação dos Marinheiros é estabelecido o equilíbrio emocional, aprimorando e desbloqueando as emoções e os sentimentos mais íntimos. Isso colabora para que o médium desenvolva em si a capacidade de sentir as emoções de seus irmãos, ajudando na busca do equilíbrio e superação das feridas emocionais.
Boiadeiros– Eles trazem a força para a lida, a superação de adversidade e a garra necessária para a caminhada, auxiliando nas lutas do cotidiano.
Linha das crianças- A linha é composta por Espíritos que, na maior parte das vezes, nunca encarnaram. São Espíritos puros e sua manifestação é muito sutil. Quando incorporadas, vibram todo o tempo, comem doces, brincam e se manifestam como crianças da terra, com arquétipo da pureza infantil. Toda energia negativa que estiver ao redor do médium incorporado é absorvida pelo trabalho que a Linha das Crianças realiza, amparando-o e modificando sua visão do mundo. Está muito ligada à pureza e desprendimento material.
Pombas-giras e Exus – Estas entidades trazem à tona as qualidades mais íntimas dos médiuns e também suas emoções que não foram dominadas como raiva, soberba, ciúme, arrogância, medo e orgulho. Desta forma, o médium reconhece em si as emoções que trazem prejuízo e começam a eliminá-las do seu interior. Os médiuns que olharem para dentro sem medo, vão aprender muito com incorporação de Exus e Pombas-Giras.
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A sintonia vibratória dos médiuns
É importante ressaltar que o médium precisa ter em mente uma lei básica lidando com Entidades do Plano Espiritual: “Semelhantes se atraem, diferentes se repelem”. Então, é necessário que fique atento à sua sintonia vibratória. As pessoas que se dispõem a trabalhar como médiuns, devem trabalhar para ter sua aura mais equilibrada possível. Se não o fizer, poderá atrair energias baixas e também as transmitir para quem estiver recebendo passes, por exemplo.
De acordo com o grau de evolução, as Entidades vibram seu corpo astral em diferentes frequências. Os médiuns, entretanto, possuem cada um seu padrão vibratório, que atua em determinada frequência, de acordo com seu sistema nervoso. Para a Entidade incorporar, é preciso aumentar o padrão vibratório, se estiver muito baixo, ou diminuir, se estiver muito alto. Sempre buscando a sintonia. Por isso, os chacras e o sistema nervoso do médium recebem energias de todos os tipos quando participam de uma Gira com Entidades de densa energia, com as quais não está acostumado. Isso pode causar um desalinhamento das funções energéticas, aura e chacras.
Por isso, é importante sempre manter pensamentos enriquecidos por dons culturais e morais, pois são eles que possibilitam que luz das esferas mais altas de sabedoria e amor se fixem em nós, nos fazendo instrumentos de Entidades de conduta elevada comprometidas com a evolução espiritual da humanidade.
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