Quantas vezes um espírito pode reencarnar na mesma família?
Esse texto foi escrito com todo o cuidado e carinho por um autor convidado. O conteúdo é da sua responsabilidade, não refletindo, necessariamente, a opinião do WeMystic Brasil.
Você já se fez essa pergunta? Quem estuda a espiritualidade sabe que a continuidade da vida é certa e sabe também que a nossa chegada em uma determinada família não se dá ao acaso. O país onde vamos nascer, algumas condições físicas e, principalmente, a nossa família, são acordos feitos antes do nosso reencarne e seguem planos que atendem às necessidades do nosso espírito. Reencarnação é uma lei natural. Então, é também natural que façamos as seguintes perguntas: quantas vezes um espírito pode reencarnar na mesma família? Será que minha família atual já foi minha família antes? Muitas vezes o amor que sentimos pelos nossos pais, por exemplo, faz com que tenhamos o desejo de permanecer junto deles por muitas encarnações e também no mundo espiritual. Será que isso é possível?
Se você já se perguntou isso, nesse artigo trazemos respostas para esses questionamentos.
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A família gera laços eternos
Para começar a falar sobre esse tema, é preciso dizer que os laços que se estabelecem entre as pessoas que reencarnam como família são eternos. A ligação que existe entre pais, filhos, irmãos e mesmo membros mais distantes é muito forte e não são desfeitos com a morte. Sim, eles permanecem eternos no mundo espiritual.
E essa ligação não depende de quantas vezes um espírito nasceu naquela família, nem tampouco está condicionada à relação de parentesco entre essas consciências. Sabemos, por exemplo, que quem reencarnou hoje como filho, pode ter sido antes um pai, um avô, ou mesmo um irmão na vida passada. Os papéis que desempenhamos dentro da família se alternam de encarnação para encarnação, e esse fato também faz com que a ligação entre esses espíritos se torne cada vez mais forte.
“A família é a fonte da prosperidade e da desgraça dos povos”
Um grande exemplo dessa ligação é a própria morte. Quando perdemos alguém que amamos, ficamos separados fisicamente já que, quem fica na matéria, não tem contato (a não ser através da mediunidade) com aqueles que passaram a habitar as dimensões espirituais. E isso não faz com que o amor que sentimos diminua, não importa quanto tempo se passe. No mundo espiritual acontece o mesmo! E nem sempre espíritos desencarnados estão no mesmo plano espiritual. O lugar para onde vão as consciências depende muito do grau de evolução dos espíritos, e nem sempre membros da mesma família conseguem se encontrar logo após o desencarne.
Um exemplo disso é encontrado no livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier através do espírito André Luiz. Primeiro, André Luiz desencarna e passa algum tempo no umbral. Quando foi finalmente socorrido, André Luiz foi levado à colônia espiritual chamada Nosso Lar, onde pode se restabelecer, aprender, trabalhar e evoluir. É quando ele já está nessa colônia que o encontro com sua mãe acontece. E veja, a mãe de André Luiz não estava “morando” na mesma colônia que o filho. Quando ela vinha visitá-lo, ela vinha de uma dimensão mais elevada à qual ele não tinha acesso. Mãe e filho, após a morte, cada um em uma dimensão. Entretanto, vemos que a mãe de André Luiz esteve sempre ao lado do filho, o auxiliando e amparando até que ele pudesse ser socorrido e estivesse pronto para avançar em sua jornada espiritual. Quando ele é levado para a colônia, ela está, inclusive, junto da equipe de socorro que desce ao umbral para encaminhá-lo a outra dimensão. Desta forma, vemos que a ligação familiar entre as consciências ultrapassa os limites da morte e também as dimensões espirituais, o que nos mostra que essa ligação é mesmo eterna, como é o amor.
Quando reencarnamos na mesma família?
É também importante dizer que os laços de sangue nem sempre refletem laços espirituais. Nesse sentido, quando reencarnamos na Terra, nossa família é escolhida de acordo com nossas necessidades espirituais, e isso significa que podemos renascer em uma mesma família muitas vezes ou podemos estar sendo recebidos por um determinado núcleo familiar pela primeira vez.
