Rituais de morte interessantes ao redor do mundo
A morte é tão parte da vida quanto o nascimento. Ela é natural e universal. Mas o fato é que no mundo existem diversas formas de lidar com ela. São diferentes rituais e cada um deles revela um pouco sobre a cultura local.
Vamos aprender um pouco sobre alguns rituais de morte existentes no mundo?
Enterro do céu na Mongólia e no Tibete
Existem budistas Vajrayana, que vivem na Mongólia e no Tibete, que acreditam que exista uma continuação da vida espiritual após a morte. Para estas pessoas, a alma segue enquanto o corpo passa a ser apenas um vaso vazio.
Por isso, há milhares de anos, para que o corpo seja devolvido para a terra, ele é cortado em diversos pedaços e então é colocado em uma montanha, sem ser coberto, ficando assim desprotegido, para que de forma natural ele se funda aos elementos da natureza.
Funeral de jazz de Nova Orleans
Em Louisiana, em Nova Orleans, existe um desfile funerário bastante barulhento e com muito jazz que é bastante típico.
O rito mistura diversas tradições: francesas, africanas e afro-americanas. Isso faz com o que os funerais tenham um equilíbrio único entre a tristeza e a alegria.
Funciona assim: os familiares do morto são conduzidos por uma banda durante o funeral. Os músicos tocam músicas tristes no começo do rito e no final mudam as músicas para uma versão mais otimista que inclui danças.
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Cremação em Bali
Segundo a tradição balinesa, é preciso que se creme o corpo para que a alma seja libertada e se sinta livre para que ela então possa habitar um novo corpo. De acordo com as tradições locais, ter esta atitude é um dever sagrado de todos.
Em gerla, as pessoas morrem e são logo enterradas até que se decida pela cremação, quando o corpo é removido da sepultura para o ritual.
A cerimônia então acontece com três dias de festa. No primeiro utiliza-se água benta para que seja realizada a purificação do corpo. No segundo, elaboram-se as ofertas. Já no terceiro dia, ocorre de fato a incineração.
Para a cremação, o corpo é colocado em uma torre funerária que tem até 12 metros de altura, o que varia de acordo com a riqueza da família e da casta a qual ela pertence.
Transição para a morte na África
Em boa parte das religiões africanas, a vida não termina quando uma pessoa morre. Ela continua em um outro plano, assim como no espiritismo, por exemplo.
Assim, os conceitos de vida e de morte no continente não são exclusivos de uma ou outro religião e não existem linhas de divisão tão claras entre eles. Para eles, a jornada das pessoas para o mundo dos mortos é composta por diversas interrupções e por isso é extremamente importante que os ritos sejam realizados da forma correta para que aquele ente falecido não retorne a este plano para incomodar aqueles que ainda estão vivos.
Desta forma, o costume dos povos africanos é de remover o cadáver da casa por meio de um buraco na parede e não pela porta do lar. Eles retiram o corpo pela parede e imediatamente fecham aquele buraco.
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