Maria Mulambo: História e Oração à Pomba Gira
Diz a história que Maria Mulambo veio de um berço de ouro. Cercada de luxo com pais que fazia parte da corte do reinado, era sempre chamada de princesinha apesar de não ser. Logo aos 15, foi pedida em casamento pelo filho do rei, 25 anos mais velho.
Conheça Maria Mulambo
Maria Mulambo é uma figura lendária e venerada nas tradições espirituais afro-brasileiras, particularmente nas vertentes da Umbanda e do Candomblé. Ela é reverenciada como uma entidade espiritual feminina, muitas vezes associada à figura de uma mulher poderosa e sensual. Maria Mulambo é considerada uma espécie de “pomba-gira”, um termo que se refere a uma categoria de entidades espirituais na Umbanda e no Candomblé, que são vistas como intermediárias entre o mundo espiritual e o mundo físico.
Ela é invocada em rituais para questões relacionadas ao amor, relacionamentos, sedução, beleza e também para lidar com problemas e questões do cotidiano. É importante ressaltar que Maria Mulambo, assim como outras entidades espirituais, é uma figura complexa e multifacetada, com diferentes características e interpretações em diferentes tradições e práticas espirituais.
História de Maria Mulambo:
A história de Maria Mulambo é envolta em mistério e folclore, com raízes profundas nas tradições espirituais afro-brasileiras, especialmente na Umbanda e no Candomblé. Não existe uma narrativa única ou oficial sobre sua origem, mas sim uma série de lendas e histórias transmitidas oralmente ao longo do tempo.
Uma das versões mais populares sugere que Maria Mulambo era uma mulher de grande beleza e sedução, que viveu em tempos passados. Ela teria sido uma cortesã ou uma mulher que exercia grande poder de atração sobre os homens. Porém, sua vida teria sido marcada por tragédias, como traições e desilusões amorosas.
Casamento sem amor e problemas para engravidar
Muito jovem, Maria Mulambo se casou sem amor. Pressionada para engravidar para dar um sucessor ao rei, a pomba gira viveu um casamento que tinha intenções financeiras. Ficou também conhecida como árvore que não dá frutos, vivendo uma vida amarga e cheia de dor pelos dois motivos: a impossibilidade de engravidar e uma relação sem amor.
O amor à primeira vista
Enquanto fazia seus trabalhos de caridade, junto dos povoados mais pobres do reinado, Maria Mulambo acabou por conhecer um rapaz apenas dois anos mais velho que ela, mas com 3 filhos e viúvo. A admiração de Maria Mulambo pela forma como o jovem tratava os filhos fez com que tivesse um amor à primeira vista sem poderem aceitar a relação um com o outro. Após a morte do rei, e com a coroação do príncipe, Maria Mulambo se tornou rainha.
Uma vida difícil e violenta
Após se tornar rainha, Maria Mulambo continuava adorada pelo povo. Os próprios súditos, sem poderem oferecer algo melhor, fizeram um tapete de flores que deixou o rei com inveja. A partir daí, uma série de ataques do rei contra a antiga princesinha iniciavam uma relação de violência e ataques.
Bastava algumas gotas de álcool para que o rei agredisse Maria Mulambo, fisicamente e verbalmente. Mas nem por isso ela deixou de fazer seu trabalho voluntário e de ajudar os povoados mais pobres.
Após tanto ver sua amada sofrendo, o jovem pelo qual Maria se apaixonou propôs que eles fugissem de uma vida de sofrimento. Com a ajuda dos pais da pomba gira, que tomaram conta dos 3 filhos do jovem, eles assim o fizeram, sumindo apenas com a roupa do corpo.
A morte de Maria Mulambo e seu regresso como rainha
Após finalmente viver uma vida simples, mas com amor, Maria Mulambo, que ganhou esse nome pela sua simplicidade, conseguiu engravidar do novo amor. O rei, que a tentou procurar e desistiu, ficou sabendo da história de Maria.
A encontrou com a ajuda de seus guardas e ordenou que amarrassem pedras às suas pernas para jogá-la no rio. Sete dias mais tarde, seu amado a encontrou no fundo do rio, após perceber as flores que nasciam no local onde foi jogada. Quando encontrado, o corpo de Maria Mulambo tinha roupa de rainha e joias. Foi cremada e, anos mais tarde, seu amor se juntava a ela no céu e assim começava a Primavera.
Oração a Maria Mulambo
Após a sua morte, Maria Mulambo teria se tornado uma entidade espiritual, uma espécie de “pomba-gira”, que continua a exercer sua influência sobre os assuntos relacionados ao amor, relacionamentos e sedução. Ela é frequentemente invocada em orações e rituais para auxiliar nas questões amorosas e para oferecer orientação espiritual em assuntos do coração.
Saravá respeitosamente à sua banda, Saravá donos de encruzilhadas, cemitérios, caminhos, campos, matas, becos e lugares ocultos e perigosos do Astral inferior, Senhores que habitais o liminar entre as trevas e a luz.
Orixás neutros executores das causas e efeitos.
A vocês me dirijo solicitando abrir os meus caminhos, desatando o nó que amarra minha vida e atividades, Deem-me sorte nos meus negócios.
Ajudem-me a conquistar ou conservar a mulher ou homem que desejo, afastando rivais ou causa que possa afastar de mim a pessoa que tanto gosto.
Anulem a inveja, o ciúme, o mau-olhado e os trabalhos enfeitiçantes que por ventura foram intentados contra mim.
Afastem as pedras de tropeços escorregadios que ocasionem quedas em meu caminho, sejam meus protetores de esquerda para haver perfeito equilíbrio com os Orixás de direita.
Defendem-me dos quiumbas, rabos de encruza e Eguns que procuram obsediar-me ou sugar-me a vitalidade como autênticos vampiros do mundo das sombras.
Ó sábios manipuladores da magia astral, utilizem em beneficio deste(a) devoto(a) e protegido(a) na obtenção daquilo que pretendo movimentando forcas e falanges do mesmo plano vibratório para formação de energia poderosa em meu favor.
Peço que me designe um auxiliar da linha encruzilhada, a Pomba-gira Maria mulambo
para atender o pedido particular que tenho a fazer [aguarde um minuto antes de fazer ou digitar seu pedido].
Ó Pomba-gira Maria Mulambo peço que [fazer seu pedido aqui]
Não duvido nem descreio que receberei de vocês o que lhe pedi graças à fé e a confiança em você depositada, com o seu poder mágico, através de forcas ocultas, sei que trabalhará para conseguir o que lhe peço.
Com toda lealdade e presteza que te são próprios.
Em retribuição prometo dar-lhe um presente que consiste em objeto ou coisas que você aprecia, e de conformidade com minhas posses.
Saravá minha boa e gloriosa amiga.
Saudação a Exu…
Laryê exu, Exu é Mojubá
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