Algumas vezes, um espírito precisa nascer em uma família com a qual não tenha tido nenhum contato, sem nenhum laço de vidas passadas permeando as relações. Se essa configuração for proveitosa para aquele espírito, assim se dará o plano reencarnatório. E, da mesma maneira, um espírito pode precisar nascer novamente entre as mesmas consciências, para que possa resgatar débitos, corrigir erros e, até mesmo, amparar. A família pode ser um carma, pode ser uma benção, e também pode receber um espírito que está ali para ajudar os familiares a evoluir mais rapidamente. Muitas famílias tornam evidente esse fato: quem não tem aquela mãe, pai, irmão ou tio que é o grande auxiliador de todos? Que parece dotado de uma sabedoria e amor que não são deste mundo? Pois é. Provavelmente essa consciência veio auxiliar no progresso dos demais, por puro amor.
Quantas vezes podemos reencarnar na mesma família?
Como vimos antes, a reencarnação em uma determinada família se dá por inúmeros motivos e sempre está ligada com os compromissos evolutivos de todos os espíritos envolvidos. Muitas vezes aquelas consciências estão ligadas pelo ódio, e precisam renascer juntas para que esse ciclo seja quebrado.
“A cura entra pelas portas da maternidade”
Como o planeta Terra é um planeta de expiação, ou seja, um local onde os espíritos vêm para aprender, isso significa que o nível evolutivo dos espíritos que aqui se encontram não é dos mais elevados. Logo, é muito mais comum encontrarmos núcleos familiares conflituosos do que aqueles em que só existe amor, compreensão e a apoio. É justamente por isso que as dores geradas na família são as mais agudas e difíceis de lidar. No entanto, o que nos parece à primeira vista um problema, injustiça ou castigo, é, na verdade, a nossa cura. É no seio familiar que devemos buscar o primeiro movimento rumo a reforma íntima! Entretanto, o amor também cura. Há casos em que é o amor que vai curar as dores espirituais de uma consciência. Por isso, os problemas familiares são muito importantes na nossa evolução e é no núcleo familiar que encontramos pela convenção das tradições o esforço maior em nos entendermos melhor, pois faz parte da ideia da família conseguir estabelecer um bom convívio diário. Por isso, certas famílias recebem um espírito revoltado ou menos evoluído, para que no seio equilibrado e de amor dessa família ele possa entender melhor o que é o amor e expandir esse sentimento para o mundo.
Portanto, não há um número específico de vezes em que um espírito pode reencarnar na mesma família. Você reencarna no mesmo núcleo quantas vezes forem necessárias para seu desenvolvimento e para o desenvolvimento dos demais.
É possível identificar quando ocorre reencarnação na mesma família?
Sim, existem algumas pistas e evidências que podem nos levar a pensar que já estivemos junto daquelas mesmas pessoas no passado. Por exemplo, quando você está em um ambiente familiar, deve sentir se há afinidade, antagonismo ou neutralidade de um determinado ser em relação aos outros. São esses sentimentos que indicam se somos novos no ninho ou se estamos juntos com nossa família por mais de uma encarnação.
Quando existe muita harmonia, compreensão e amor dentro de um lar, e esse amor gera nas pessoas que vivem juntas uma sensação de ligação profunda, de laço forte, quase sempre significa que já estiveram juntos em vidas passadas. O contrário também acontece: quando existe um antagonismo exacerbado entre os membros de um mesmo núcleo, especialmente genitores e filhos, é bem provável que esses sentimentos de oposição tenham sido trazidos de outras encarnações. E, até que consigam se entender, se perdoar, vão renascer juntos.
“O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício”
Já a neutralidade, ou seja, aquela coisa do “nem quente nem frio”, indica que aquele espírito não tem laços muito desenvolvidos com aquelas pessoas e pode estar ali pela primeira vez. A neutralidade demonstra que não existe um apego muito grande e isto indica que o espírito pode estar ali pela primeira vez, e, por isso, se sente mais desconectado de todos como se fosse um estranho no ninho.
Qual você acha que é seu caso? Que tipo de sentimentos une você aos seus familiares?
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